Aventura #38 - Início da guerra: Ataque a Riften


Em Berz Merin reuniu-se com o grupo um mês antes da incursão até Riften. Na ocasião ele os informou da estratégia geral do ataque com base nas informações obtidas por eles e pelos espiões de Estrosburgo, e também a cadeia de comando.



O general do exércio temeriano é o Loth, marquês de Estroburgo. O comando segue para Conde Barax e Conde Celebor também de Estrosburgo. Em terceiro Conde Batemberg de Berz, encarregado de capturar a cidade de Riften enquanto o exército de Estrosburgo sitia o forte Amol. Em quarto o Conde de Beorn de Brondeburgo responsável de garantir a segurança das fronteiras, ou seja, seus homens irão aos vilarejos de Oris, Maribor e início da floresta de Valfenda. Em quinto está capitão Arnold, líder dos templários. Por último os capitães dos O comando espiritual será feito pelo arcebispo Borgia e mais cinco padres de Estrosburgo.



Marquês Loth

Conde Barax



Conde Celebor

O exército temeriano é composto por 400 homens de Estrosburgo, 250 homens de Brondeburgo e 200 homens de Berz. Desta última estão organizados em: 30 cavaleiros, 30 arqueiros, 100 soldados e 40 lanceiros, sendo de cada feudo as seguintes quantidades: Batemberg 70, Hildegard 60, Bertold 60, De Bruyne 25 e Stan 25.

Merin concedeu a liderança de pelotões de 40 a 60 homens cada, pois dos lordes da cidade apenas Alyan e Jonas irão ao combate. Durante o próximo mês eles conheceram as suas tropas, assim como realizaram treinamentos. Alyan comprou equipamento para homens, assim como os demais lordes. O grupo dele estava equipado com cotas de malha, espadas e escudos.

Quanto a organização que pretende ir a Nova Arcádia, Merin disse que não teve retorno da Ordem de Graal, portanto, Desmond e Vekna devem ignorar os pedidos e ao mesmo tempo ficarem atentos contra possíveis ataques. Por segurança, o anel de arcádia de Desmond ficará guardado.

No prazo combinado o exército de Berz marchou para Estrosburgo onde permaneceram dois dias até da marcha oficial. A frente batedores avaliavam o caminho, grupo de cavaleiros protegia as carroças dos nobres e clérigos. Mais atrás os pelotões marchavam, seguidos pelas carroças de suprimentos e por último o grupo de prostitutas.

Depois de cinco dias de marcha eles avistaram o forte Amol. Loth ordenou que o acampamento fosse montado por ali. No primeiro dia barracas e tendas foram erguidas, assim como as oficinas das armas de cerco. Trabucos, catapultas e aríetes foram produzidos em Estrosburgo, agora seriam apenas montados. No segundo dia Loth repassou a estratégia com os líderes, depois fez um discurso para o exército.




- Homens de fé chegou o momento de conquistas essas terras e levar a mensagem de nosso Senhor – inicio o discurso que inflamava o coração dos ouvintes.

Na sequência o arcebispo seguiu a mesma linha de pensamento e proferiu uma benção. Além disso, ele trouxe ao campo de batalha uma lasca da cruz de Cristo para proteção. Diante da relíquia a fé dos homens cristãos foi fortalecida.


Durante a tarde o grupo conversou com seus homens. Vekna foi investigar uma fonte mágica localizada no caminho que o exército de Berz deveria passar em breve. Ele informou Merin que solicitou aos templários para investigarem.

O sol se pôs, antes que ele nascesse o exército de Berz marcharia por trás do forte em direção a uma das fazendas de Riften, que segundo batedores estava vazia, e de lá seguiria para Riften, onde um grupo de homens guarda a prefeitura.

Merin terminava de falar com eles sobre isso quando uma sensação sombria e sinistra impregnava o ar. Momentos depois gritos de dor e agonia ecoaram no centro do acampamento. Todos saíram da tenda e contemplaram o caos. Homens corriam de um lado para o outro, um enxame de imps cobria o céu e investia sobre todos. Os capitães começaram a bradar ordens e organizar seus homens para eliminar as criaturas.



Acima do acampamento Vekna notou uma sombra disforme, fonte da sensação que sentiram antes, e a mesma que ele identificou na runa. Ele e Alyan foram até o local averigar, foi então que o lorde de Berz notou que escorria sangue do seu nariz. Imps são demônios, porém o sangramento continuou, ele sabia que havia algo mais forte ali. Desmond e Lia, disfarçada de homens por meio de uma poção de Sigmax, permaneceram com Merin. 

Borgia saiu da sua tenda carregando a relíquia, fez uma prece em latim que pode ser ouvida por todos. A partir dele uma aura dourada foi se expandindo e cobrindo todo o acampamento, quando a luz tocava nas criaturas eles se transformavam em pó, outras eram repelidas.

Vekna e Alyan chegaram a runa. Enquanto o mago analisava que tipo de ritual era aquele e como desfazê-lo, o selo brilhou em vermelho e dele saíram mais inúmeros imps que atacaram o grupo imediatamente. Alyan, seguindo o exemplo de Borgia, cravou sua espada do chão, ajoelhou-se e pediu aos céus proteção para ele e seus homens. Protegidos Vekna conseguiu desativar a runa, ele fingiu que sua magia na verdade foi um milagre. Com esses feitos os dois ganharam a confiança de suas tropas e elevaram sua moral.

No acampamento tudo parecia resolvido quando a sombra nos céus desceu ao solo. Um ser vestindo uma armadura negra, parecida com metal, surgiu e riu. Arnold foi o primeiro a ataca-lo, os golpes dos templários acertaram na altura das pernas, pois o demônio tinha quatro metros de altura. Ao seu redor uma aura de medo fez muitos dos soldados fugirem.


 Arnold

Borgia e os padres rezavam para repor e aumentar a fé. Loth e os demais líderes permaneceram observando de longe, exceto Conde Celebor que depois juntou-se ao templário. Desmond entoou uma benção sobre o seu pelotão para que eles resistem ao medo, assim como abençoou sua espada. Merin analisava a situação mais de perto, porém não entrou em combate.

O chão ao redor do demônio estava coberto por uma névoa fria e escura. Ele fazia golpes poderosos com sua espada longa, cortes de um metro de profundidade surgiam no solo. Arnold desviava dos golpes, em certo momento ele saltou e cravou a espada nas costas da criatura. Então Celebor apareceu e fazia os ataques do solo.

Desmond comandou seus homens para usar as lanças longas quando tivesse oportunidade. Lia disparava flechas, assim como seu pelotão, embora dez deles tivessem fugido. O paladino acertou um golpe na perna do demônio fazendo faíscas surgirem no local do corte, na sequencia desviou de um corte poderoso.

Vekna e Alyan chegaram ao acampamento nesse momento. Arnold foi arremessado para longe momentos depois de chamas prateadas envolverem o corpo da criatura. Alyan decidiu atacar mesmo com o sangramento, agora nas orelhas também. Ele conseguiu fazer um corte profundo no monstro, contudo, não havia carne ou sangue. O corpo parecia feito de metal.

A batalha seguia feroz e moldando o terreno. Muitos soldados sofreram ferimentos dessas consequências. O grupo atacante absorvia o dano graças a magia de proteção lançada por Vekna no início.

Então o demônio saltou uns quinze metros acima, apontou a espada para o solo e começou a descer em alta velocidade. Ordens para os soldados se afastarem foram bradadas. Arnold cravou sua espada no chão e no solo surgia lentamente um circulo de luz, Celebor o ajudava. O Conde colocou a mão na espada, fazendo lanças douradas surgirem no solo.

Antes de chegar ao solo o demônio transformou-se em sombra, dividiu-se em quatro partes e acertou pontos mais distantes do acampamento. O impacto afundou o solo, lançou rochas, levantou poeira, feriu muitos soldados e matou alguns.

Esse foi o fim do primeiro confronto. Os feridos foram levados a frente da tenda da Igreja para receber cuidados e uma prece por cura. O grupo de Bez permaneceu mais um dia no acampamento para repor as energias, pois ninguém mais dormiu naquela noite.

Após o nascer do sol, depois de um dia de descanso, eles marcharam até a fazenda. Enquanto saiam do acampamento ouviam os sons da armas de cerco e por vezes viam rochas lançadas pelos trabucos. Do alto das muralhas do forte o redanianos revivam com balistas.




Na fazenda o centro da construção possuía um celeiro, uma casa principal e um moinho. Na frente da casa um pequeno pomar, ao redor os campos com aveia e trigo começando a crescer. Merin permaneceu com a tropa principal no centro da fazenda enquanto os demais investigavam as construções.





No celeiro Alyan perdeu dois homens em uma armadilha de fosso quando iam investigar algumas caixas no fundo. Na verdade, os bravos soldados empurram Alyan quando notaram o chão cedendo. Não havia nada de útil ali. O moinho também estava vazio. 


Desmond e Lia foram os primeiros a entrarem na casa. Sem divisões entre os cômodos, mas a lareira estava acesa. Vekna tocou o solo e notou que havia um porão. Ao lado da mesa estava o alçapão. Alyan entrou por último, agora sozinho, o lorde estava desconfiado de mais armadilhas.


O paladino notou um pó negro próximo ao alçapão. Ele lembrou-se do pó que encontrou certa vez e de como ele era útil e ao mesmo tempo perigoso. Por isso, decidiu investigar o porão. Isso poderia mudar os rumos da guerra.

Alyan decidiu sair da casa, Vekna permaneceu próximo a mesa. Desmond e Lia desceram no porão. No fundo havia uma mesa com quatro cadeiras. Sentada em uma delas estava alguém encoberto pela penumbra, havia somente um pequeno ponto de luz e um pouco de fumaça. Ao redor da mesa vários barris. Desmond pediu a Vekna para mandar os homens se afastarem da casa.

Lia decidiu disparar uma flecha na mesa, mas acabou acertando o teto. Desmond pensou em impedir, mas ele notou tarde demais. Então uma lanterna se acendeu e em cima da mesa estava um anão com semblante triste. Ele pegou o cachimbo que estava fumando e jogou em um dos barris. Não houve tempo para descobrir que seu era Torig, um anão de Novigrad renegado pela família por não seguir a tradição de ser minerador, embora tenha conhecimentos de muitos minerais e seus usos. Ele decidiu permanecer na fazenda, era continuar vivendo ali com novos senhores ou então morrer e levar os invasores com ele.


O cheiro de enxofre encheu o local, seguido de chamas. Uma explosão em cadeia começou. Desmond reagiu rápido e subiu a escada, Lia foi atingida pela primeira onda de chamas tendo várias queimaduras pelo corpo. O paladino a segurou e puxou para cima. Ele sentiu o chão vibrando e começando a romper. O lado oposto da casa já havia cedido e era engolido pelas chamas. Fumaça, lascas de madeira voavam em todas as direções.

Desmond então carregou Lia e reunindo toda sua força e concentração usou a magia de movimentação que aprendeu com Arthas. Foi o tempo exato de chegar a porta quando a explosão final destruiu a casa completamente e arremessou os dois vários metros para longe. 


Ambos caíram no chão. Desmond respirou fundo. Lia estava desmaiada, gravemente ferida e sua poção de ilusão perdeu o efeito. O exército olhava abismado aquela cena, afinal eles não conheciam o poder da pólvora ainda. Merin reorganiza as tropas enquanto Vekna e Alyan foram ao encontro dos companheiros. Fizeram o puderam para tratar de Lia, a elfa não corria risco de vida graças as orações feitas pelo lorde e pelo paladino, contudo, levaria tempo para se recuperar. Assim, o seu pelotão foi desfeito ficando dez arqueiros com Desmond e outros dez com Vekna.

Depois da explosão Merin comandou que todos se movessem, pois, a posição deles foi exposta. O plano era seguir pelos fundos da prefeitura, que fica em um terreno elevado, e ali com um grupo menor, Vekna criar com magia degraus nas rochas. 

[Parte 2]

O exército de Berz montou acampamento próximo a Riften. Após os batedores retornarem o plano consistia em investir e conquistar a prefeitura, único local do vilarejo semelhante a uma fortificação, além de ficar em um terreno elevado. A força principal atacaria pelos fundos da prefeitura, Vekna abriria com magia o caminho e outra parte escalaria as rochas e o muro. Enquanto isso, Alyan iria pela estrada principal para chamar a atenção dos redanianos.

Durante a manhã o plano foi colocado em prática apesar do alerta de Desmond durante a madrugada ter deixado muitos soldados sem sono. Ao pelotão de Alyan foram adicionados vinte arqueiros, antes comandados por Lia, a elfa permaneceu no acampamento recuperando-se das feridas causadas pela explosão.

A tropa de Alyan marchou com os estandartes De Bryne, Berz e Teméria. Ele foi a frente e falou com o líder dos homens que guardavam a entrada.



- Lorde de Berz, chamarei o magistrado para ouvir sua demanda - respondeu o capitão ironicamente.

Dentre os homens um soldado veio marchando carregando uma lança. Na ponta a cabeça de um homem em estado de putrefação. Era Eliegar. Terminada a conversa infrutífera a batalha começou. Flechas voavam de um lado ao outro.

Os homens de Alyan formaram uma proteção com os escudos, todos eles usavam espadas curtas e escudos. Assim, eles avançavam lentamente em direção aos guardas de Riften. Não demorou muito e os inimigos chocaram-se contra a parede de escudos. Parte dos guardas lutava ali, outra estava numa trincheira. Dos prédios ao redor da praça surgiram mais guardas.

Quando o barulho do confronto começou Vekna iniciou o ritual para criar uma rampa, desfazendo o muro. Merin, Desmond e Jonas estavam mais atrás junto com seus pelotões a postos para invadirem. As rochas moviam-se e tomavam forma, a rampa começou a surgir de baixo para cima.



No alto do muro seis arqueiros notaram os invasores e, em seguida, outro homem apareceu junto a eles.



- Parece que temos visitas. Que falta de consideração minha, devemos dar a eles boas-vindas! - disse Elok enquanto a pequena salamandra de chamas saia do ombro, percorria o braço e saltava para a rampa em construção.


A cada movimento ela aumentava de tamanho, assim como a intensidade das chamas. Por onde passava fumaça subia e o chão era marcado pelo calor. A criatura, vista - num vislumbre - na noite anterior por Desmond, corria na direção de Vekna.

O paladino foi a frente, fez uma prece em pensamento e chamou a atenção da criatura. Ele correu para longe das tropas, usando pedras e arvores para evitar ser atingidas pelas bolas de fogo lançadas da boca da salamandra.

Com a rampa terminada Merin foi o primeiro a subir e atacar Elok, o mestre da salamandra. Seguido por muitos soldados, outros usavam as escadas para subir nas laterais do muro, embora facilitassem para os arqueiros inimigos. Momentos depois Vekna conseguiu cegá-los. A batalha entre Elok e Merin estava feroz, chamas e relâmpagos entravam em conflito, golpes de espadas ecoavam.



O mago convocou a salamandra que transformou-se num manto de chamas e o envolveu. Durante esse tempo Vekna e Desmond conseguiram subir a rampa junto com metade dos seus pelotões. O restante do exército ficou na parte de baixo porque o mago criou uma parede de chamas no alto do muro. Agora o confronto era mais caótico, pois os soldados que estavam na prefeitura surgiram para ajudar o mago de fogo. 

A parede de escudos de Alyan já havia abatido a maior parte dos inimigos, eles estavam chegando na trincheira. Um dos guardas derrubados estava segurando um pequeno saco com pólvora, a explosão rompeu a parede e feriu alguns homens. Espadas, escudos e lanças se encontraram, o calor da batalha, o cheiro de sangue  impregnava a todos. Com o avanço os remanescentes recuaram para a praça e depois para a prefeitura.

Alyan ordenou que os seguissem, exceto os feridos. Ele ignorou as demais construções do vilarejo. O acesso a prefeitura é feito por escadas e um portal na parte mais alta. Ali havia uma barricada improvisada e muitos guardas. Parte dos homens ficou na base e a outra subiu usando a formação de defesa. A vantagem era dos inimigos que depois das flechas jogaram ''bombas''. Com o escudos foram jogadas paras as laterais, aquelas que explodiram destruíram escudos e feriram homens na linha de frente.




Quando a tropa avançou para o portal o combate nos fundos da prefeitura estava perto do fim, foi uma vitória, porém com perdas.

Desmond comandou seu pelotão de lanceiros para lutar contra os soldados, assim como Vekna. O mago recorreu ao seu arco para atirar em XXXX. Após muitos disparos eles conseguiu acertá-lo, criando a abertura para que Merin acertasse o inimigo. Antes disso, o mago retirou o manto de chamas, formando a salamandra outra vez, que foi em direção a Vekna e seus homens. XXX foi arremessado para o nível inferior graças ao golpe de Merin.

- Desviem! - bradou Vekna

Mas não houve tempo suficiente, a salamandra saltou e engoliu num turbilhão de chamas vinte homens do pelotão do mago. Ele só escapou porque usou sua magia para ''entrar''no solo. A criatura foi atrás de seu mestre. Os homens sob comando de Jonas colocaram as escadas nas laterais, assim os reforços ajudaram a eliminar o restante dos soldados nos dois frontes.



Assim, a prefeitura foi conquistada. Merin e os capitães usaram o local com base. Jonas ficou responsável de investigar o restante das construções, Desmond de fazer a guarda dos perímetros da prefeitura. Vekna deveria desfazer a rampa e Alyan fazer a segurança no interior. Vinte soldados foram capturados, assim como muitos moradores do vilarejo.

No dia seguinte Alyan, Vekna e Desmond foram investigar a passagem secreta detectada pelo mago na última visita ao vilarejo. Ao final do corredor, no subsolo, eles encontraram duas salas com portas de madeira reforçadas com barras de metal. Na primeira uma sala com itens valiosos, o cofre de Riften. A segunda conduzia a um corredor natural, uma rota de fuga.

Seguiram pelo corredor de pedra, iluminado por tochas no início. Ao final dele outra porta, uma escada e um alçapão. Desmond subiu para olhar, saia nos escombros de uma casa queimada. Ao fundo ele viu muitas arvores, indicando que era um local próximo ao bosque.



A única diferença era um pequeno corredor escuro um pouco antes do destino final. Naquela direção Vekna sentiu uma fonte de magia semelhante a runa demoníaca. O grupo foi investigar. No centro da sala circular havia um circulo mágico protegido por seis demônios, fato que fez Alyan sangrar pelo nariz.

- Vamos resolver isso rápido... eles são pequenos - disse Alyan correndo em direção aos inimigos.



Desmond acompanhou o lorde. Vekna permaneceu ao fundo. Na direção de cada um deles foram dois seres malignos. Alyan cortou um, Desmond outro. Assim que as laminas cortaram ao meio a carne podre das criaturas eles explodiram, assim como os demais. A onda de energia púrpura liberada arremessou os dois para trás. Os demonios não atingidos ressurgiram no portal e vieram correndo novamente.

Vekna ciente das explosões tentou abate-los a distância, com o arco. Apenas um foi atingido, quando explodiu ele fez o segundo também explodir. Alyan e Desmond levantaram-se quando um novo demônio surgiu do portal.

Eles consideraram recuar, porém Vekna disse que poderia selar o portal. Assim, Alyan seguiu o exemplo do Borgia e orou por proteção. Uma luz dourada criou uma redoma próxima a ele e o paladino. Os demônios desviaram deles e foram até Vekna que ainda estava fora da redoma. Ele correu, mas um demônio saltou sobre ele e explodiu em sua costas. Alyan e Desmond o puxaram antes que o segundo o acertasse.

O impacto causou uma forte dor no mago, contudo, não foi fatal. Desmond rezou pela saúde do companheiro. Assim, eles foram até o portal. Ali Vekna conseguiu selar o primeiro nível do portal fazendo os demônios pequenos desaparecerem, mas ainda havia magia. Mais tarde, após investigar o ritual, ele notou que poderia ser o portal de invocação do demônio que atacou o acampamento na primeira noite da guerra.

Cansados eles retornaram a prefeitura e informaram Merin da situação. Guardas foram enviados para vigiar a sala e a saída da passagem. No dia seguinte Vekna foi até o local e desfez o portal. Ele demorou duas horas para realizar tal tarefa e ao final o cavaleiro da morte apareceu, preso por correntes místicas, sendo arrastado para o portal. Antes de desaparecer ele disse:

- Te amaldiçoou mortal miserável!!!

Com isso o grupo conseguiu a segunda vitória a favor do exército da Teméria. Antes de retornarem Vekna foi selar a saída com magia, ele fez a terra mover para lacrar o local, porém gerou um desmoronamento enchendo o corredor de pedaços de rocha e uma nuvem de poeira. Na sequencia foi controlar o pó e acabou fazendo-o avançar pelo corredor deixando todos ali com falta de ar, tiveram que correr em direção a entrada para não serem sufocados. A maldição afetou profundamente o mago da terra.

No final do dia o exército de ocupação comandado pelo Conde Celebor para manter a posição conquistada. Depois de uma pequena celebração durante o jantar e uma noite de sono o exército de Berz retornou ao acampamento principal para participar do cerco ao forte Amol. Lá Vekna falou com padre Osvald para identificar a maldição, o clerigo disse que é algo semelhante a uma doença e somente em Estrosburgo seria possível fazer os ritos necessários. Ele também notou a energia mágica, Vekna conseguiu convence-lo de era por causa do contato com os demônios.

O cerco já durava seis dias, as armas de cerco causaram um pouco de dano na muralha do lado esquerdo. Uma tentativa de sabotagem foi frustrada. Um espião de Estrosburgo iria abrir um dos portões secundários, porém ele foi descoberto e os homens acabaram indo direto para uma armadilha. Imps sobrevoam o forte, assim como arqueiros com bestas circularam pela muralha. Agora os invasores tentarão investir contra o portal principal. Não houve mais confrontos diretos desde o ataque da primeira noite.



[continua]




Aventura #37 - Os ventos da guerra

As chamas crepitavam na lareira na sala anexa a biblioteca do castelo de Berz. Merin estava sentado na ponta da mesa retangular terminando de rever alguns documentos.


Hildegard foi o primeiro a chegar, o mais antigo lorde da cidade - assim como os Batemberg - é o atual magistrado. Sentou-se a direita de Merin e desenrolou um pergaminho. Na sequência chegaram Bertold e Jonas. O primeiro não é simpático a ascensão de Alyan. O segundo, novo lorde também, considera Hildegard e Bertold ultrapassados. Lorde De Bruyne foi o último a chegar.

- Desculpe pelo atraso - disse sem graça.
- Não se preocupe, temos todo o tempo necessário... - respondeu ironicamente Bertold.

 Hildegard
 
 Bertold

Jonas

Merin apresentou ao lordes as propostas recebidas da guilda de comércio, do banco e do porto real de Oxenfurt. Eles discutiram cada uma delas e suas respectivas respostas. O líder de Berz fez uma pausa, pediu bebidas. O próximo assunto: Guerra com a Redânia!

Hildegard e Bertold demonstraram sua relutância no assunto, pois agora que a cidade estava recuperando-se de todos os problemas causados no confronto de dois anos atrás.

- Eu penso da mesa forma que vocês, porém são ordens do Rei por meio do Marques Loth - respondeu Merin. 

Ele pediu que cada lorde informe a Hildegard quantos homens poderão enviar ao combate, além disso a cidade bancará apenas os suprimentos, sendo os equipamentos de responsabilidade de cada lorde. Eles deverão marchar para Riften em dois meses, o objetivo é capturar a pequena cidade e o forte Amol. Enquanto isso, o ducado de Rivia irá atacar a cidade de Basileia.

- Lorde De Bruyne, Desmond e Vekna irão a Riften nos próximos dias para verificar a situação, principalmente com relação ao forte - explicou Merin.

Feitas as considerações finais a reunião foi encerrada. No outro dia Merin reuniu-se com seu grupo de confiança para falar da missão em Riften e também da visita de Alyan ao Conde Barax para tratar do casamento com Amélia.

Nos próximos dias Alyan deu instruções para Manic intensificar o treinamento dos guardas do feudo. Desmond e Vekna foram falar com Sigmax. O alfaiate que na verdade é um elfo alquimista deu a eles uma poção para ajudá-los a relembrarem dos eventos na capital.


Os dois estavam sentados em cadeiras relativamente confortáveis. Com os olhos fechados eles sentiram-se flutuando... aos poucos ambos estavam no salão conversando com Esme. 

Desmond contou a ela sobre a ida a Arcádia, os aneis, os portais e Ennar. Também relembrou sua história com Charlote. Vekna compartilhou suas lembranças da infância, sua vingança a um mago da escola de Luft e como agora ele vive com a sensação de estar sendo perseguido. Estas conversas aconteceram ao longo da noite entre bebidas e drogas.

Durante a madrugada Lady Camily e Desmond estavam trocando carícias. Num surto Vekna achou que ela iria matá-lo e fez o paladino sair dali. Os dois foram para o pátio, passaram no estábulo onde Desmond teve uma conversa com um dos cavalos, enquanto Vekna desenhava no chão com um graveto.

Antes de irem ao jardim os dois começaram a lutar, mas sem trocarem golpes de verdade. Desmond retirou a parte superior da armadura e entrou na fonte. Vekna com o gibão rasgado e sujo subiu em uma das estátuas e bradava: Eu sou o maior mago do mundo! Por sorte ninguém o ouviu.

Foi então que dois guardas os encontraram. Sem paciência eles bateram no paladino e no mago, depois os arrastaram até a área dos serviçais. Os dois dormiram no chão até que alguns serventes da cozinha os ajudaram, levando-os até o quarto. Atrasados para o café da manhã no jardim eles acordaram com os corpos doloridos e cheios de hematomas sem saber o que tinha acontecido durante a noite.

De volta ao presente Desmond e Vekna contaram a Merin tudo isso.

- Agora entendi o motivo da presença de vocês ser requisitada em Estrosburgo. Eu informarei a ordem e em breve a punição de vocês. Por hora vocês vão com Alyan falar com Esme.

Assim ficou combinado que Lia, a elfa voltou de Elden, se passaria como prima de Lisa, esposa de Merin. Seu objetivo é descobrir o objetivo de Esme e seus associados. Quanto ao plano de deixar os arcadianos lidarem com o grupo misterioso a rainha Titânia recusou. Ela disse que o problema era deles e que poderiam abrir o portal se quisessem, porém se os intrusos fizeram algo no Reino do Norte a aliança estará desfeita.

O grupo partiu Berz pela manha do dia seguinte. Vekna conduzia a carruagem fechada na qual Lady Lia estava. A cavalo, um de cada lado, iam Desmond e Alyan. Em dois dias o grupo chegou a Estrosburgo. No portão principal templários controlavam a entrada de visitantes, assim que foram identificados um guia os levou até a residencia do Conde Barax no distrito nobre da cidade.


 Esme
 Barax
Amélia

Na entrada da residência o conde, a condessa e a filha aguardavam os visitantes. Lia era só sorrisos a tratar com as damas. Alyan fez as apresentações e todos foram acomodados.

Durante o jantar somente Desmond e Vekna não estavam na sala. Mais tarde naquela noite os dois tiveram um encontro, no porão da casa, com uma senhora chamada Meridia. Os dois pensaram que falariam com Esme, mas a nobre havia bebido demais no jantar. Meridia garantiu que o interesse dela é em velha arcádia e pediu para ficar com o anel. Eles combinaram que em quinze dias Desmond retornará para abrir o portal. Quando a reunião terminou ela levantou a mão para arrumar o cabelo, no mesmo instante, um brilho ofuscou a vista deles. Quando a claridade cessou ambos lembravam-se da conversa, mas não do rosto, nome ou voz da pessoa com quem eles conversaram.

Meridia



Lia e Esme conversavam sobre o casamento. A elfa tecia elogios a Alyan e a Berz, ao mesmo tempo em que tentava ganhar a simpatia e a confiança da condessa. A condessa bebia vinho e oferecia constantemente a lady Lia. Depois da refeição Barax e Alyan foram a biblioteca conversar. Os nobres acertaram o dote: uma fazenda próxima a divisa entre Estroburgo e Berz. Também acertaram que o casamento será realizado no início do outono. A guerra acabou sendo o assunto central da conversa.

O grupo tomou café da manhã e logo partiram para Riften. A pequena cidade produzia a maior parte dos alimentos, peles e frutas consumidos por Vizima e Estrosburgo. Sem muralhas a defesa é feita graças ao forte Amol.



Forte Amol - Portão principal

Em Riften o grupo seguiu até a prefeitura. Alyan havia enviado uma carta ao magistrado, pois na época da Brothers Ins Arms eles salvaram a filha dele de um sequestro. Eligar os recebeu na prefeitura e os conduziu até um grande salão. Ele comentou que assumiu o cargo logo depois do retorno deles a Berz, sua filha casou-se com um barão de Estrosburgo e ele vive muito bem agora.

 Eliegar

A prefeitura fica na única parte elevada da cidade. Possui a base de pedra e o restante de madeira. O grupo ficou na estalagem Bardo Sonolento por conta do magistrado. Helga, uma senhora de seios fartos, os atendeu. Ela lembrou-se, com entusiasmo, de Desmond. Inclusive reservou um quarto apenas para o paladino, além de outros agrados durante a refeição. O encanto diminuiu quando ele disse que Lia era sua noiva.

Helga

Estalagem


De volta a prefeitura o grupo participou de uma reunião com Tyron, vice-capitão do forte. Aslon, o capitão, havia ido a Vizima. A proposta deles é de usar Riften como um ponto de armazenamento para uma possível rota comercial com Nasgash. Com interesse na proposta ficaram de decidir o valor das taxas, além da construção do armazém ser por conta de Berz.


 Tyron

Vekna conversou com Tyron sobre a importância da segurança neste acordo e conseguiu convencer o vice-capitão a mostrar o forte para eles. Contudo, eles tiveram acesso somente a entrada principal. Ali Desmond contou pelo menos vinte homens no pátio e mais seis nas muralhas. Nas laterais das muralhas era possível ver escadas de madeira, próximas as portas de acesso secundárias.

Forte Amol - Interior - Frente 


Guarda redaniano no forte Amol


Guarda de Riften


Saindo do forte Amol o grupo cruzou com um homem que eles viram na estrada na ida para Riften. Ele estava próximo a estrada e recitava um encantamento.


De lá o grupo seguiu pela estrada e em três dias estavam de volta a Berz para continuar os preparativos abertura do portal e para a captura do forte e de Riften junto com o exercito de Estrosburgo.