O portão principal e a muralha
lateral eram reconstruídos na medida do possível para dificultar o futuro
ataque dos invasores. O comando do exército temeriano aguardava retorno sobre a
situação de Conde Celebor em Riften, assim como mais detalhes a respeito dos
reforços redanianos.
Desmond caminhava sobre a muralha
quando os vigias anunciaram três cavaleiros se aproximando do portão central.
Dois deles carregavam estandartes, um do império da Redänia e outro da cidade
de Aedirn.
–
Saudações! Trago uma mensagem ao líder do
exército – bradou o cavaleiro que estava ao centro.
Loth foi comunicado e rapidamente
os líderes se reuniram. No pátio do forte o marques os recebeu e ouviu sua
mensagem. Além disso, uma pequena caixa de madeira foi entregue e dentro dela
estava um anel. Loth o reconheceu de imediato e entendeu o propósito dos
inimigos.
–
Digam ao seu comandante que aceitamos o encontro
amanhã ao meio dia nas proximidades da fazenda Corvina – respondeu Loth aos
mensageiros.
Conde Barax foi nomeado para ir ao
encontro, pois o Conde Celebor foi capturado e junto com ele pelo menos
cinquenta dos cem homens que defendiam o vilarejo de Riften. O nobre solicitou
a presença de Alyan para acompanhá-lo, contando com as perícias de guerreiro do
futuro genro. O lorde de Berz, por sua vez, pediu para Desmond ir como seu
guarda-costas. Cada exército poderia levar vinte homens ao local de encontro.
Durante o restante do dia os
lideres permaneceram no interior do forte discutindo estratégias. Aos homens
foi informado apenas do encontro. No dia seguinte, a comitiva partiu a cavalo
em direção a fazenda. Estandartes azuis com símbolo branco balançavam no ar.
O céu estava azul e o sol brilhava
forte. No horário marcado os líderes de cada exército entraram na tenda montada
no local, enquanto os demais homens ficaram em frente a mesma. No interior
havia uma mesa de madeira ao centro com uma bandeja de frutas, uma jarra de
vinho e taças de prata. Velas iluminavam o ambiente, assim como fumaça de
incensos impregnavam o ar.
Conde Nix
–
Sejam bem vindos, sentem-se... – saudou o Conde
Nix, enquanto servia o vinho.
–
Não há motivo para tantas formalidades –
respondeu Barax e negou a bebida oferecida. Vamos direto ao assunto.
–
A paciência é uma virtude caro conde – disse Nix
enquanto bebia.
–
Um jovem querendo ensinar lições a um adulto –
respondeu Barax claramente descontente por alguém tão jovem ter sido designado
para estar ali.
Alyan estava sentado ao lado de
Barax e Desmond logo atrás. Os guarda-costas estavam tensos conforme a conversa
avançava. Pequenos crânios em uma das mesas menores incomodavam o paladino.
Após duas horas de negociação Barax negou o pedido de trocar a vida do conde e
dos homens pela desocupação do forte e a retirada do exército da Teméria. Na
saída do local o grupo testemunhou a morte de cinco soldados capturados, mortos
com um corte na garganta.
Enquanto o encontro acontecia
Vekna estudava o grimório de Bolvar. Lia havia recuperado o livro mágico em
segredo. O mago não resistiu ao desejo de conhecimento e poder, assim, graças a
maldição presente em seu corpo, ele conseguiu abri-lo e estudar um ritual de
evocação. Vekna passou o dia reunindo materiais e fazendo os preparativos, pois
na lua cheia, à meia noite, ele faria o ritual.
***
5 dias antes do encontro
A lua cheia dissipava a escuridão
naquela noite com céu estrelado. Conde Celebor estabeleceu o comando na
prefeitura de Riften. Ali ficaram a maior parte do grupo de cem homens. O
restante do batalhão dividia-se entre o mercado, a estalagem e a taverna.
O alarme foi dado pelos vigias
externos da prefeitura. Do alto da elevação eles avistaram inúmeros pontos de
luz vindo em direção a cidade. Depois disso tudo aconteceu muito rápido.
O grupo que estava nas construções
da vila reuniu-se na praça para proteger a escadaria, enquanto o restante
permaneceu na parte externa da prefeitura para lidar com os invasores que
vinham pelo fundo.
Quando os inimigos chegaram
próximos o suficiente a chuva de flechas simplesmente os atravessou fazendo
suas formas se dissiparem. Do gigantesco exército apenas um grupo de dez homens
permaneceu ali, ileso do ataque.
Um deles, de aparência jovem,
permaneceu parado. Os demais correram ao ataque, no caminho eles gritavam. Aos poucos
os gritos mais pareciam uivos.
Então não eram mais humanos e sim feras com os
dentes a mostra. Eles subiram rapidamente a parede. As garras afiadas deixavam
marcas pesadas nas armaduras. Os capitães e o conde conseguiram derrotar três
deles graças as armas de prata, no entendo, foram subjugados. Celebor rendeu-se
quando Alik, o segundo em comando, foi devorado pelas bestas na frente dos
sobreviventes. Desta forma, Nix conquistou o vilarejo e os fez prisioneiros.
***
De volta ao forte, naquela noite,
os vigias avistaram pontos de luz no horizonte. Ao chegar perto eram cavalos em
chamas que relinchavam e galopavam ao redor das muralhas. Os arqueiros foram os
primeiros a atacar, mas a maioria só foi abatido, horas depois, ao utilizar as
balistas. Enquanto os homens se organizavam ratos começaram a encher o chão do
pátio, a entrar nas tendas. Por onde quer que andassem as criaturas estavam lá.
O forte permaneceu em alerta
durante a noite, mas não houve nenhum ataque. Durante a manhã os homens
comentavam do ocorrido. Neste ponto os batedores que iam investigar o vilarejo
não retornavam.
Na segunda noite gritos de dor
ecoaram pelo acampamento. Um grupo de seis soldados foi morto em uma das
tendas. Contudo, lá dentro os corpos estavam dilacerados, sangue cobria o chão,
entranhas espalhadas e apenas um sobrevivente em choque.
John, soldado de Estrosburgo, mal
conseguia articular as palavras. Apenas que entrou na tenda, ouviu um grito e
depois não se lembrava de nada. Alyan mandou levá-lo ao forte e ser vigiado.
Enquanto investigavam o local inúmeros morcegos começaram a sobrevoar o forte e
em seguida atacam os homens. A quantidade parecia aumentar. Assim, mais uma
noite em claro desgastava a força e a moral do exército.
Desmond comentou com Merin a
respeito da estratégia do inimigo, pois ele presenciou algo semelhante durante
suas viagens no Império Otomano. Loth e os demais reuniram os capitães e
decidiram avançar e atacar Riften, entre as opções estavam queimar o forte e
retornar para Teméria. Contudo, depois de todo o esforço e sacrifício não era
uma opção. O marques precisava e queria mostrar o seu valor ao Rei, pois tinha
outras ambições.
Alyan e Desmond passaram o dia
conversando e orientado seus homens, além de supervisionarem os preparativos
para o ataque dentro de dois dias. Naquela noite uivos ecoaram ao redor das
muralhas do forte, mais ataques de animais. Vekna estava preparado para
executar o ritual do grimório. Quando ele terminou, a uma da manhã, um espirito
corrompido pairava sobre o acampamento. Todos os que estavam abaixo dele
ficaram fracos. O mago agora livre daquele desejo maligno tentava ir até a
tenda dos padres.
Desmond chegou no local e clamou
aos céus proteção para os homens. Sua prece foi atendida. Enquanto isso Alyan
subiu a muralha e usou uma das balistas, porém sem sucesso no primeiro disparo.
Então ele também orou para consagrar a arma. A criatura continuava movendo no
ar, o caos estava instalado no acampamento.
Com a ajuda de Desmond, o mago
conseguiu se mover até a tenda da igreja. Ali ele contou a verdade ao
arcebispo. O clérigo pediu ao paladino para segurar o tenebroso grimório e
depois ergueu sua cruz em devoção. Um raio de luz dourado rompeu o objeto
mágico que aos poucos transformou-se em pó. O momento coincidiu com outro
disparo da balista, que combinamos, destruiu o espírito.
Vekna permaneceu preso e foi
interrogado por Haytham, vice capitão dos templários. Após comprovar sua
história, Borgia concordou em expulsar a maldição dele, contudo, o advertiu que
por estarem em solo sagrado poderia ser perigoso. O ritual santo foi feito, as
garras demoníacas relutavam em deixar o corpo do mago e em meio a dor ele
finalmente ficou livre daquele fardo. Graças a prece do arcebispo ele também
teve sua energia arcana restringida temporariamente.
Durante o dia os homens tentavam
descansar das noites agitadas. Vekna foi solto após provada sua inocência.
Quando o sol se pôs o acampamento estava em alerta. Não demorou para os animais
surgirem. Com a situação relativamente sobre controle eles decidiram lidar com
a fonte do problema.
Vekna notou uma aura mágica, que
segundo ele, deveria ser quem estava controlando os animais. Merin os enviou
para investigar. Seguindo a direção apontada pelo mago, o grupo chegou a
fazenda onde acontecera o encontro com Conde Nix.
Avistaram apenas a casa e o
moinho, os quais foram queimados. As chamas consumiam a palha rapidamente e
logo as duas construções tornaram-se piras iluminado tudo ao redor. Desmond foi
o primeiro a notar um homem de grandes proporções vindo na direção dele por um
dos campos. Em guarda, Alyan deu alguns passos.
- Finalmente alguma ação, achei
que esses homens da Teméria eram todos covardes. Meu nome é Zuta e aqui é o fim
da linha para vocês – disse partindo na direção de Alyan.
Zuta era mais alto e mais
musculoso do que Alyan. Os dois foram os primeiros a trocarem golpes. Desmond
aproximou-se e Vekna permaneceu afastado analisando a situação. Os cortes na
pele de Zuta não pareciam incomodá-lo. Zuta uivou e uma onda de medo percorreu
seus corpos, fazendo os soldados que os acompanhavam fugir.
Em certo momento pelos cresceram
pelo corpo de Zuta e, mais tarde, ele transformou-se em lobisomem.
Alyan, num ato de fé, pediu a Deus
a força necessária para vencer seu inimigo. Assim seus golpes de espada
causavam impacto conforme ele brandia sua arma. O mago, orientado pelos demais,
lançou uma magica para criar um fio de pratas nas espadas. Os danos causados
por elas não se curavam mais. Notando a estratégia, Zuta saltou na direção de
Vekna que evitou o golpe do alto, mas recebeu um arranhão no momento em que
desviava.
Quando Alyan e Desmond o atacaram
pelo flanco, deixando feridas expostas e sangrando, ele conjurou lobos que
prenderam o paladino pelas pernas. Outro golpe de Alyan deixou Zuta debilitado,
então ele moveu-se para o fundo do campo. Seus olhos brilhavam em tom vermelho
e logo todo o seu corpo. O lobisomem correu na direção deles em fúria, mas como
nenhum deles tentou investir contra o inimigo ele acabou seguindo em frente e
desaparecendo da vista deles. O céu estava ficando claro, a aurora do dia
estava chegando, assim como o cansaço da longa batalha.
De volta ao forte Amol eles
informaram a Merin. Assim o exército concedeu aos capitães armas de prata. Os
preparativos estavam prontos, no dia seguinte, os homens de fé marchariam para
Riften. Com a fuga de Zuta esperava-se ter uma noite de tranquilidade. Fato que
não aconteceu, pois, lobos evocados das sombras invadiram o forte e atacaram os
homens. Desmond orientou a todos a pegarem tochas e iluminarem locais escuros.
No alto da muralha Lia trabalha junto com os arqueiros e Vekna sentia outra
aura próxima ao forte.
Com a situação quase controlada
dentro do forte, o mago e o paladino foram falar com Merin. O líder de Berz
estava sentado lendo um livro tranquilamente em uma sala improvisada no forte.
Os dois pediram ajuda para lidar com o problema.
- Muito bem! Vamos até a muralha –
disse Merin
- Vekna você consegue me dizer a
localização exata do conjurador? – indagou Merin enquanto pedia a Desmond a sua
lança.
Com a arma do paladino e a
informação do mago, Merin pegou a lança e concentrou-se. Pequenas faíscas e
lampejos de luz envolveram seu braço e a arma. A luz aumentou gradativamente
até que ele arremessou a lança. A arma parecia um raio de luz e logo atingiu o
alvo. Um relâmpago cruzou o céu, do alto até o local atingido pela lança,
causando um clarão no horizonte. Logo depois os lobos de sombras desapareceram
do forte.
- Alguma chance da minha lança
estar inteira? – perguntou Desmond, esperando que sim, pois queria de voltar
sua arma élfica.
- Não. É um ataque que consome a
arma no processo – disse Merin.
O restante da noite foi tranquilo.
Quando o sol nasceu o exército marchou, ficando no forte apenas cinquenta
homens, a maior parte de Berz graças aos feitos da cidade na guerra até o
momento. Cada grupo continha cem homens, sendo o primeiro comandado por Merin,
o segundo por Barax, no qual estavam os templários e Borgia, e o último por
Loth.
Em certa parte da estrada o grupo
de Berz viu uma carroça e algumas caixas de madeira. Entre elas dois corpos
jaziam no chão. Alyan e Desmond foram em frente para investigar, pela esquerda
seguiu Vekna e Lia, pela direita três lanceiros. Nas laterais nenhum sinal de
inimigos.
Alyan reconheceu o brasão de
Estrosburgo em um dos corpos. Ali ele fez uma prece para seus espíritos
descansem. O lorde não lembrava exatamente o rito funerário, então os corpos
começaram a se mover. Pele, ossos e músculos pareciam se entrelaçar tomando uma
forma sinistra. Do chão mãos, em estado de putrefação, os agarram.
O paladino não achou nada nas
caixas, mas no barril que estava na carroça havia um pedaço de carne pulsante,
o que ele julgou como a fonte mágica para os mortos-vivos. Com a espada
abençoada ele perfurou a carne. O efeito foi contrário e mais mortos-vivos
saiam do solo, inclusive fora da estrada. Desmond tocou a cruz adornada em sua
armadura e com sua fé impedia os zumbis de se aproximarem. Ele e Alyan atacaram
a maior das criaturas, assim como Vekna.
Da grande boca o morto-vivo
lançava rajadas de ácido. Alyan usou seu escudo, marcado com as garras de Zuta,
para se proteger. Em seguida cortou uma das mãos do monstro. Na sequencia foi
atingido pela flecha de Vekna e revidou com outra rajada. Com ajuda de Lia o
mago conseguiu esquivar.
Enquanto a luta acontecia, agora
soldados do primeiro batalhão já lutavam com os zumbis, mais mortos-vivos
surgiram na estrada vindo na direção deles. A batalha, entre soldados e zumbis,
espalhou-se pela estrada e pelas laterais. O mago de terra foi o primeiro a
agir contra o novo inimigo, conjurando uma estaca de terra que perfurou as
costas do morto-vivo que liderava o grupo.
Então a criatura transformou-se em
areia e veio da direção do guerreiro e do paladino. Momentos antes Alyan
finalizou o primeiro morto-vivo. Com a proteção divina de Desmond a criatura
parou a poucos metros e fez o solo da estrada virar areia movediça. Os dois
começaram a afundar lentamente, mas eles notaram a tempo e tiveram força
suficiente para sair da armadilha.
Na sequência Vekna e Lia deixaram
de ajudar para lutar com os zumbis. Alyan notou que o líder das criaturas era o
Conde Celebor, antes que pudesse fazer algo ele foi envolvido em um casulo de
areia. Desmond desferia golpes contra o morto-vivo, parte do seu corpo
atingidas viravam areia até que ele desapareceu e atacava do solo. O paladino
rezou mais uma vez e cravou a espada no chão pedindo que o solo fosse
consagrado, uma onda de choque percorreu a terra destruindo todos os mortos-vivos.
Com a luta terminada o segundo
batalhão se aproximou e Barax ordenou que fossem cavadas covas para os corpos,
assim como os padres realizassem os ritos funerários. Loth decidiu acampar por
ali e continuar a marcha no próximo dia, pois foi decidido que o ataque deve
ser durante o dia.
A noite chegou e com ela a
apreensão. Desta vez, nada aconteceu. De manhã o exército marchou e em duas
horas chegou a entrada de Riften. Raizes verdes cobertas de espinhos formavam
uma espécie de muralha viva ao redor do vilarejo. Na entrada principal os
arqueiros disparavam flechas de fogo para queimar a raiz. Não havia sinal de
nenhum inimigo.
Dali era possível ver a praça e o
acesso a estalagem e a taverna. Acima do poço havia uma esfera de energia.
Desmond decidiu ir até a taverna, mantendo a maior distância possível do poço
enquanto os templários investigavam. O paladino chegou na porta e sentiu-se
fraco, decidiu voltar, outro momento de fraqueza. Quase não conseguiu sair da
área.
Haytham investiu contra a esfera
com a lança deixada por Arnold. O templário parou e a lança quase chegou a
esfera. Vekna, discretamente, fez o chão mover-se para dar a ele um último
impulso. A lança absorveu a esfera e em seguida explodiu destruindo o poço, o
chão e a frente das construções. Haytham foi arremessado para trás gravemente
ferido.
Com isso o exército principal
avançou em direção a prefeitura, enquanto os demais verificavam as construções.
A escadaria de acesso estava coberta de raízes e no alto dela estava Zuta.
Acima do portal, no alto da escada, Nix observava tudo.
Merin avançou com seu grupo de
capitães. Ele destruiu as primeiras raízes. Zuta reconheceu Alyan de imediato e
o desafiou para um duelo. Merin passou por ele e foi em direção a Nix. Desmond
acompanhou o líder, Vekna manteve-se no início da escada. Alyan dedicou todo
seu coração e fé a Deus pedindo ajuda mais uma vez. O primeiro golpe quase
cortou o braço de Zuta, no contra-ataque o impacto foi tão forte que parecia
que o escudo iria se romper.
Nix movia-se muito rápido. Desmond
quase não podia acompanhá-lo, com o tempo, o paladino entendeu o padrão de
movimentação do inimigo. O confronto de lâminas entre Merin e Nix disparava
pequenos raios de energia ao redor.
Na praça soldados inimigos que
estavam nas casas entraram em conflito, dentre eles alguns derrotaram vários
invasores sem dificuldades. Com o início da noite a fluxo da batalha mudou.
Além de Zuta, mais cinco inimigos transformaram-se em lobisomens. Loth e Barax
os enfrentaram enquanto os soldados lidavam com os demais. Borgia e os padres
entoavam um cântico gregoriano que curava todos aqueles que estavam próximos.
Os lutadores na escadaria estavam
alheios ao que acontecia no restante do campo de batalha. Alyan, mesmo
abençoado, tinha dificuldades com os golpes poderosos de Zuta em sua forma
bestial. Vekna havia auxiliado novamente com as armas de prata no início, agora
ele controlava uma espada, apesar de fingir estar segurando a mesma, para
cortar soldados que o atacaram.
Nix mudou de forma com o anoitecer.
Ele saltou ao portal e soprou um pó roxo sobre eles selando o contato com os
céus. Desmond sentiu que suas preces não tiveram resposta. O vampiro voltou a
atacar Merin, mesmo tendo recebido ferimentos eles se curavam. Merin notou que
a espada dele absorvia energia quando infligia dano.
Desmond usando sua habilidade com
o ar, aprendida com Arthas, conseguiu acertar Nix. O vampiro revidou e conjurou
um tentáculo de sombras ao seu redor que se movia violentamente e destruía tudo
o que tocava. O primeiro golpe foi em linha reta destruindo o centro da
escadaria.
Entre rochas Alyan e Zuta ainda
lutavam. Quando finalmente o guerreiro conseguiu dar o golpe final, cortando a
cabeça do monstro. Vekna não tinha tempo de conjurar magias enquanto lidava com
os últimos inimigos ali. Loth passou por eles e foi em direção a Nix, portando
seu machado de guerra dourado e com ele desfez o tentáculo de sombras.
Agora os três lutavam com Nix ao
mesmo tempo. Alyan sentindo que sua força divina estava acabando, sentia em seu
corpo o peso da intensa batalha. Mesmo assim ele e Vekna foram mais perto da
batalha.
Desmond acertou outro golpe pelo
flanco de Nix, o vampiro revidou com a espada e foi aparada pelo paladino,
porém ele tocou no braço. Por instinto Desmond se afastou, não havia dor, mas
ele sentia algo estranho no seu braço. Essa abertura foi aproveitada por Loth
que cravou o martelo no chão fazendo surgir uma runa sagrada que reduziu os
movimentos de Nix. Desmond arremessou a lança direto no coração do vampiro. Ainda
assim ele não estava derrotado. Aproveitando o momento Merin atacou o pescoço e
Loth usou o martelo para fazer a lança de Desmond acabar de atravessar o
coração.
O vampiro deu seu último suspiro
pela segunda vez. Seu corpo virou cinzas, assim como a espada. A vitória era
deles mesmo exaustos e feridos. Na praça a batalha havia terminado também. Os
padres usaram o mercado como hospital. Os mortos logo seriam enterrados. O dia
seguinte seria de comemoração. Será que finalmente a guerra acabou?