Aventura #39 - Guerra: Ataque ao Forte Amol

No décimo dia de cerco o exército da Teméria investiu contra o portão principal e um dos secundários do forte Amol.



Alyan e Vekna juntaram-se ao grupo que conduzia o ariete em direção ao grande portão de madeira reforçados com barras de ferro. Do alto da muralha besteiros estavam a postos, assim como duas balistas. O lorde orava durante o percurso, pedindo a Deus sua ajuda. Subitamente ele sentiu seu corpo cheio de vida e força.




A chuva de flechas cobriu o terreno a frente, protegidos pelo teto do ariete o grupo avançava lentamente. Merin e Desmond comandavam as tropas de Berz, aguardando para investir assim que o portão caísse.

Os disparos das balistas eram lentos, porém matava e feria muitos homens. Após o primeiro golpe do ariete, que fez o portão estremecer, Elok surgiu sobre a muralha com sua salamandra de fogo no ombro.

O paladino, sob efeito de uma poção não sentia dor, rogou ao céus por proteção contra o fogo assim como descrito nas escrituras sagradas. Por isso, quando a salamandra saltou sobre ele e o engoliu as chamas não o queimaram.




Arnold, capitão do templários, usou uma lança para desfazer uma bola de fogo, lançada por Elok, em direção as tropas. Por fim, ele acabou juntando-se com Desmond e destruindo a salamandra.

Alyan clamava o Cordeiro de Deus irá nos ajudar! Lascas de madeira voavam do portão com a terceira batida do ariete. Neste momento, os homens da frente gritaram de dor, pois óleo fervente caia sobre eles. Vekna tentava se concentrar no meio desse caos, aos poucos eles rompia a magia de proteção, e fazia os suportes do portão enferrujarem.



Do portão secundário ouvia-se os trabucos disparando. Outro pelotão, comandado por Conde Barax, dividia as defesas do forte.

Arnold pediu a Desmond para distrair o mago de fogo. 

- Ei! Achei que voce tinha fugido depois da derrota vergonhosa em Riften - disse o paladino.
- Não tenho interesse em lutar com voce, onde está o seu mestre? - bradou Elok antes de lançar uma espiral de chamas contra Desmond.

As chamas, mais uma vez, engoliram o paladino. Desta vez, o impacto foi tão forte que o fez cair, o solo foi queimado. O calor era insuportável, queimou aqueles mais próximos. Ele levantou-se devagar, fato que irritou o mago que preparava outra magia. Foi então que num movimento rápido Arnold arremessou a lança que acertou o coração do inimigo.

Momentos antes da derrota de Elok, o portão principal havia cedido e o grupo do ariete entrou no pátio. A frente um homem alto, carregando um machado de duas mãos, liderava um grupo de trinta homens. Com um sorriso no rosto Ragnar partiu para atacá-los.




- Vekna me ajuda como puder - disse Alyan indo em direção ao inimigo.
- Deixa comigo - respondeu o mago muito nervoso considerando a vantagem numérica. No seu interior, num lampejo, ele queria que os inimigos ganhassem. Não fazia sentido.

Com o pé ele desenhou um pequeno circulo no solo, manipulando a energia da terra, para enfraquecer as armaduras. Ragnar e Alyan trocavam pesados golpes. O lutador foi pego de surpresa quando o golpe do lorde praticamente rasgou sua armadura, fazendo um ferimento lateral em seu peito. O sangue escorria e manchava o metal com aspecto de velho.




O grupo de soldados começa a cercá-los quando o exército da teméria chegou. O caos foi instalado. Golpes e defesas eram feitos em meio as flechas que voavam em várias direções, vindas da muralha e do alto do forte. Lia encarregou-se de lidar com os arqueiros inimigos, a elfa derrotou a maioria deles com flechadas precisas, enquanto desviava graciosamente dos inimigos.

- Eu achei que essa batalha seria um tédio, estava enganado. Abram espaço!!! - bradou Ragnar apontando para Alyan. Os dois continuaram lutando, agora isolados dos demais. O duelo entre bárbaros, mas com credos distintos.
- Pode vir! Enviarei voce ao inferno, seu pagão, com a ajuda do Todo Poderoso - respondeu Alyan.

Ragnar desferia um golpe atrás do outro com o machado, Alyan defendia com o escudo, as vezes desviava. A força divina ainda permanecia em seu corpo, apesar dele notar que aos poucos ela diminuía. Por fim, o lorde desferiu o golpe mortal cortando a cabeça de Ragnar.

Desmond havia chego junto com Lia e foi recuperar a lança de Arnold na muralha. Agora a batalha ia em direção ao forte. Do alto Bolvar realizava um ritual, Vekna sentiu a mesma magia de Arkanum encontrada duas vezes desde o início da batalha. Os imps que sobrevoavam o castelo fugiram.


 
Ao lado deles Aslon, capitão do forte, fez sua voz ecoou por todo o campo de batalha.

- Chegou a hora meus companheiros. Entreguem suas vidas pelo nosso reino!
 


A voz de Aslon causou uma comoção e homens da Redania se mataram ali mesmo. Então ele deu o mesmo comando aos inimigos. Subitamente muitos homens fizeram o mesmo, outros resistiram, principalmente os mais devotos. Então com esses sacrifícios Bolvar terminou seu ritual de invocação. Nuvens cobriram o céu, em pleno dia, as sombras pareciam engolir o mundo.

Arcebispo Borgia acompanhado por seis padres e protegidos por templários entraram no pátio. O clerigo maior convocou os homens em oração, pois era hora de um milagre para decretar a vitória. Enquanto isso parte do exercito levava o ariete a porta interna. Alyan, Desmond e Vekna estavam com eles. Lia tinha se movido ao alto da muralha, pelo lado direito, para atacar os arqueiros.

O mago de terra tentava fazer o chão ceder bem abaixo dos pés de Aslon para evitar que ele continuasse usando magia de controle. Então um estrondo abafou os demais sons de batalha e Bolvar apareceu flutuando no ar junto a uma outra criatura. O invocador teve seu coração arrancado e comido pelo demönio. Alyan teve um sangramento violento, na hora soube que era um demönio forte.

Molag desceu sobre eles como uma rocha caindo. O chão quebrou-se e afundou.



- Recuem! - bradou Loth. Merin e os demais lideres se reuniram para enfrentá-lo enquanto o restante do exército juntava-se a prece comandada por Borgia. Um pouco antes da invocação de Molag a muralha a esquerda cedeu e a segunda tropa invadiu.

Molag fez os espinhos do seu corpo crescerem, eles percorriam o chão e iam até os inimigos. Perfurando de baixo para vice e vice-versa. Desmond e Alyan recuaram para o pátio, Vekna defendeu-se, assim como os homens próximos a ele, com uma magia de terra que endurecia a pele.

Loth investiu contra Molag usando um martelo de guerra, assim como Merin. Barax e Arnold forneciam suporte a eles. Os lideres precisavam ganhar tempo. O demonio escarnecia e ria dos inimigos. Os golpes cortavam a pele dura, arrancava espinhos que logo cresciam novamente. Os contra-ataques eram rápidos e poderosos.

Borgia carregava a relíquia que aos poucos emanava um brilho dourado. Junto com a fé e a prece dos homens o brilho subiu em direção ao céu, dissipou parte das nuvens. Um relâmpago rompeu o tecido da da realidade entre os planos, ligando a Terra e Paradisia. De lá surgiu Valar. O anjo abriu suas enormes asas brancas e desceu suavamente em direção a eles. Aqueles devotos o suficiente conseguiram ve-lo, outros apenas sentir uma poderosa presença. Alyan e Desmond estavam perplexos.


Molag envolveu seu corpos com os espinhos, formando um casulo e mudou de forma. Agora com um aspecto semelhante a uma gárgula ele voou na direção do anjo e ignorou o restante dos mortais.



No ar eles trocaram o primeiro golpe, o impacto gerou uma onda de choque. Com a mudança de forma Molag reviveu a maioria dos mortos que voltaram a atacar os inimigos. Com o poder da fé eles conseguiram lutar com certa facilidade.

O exército temeriano estava exausto, a batalha começou com o raiar do dia e já estavam no início da noite. A batalha ascendeu a outro patamar. Conforme Valar e Molag lutavam a região sofria mudanças. Em certo momento o demônio foi arremessado contra o forte, o impacto destruiu toda a parte da frente, o que acabou matando Aslon. Valar desceu com a espada de fogo empunhada, Molag o segurou com suas asas negras. O combate seguiu e logo estavam no céu novamente até que sumiram de vista e somente se ouvia as ondas de choque.

Tarde da noite a batalha foi dada como encerrada. Os homens, mesmo fracos, bradaram pela vitória!!!

No dia seguinte o acampamento deveria ser movido para dentro das muralhas, os mortos enterrados, os feridos atendidos. Redänia perdeu cerca de trezentos homens, contado o forte e o vilarejo. Teméria perdeu aproximadamente cento homens, incluindo Arnold.

Depois de um breve descanso, o grupo de Berz foi investigar o campo de batalha. Vekna encontrou o cajado de Bolvar, ele o pegou e subitamente sentia que pertencia a ele e somente a ele. Desmond notou o estranho comportamento do mago e conseguiu desarmá-lo. O paladino também pegou a lança de Arnold e o machado de Ragnar.

Na manhã do segundo dia após a batalha uma mensageiro chegou ao acampamento. Batedores relataram reforços redanianos vindo para Riften e para o forte. Agora os papeis inverteram-se e eles precisarão defender a posição conquistada. Até o momento não tiveram notícias da situação das fronteiras e do ataque a Basileia.

Com os feitos dessa batalha os homens dos pelotões de Berz seguiam fielmente seus capitães. A moral do exército estava elevada, as sombras de dúvidas por causa da magia, conhecida na Redania, fora sobrepujada pela fé.