Aventura #31 - A Floresta Sombria

Após ir até a antiga floresta Arg, na companhia de Ennar, Desmond voltou a Berz determinado a resolver aquela situação. O paladino sentia-se responsável, afinal aquele era o resultado de suas ações quando escolheu um lado em uma disputa entre arcadianos.

Nos próximos dias ele, com a ajuda de Merin, criaram um grupo para investigar a floresta e descobrir se algo poderia ser feito, pois em algum momento aquele problema chegaria a Berz, primeiro nos feudos de Batemberg e De Bruyne. Merin prometeu um joia a cada um, ele usaria seus recursos pessoais porque a cidade está sem recursos para qualquer custo além daqueles essenciais, embora o grupo não soubesse disso.

Enquanto organizavam os preparativos outros assuntos foram tratados, O primeiro foi a construção do Porto. Tanto Alyan quanto Tyr tiveram a primeira experiência de como age a nobreza. O lorde chegou ao castelo para falar com Merin, quando leu o contrato viu que o investimento havia aumentado - para construir a estrada, comprar carroças e cavalos - assim como todos os lordes agora possuíam um participação e Tyr foi excluído do acordo.

- Merin o que significa isso? - questionou, surpreso.

- Alyan eu deixei você levar adiante essa proposta exatamente para você entender como as coisas funcionam agora que você possui um título e terras - explicou o paladino. Imagino que o Tyr não vai gostar da notícia, mas é assim que as coisas são. Fale com ele.

Na taberna Porco Trovejante o capitão Redbelt entrevistava os futuros marinheiros do barco da guilda. Bane estava sentado ao lado, com os braços cruzados, dizendo frases para aterrorizar os candidatos enquanto o capitão fazia uma pergunta entre os goles na caneca de cerveja. Bjor observava a cena de outra mesa e falou com Tyr sobre dois possíveis guardas da cidade dispostos a participar do esquema de contrabando. O ranger, mais tarde, falou com eles sobre uma possível vingança contra os lordes da cidade, exceto Alyan.

Alyan chegou nesse momento. Após ler a cópia do contrato Tyr ficou sério e olhou para Bane, dando a entender para ele ficar a postos para agir. Alyan notou, mas não fez nada. Ele chegou a dizer para o ranger que faria vista grossa para qualquer que fosse o négocio que ele estava envolvido. Tyr então o expulsou da taverna, deixando o lorde irritado. Antes de sair ele perguntou: é assim que você resolver isso?

No castelo Merin conversou sobre Desmond sobre o seu futuro. O paladino estava habituado a ficar em Berz mesmo sabendo que depois de dois anos era provável que a Ordem de Graal o enviasse em uma nova missão em outra cidade. Prevendo isso, Merin recomendou que ele subiu para grau 4 do 2º círculo e que ficaria responsável por treiná-lo. Na verdade Merin convenceu Arthas a realizar o treinamento, assim logo Desmond aprenderia magia direcionada para o combate como era comum nos ranks mais altos da ordem.

 Arthas

Veigar foi até a Dama do Lago procurar Alina. A amiga estava sentada em uma das mesas conversando com um senhor. Ela perguntava a respeito do Velen. O caçador se aproximou sem jeito e quando ela o viu levantou-se para ir a outra mesa. Veigar comentou com ela missão na floresta e que talvez depois eles iriam a Velen. Alina não aceitou participar, pois segundo Veigar não havia nenhum recompensa, ele não quis dividir a recompensa com ela. Mais tarde, ela foi junto com o grupo porque Desmond usou sua maldição de sedução para convencê-la.

 Alina


Aventura #30 - Eventos sociais



De volta Berz Alyan e Veigar foram para guilda descansar e comer. Desmond e Tyr decidiram ir ao castelo informar Merin da situação, mesmo estando com as roupas e armaduras molhadas e cobertas de sangue e lama. Os dois aguardavam na antessala quando um homem alto e de semblante sério deixou a sala e nem sequer os olhou. Em seguida Merin, com uma expressão irritada, perguntou se o assunto não podia esperar.


- É urgente! – exclamou Desmond.


- A missão foi concluída, porém a floresta próxima a Velen esta morta, mesmo assim criaturas sombrias agora habitam o local – continuou o paladino.


Tyr fez o melhor que pode para descrever a criatura que ele viu. Por fim, Merin disse que mandaria batedores investigarem a região e por hora Berz não se envolveria a menos que afetasse a cidade diretamente.


Nos próximos dias os membros da Brothers In Arms cuidaram de seus assuntos privados e aproveitaram para recuperar as forças da luta contra os serpes.


Alyan e Desmond participaram da reunião do Arkonorum de Berz, liderado por Merin. Além deles, estava presente o lorde Hildegard. O assento do clérigo estava vazio. Naquela reunião Merin os informou que o padre Giorlamo em breve viria para Berz, aproveitando para cobrar celeridade na reconstrução da igreja destruída por Avalon e Medivh. A pressa é devido a pressão do arcebispo Borgia.


Outro assunto tratado foram o aumento de impostos, pois a cidade está arrecadando e gastando no limite. No momento é preciso investir em treinamento de exército, assim como produção de itens de melhor qualidade. O Porto, a ser construído, seria uma das medidas para contribuir na solução deste problema. Merin concluiu a reunião informando que no final do inverno eles teriam outra reunião um pouco antes de irem ao Festival Anual do Rei na capital do império. Neste evento Jonas e Alyan recebiram oficialmente o títulos de lordes, também Desmond deveria ir para participar de um encontro com membros da ordem de Graal. Tyr e Veigar foram convidados como reforço para a escolta.


Veigar aproveitou sem tempo livre para ler sobre animais, ele gostaria de informações de animais exóticos ou até mesmo criaturas de outros planos, porém em Berz esse tipo de conhecimento era escasso. O caçador encontrou apenas um livro sobre um monstro do mar que usa seus tentáculos para destruir navios e um catálogo de mamíferos da região. 


Em outro momento, ele encontrou-se com Alina. A maga da Ordem de Salomão lhe disse que passou alguns dias em Velen após o pedido de ajuda enviado por Uther aos líderes de Berz, Brondeburgo e Estrosbrugo. Ela disse que Lyon estava na cidade oferecendo ajuda para revitalizar a floresta e veio perguntar se ele era de confiança. Também sugeriu que ele, e talvez os companheiros da guilda, fossem a Velen para ajudar. Havia possibilidade de uma recompensa. Mais tarde, Veigar falou desde assunto na guilda e o grupo optou por esperar alguns dias até alguns compromissos terminarem para então decidir se irão ou não.


Era uma tarde comum na taverna Porco Trovejante quando dois homens entraram olhando o local. Um deles sorridente e o outro taciturno. O primeiro chegou na mesa na qual Tyr bebia uma cerveja e disse:


- Você é o Tyr? Acredito que esteja nos esperando – disse enquanto puxava uma cadeira.


- Depende – respondeu o ranger mostrando sua moeda da Forsaken.

 Bjor


Após a conversa inicial eles, Bjor e Bane, disseram que estavam ali para ajuda-lo com os contrabandos da guilda. O capitão do barco Redbelt chegou algum tempo depois trazendo uma caneca na mão e pedindo bebida assim que entrou. O homem alto e levemente embriagado foi até a mesa. Entre um gole e outro ele comentava sobre a cidade e suas façanhas. Tyr ficou desconfortável com a situação, afinal como um bêbado iria navegar o barco da guilda.


Capitão


Mais tarde ele levou o capitão até a Brothers In Arms, deixando-o lá para ir ao barco durante a manhã. Na volta a taberna ele conversou com Bjor, assim como arrumou alojamento para eles. Na guilda, Desmond e Veigar ficaram ouvindo as histórias do capitão, o paladino ficou particularmente interessado quando Redbelt contou que estivera em Nillfigard e tinha certo conhecimento sobre os canhões.


Alyan saiu um pouco antes dessa conversa para ir a casa do Merin para participar de um jantar com todos os lordes da cidade. Embora morasse no castelo, Merin tem uma casa na região central da cidade na qual sua esposa Lisa estava morando desde que descobriu a gravidez. Ela estava com a barriga grande e logo o futuro herdeiro (a) nasceria.


Do hall ela o conduziu até a sala de jantar. A lareira iluminava e aquecia o ambiente. A mesa já estava posta e as taças reluziam com a luz das velas. Lorde Hildergard e Bertold já estavam sentados. Momentos depois lorde Stan (o filho Jonas, pois o pai morreu no ataque a igreja) chegou atrasado. O jovem lorde ainda estava se adaptando a repentina responsabilidade.

Stan                                Bertold



         Lisa                                      Hildegard




Alyan sentia algo parecido. Mesmo tendo crescido em Berz e próximo a família Batemberg somente agora ele estava convivendo com outros nobres da cidade. Havia uma tensão no ar mesmo com o discurso de agradecimento feito por Merin assim que o primeiro prato foi servido.


Em certo ponto Jonas falou sobre o pai e exaltou-se afinal o assassino ainda estava impune. Lisa que o acalmou, enquanto isso o assunto do porto foi trazido à tona:


- Lorde De Brayne como está o projeto do porto? – indagou o lorde Bertold.


- Muito bem. Eu e meu sócio Tyr já estávamos acertando tudo – respondeu confiante o novo lorde. A construção do porto custaria a eles 15 mil florins.




- Ora, Merin, acho Lorde De Brayne precisa de algumas lições da nobreza. O correto seria oferecer a oportunidade investimento para nós primeiro e não para o filho da taberneira – disse em tom debochado.


Aquele evento social parecia não ter fim. Alyan agradeceu quando finalmente pode ir embora. Na saída lorde Hildegard disse que tinha interesse no porto e se houvesse oportunidade ele pediu para ser o primeiro a saber.


No dia seguinte o capitão acordou assustado sem saber onde estava. Desmond acordou bem cedo e foi até a floresta sombria. No meio da ponte ele usou seu anel para abrir o portal para Arcádia, depois de uma hora de ritual Ennar surgiu.


- Oi... – bocejou a pequena fada com asas roxas.


- Ennar preciso... – o paladino foi interrompido. A fada conjurou um pequeno bastão e ficava batendo na cabeça dele.


Então ambos entraram na floresta, na parte que estava cobrindo a estrada. A sensação de serem observados era constante e ao mesmo tempo que a floresta tinha aspecto de morte também pulsava vida. Ennar disse que precisaria ir ao lago para saber se há como salvar a floresta. Enquanto conversavam sobre isso, uma criatura feita de galhos e feixes de luz azul claro surgiu, os galhos secos se moviam e se contorciam quando ele passava.




Desmond correu em direção a ponte, Ennar voava ao seu lado. Um dos galhos prendeu-se na perna do paladino, era forte o suficiente para tirá-lo do chão. Em um movimento rápido ele viu-se no alto e então no chão. A dor da pancada percorria todo o seu corpo. Quando já estava sendo levantado para outro golpe Ennar cortou os galhos lançou pequenas laminas de luz.


Então do outro lado da ponte a criatura os deixou em paz. Por fim, Ennar falou com o espírito do rio e descobriu que ele era o motivo da floresta ainda não ter expandido para esse lado da margem.


Desmond, mais do que qualquer outro, sentiu o desejo de resolver aquela situação, pois ele foi o principal responsável. No confronto entre a fada e a elfa ele aprendeu a duras penas que os seres arcadianos podem ser cruéis e mesquinhos assim como os humanos.

Aventura 29 - O porto de Berz e a caçada aos serpes






Praga



Em Praga, quatro dias depois, o barco atracou em uma das docas. Tyr permaneceu a bordo afinal ele era procurado por atacador o administrador do porto. De lá ele enviou uma mensagem ao bordel solicitando serviços. O que antes era rotina virou uma confusão. Durante o ato ele vomitou sangue sobre a moça que saiu gritando da cabine do capitão. Desmond achou que o ranger poderia ter mordido ela, vai saber. Alyan só observava. A moça de cabelos loiros logo ficou calma, pois ficou interessada no paladino. Efeito da maldição de Charlote. O ranger praguejou contra o xamã.




A tarde Desmond entregou as mercadorias e com o dinheiro mandaram consertar o barco. Em uma semana eles iriam pelo mar até o acesso ao rio Eldamar por onde desceriam até o feudo de Alyan. Tyr saiu sorrateiramente durante a noite, pegou seu cavalo e foi para Berz por terra.
 




Durante esse período eles aproveitaram para visitar Medivh. O mago encaminhou Desmond para um outro membro da Escola Arcana para investigar a maldição. Para quebra-la ele precisaria do sangue da pessoa que lançou a magia. Outra opção seria ir a Arcádia investigar se há outra maneira.




Tyr chegou primeiro a Berz. Ele visitou sua mãe que ficou feliz em vê-lo depois de dois meses viajando. Ele também foi ao feudo de Alyan conversar com Theon. O lorde e o ranger havia combinado construir um porto e usar o barco para transportar produtos. Além disso, o porto seria construído por eles e serviria a cidade. 




Tyr disse a Theon que Alyan mandou construir um porto pequeno. O administrador disse que estimava uns 4 mil florins para fazer, porém não poderia autorizar sem um documento formal ou então Tyr pagaria e depois Alyan o ressarcia. Sem acordo o ranger decidiu falar com Merin.




O paladino de Graal recebeu Tyr.




- Lá vem Tyr me pedir alguma coisa – pensou Merin ao pedir para o ranger sentar-se.




Tyr contou a ele sobre a ideia do Porto. Ele pediu a Merin um empréstimo para construir o porto. O representante de Berz ficou receoso, pois não via vantagem na proposta. Por fim, deixaram a negociação em aberto.




Uma semana depois os demais chegaram durante a tarde ao feudo. Naquela noite Alyan ofereceu um jantar as famílias que trabalham em suas terras para celebrar a colheita. No dia seguinte Theon apresentou a ele as finanças e o feudo gerou 50 mil florins de receita, sendo 50% destinado a pagar as famílias, Berz e a igreja. Os outros 50% ficam para despesas administrativas, ferramentas, sementes, etc para o próximo ano, além de investimentos e gastos pessoais. 




Dias depois Alyan e Tyr acertaram com Merin a construção do porto. Eles deveriam pagar a construção. Da renda do local 30% será destinada a Berz, além disso a cidade pagará a construção da estrada. Saindo de lá Alyan solicitou a um construtor o valor real para construir o porto. Tyr tinha interesse no projeto para facilitar o transporte dos produtos contrabandeados pela Forsaken. Assim, ficaria mais fácil transportar de Basileia a Berz e, ainda, levar para cidade.




Merin, em outro momento, solicitou a eles que participassem a eliminação das criaturas que residem na colina. Estrosburgo e Brondeburgo enviaram 10 homens cada, mais 10 de Berz para participarem. Eles deveriam comandar esses 30 homens. Alyan passou-se por Merin no dia de partir, pois a tentativa de assassinato do paladino ainda não havia sido desvendada. As suspeitas de pessoas importantes de Estrosburgo.




O grupo partiu pela manhã. O céu estava nublado e poucos raios de sol conseguiam atravessar. Os campos já colhidos eram sinal de que o inverno logo chegaria. Após três horas de viagem chegaram a colina, logo após a ponte onde lutaram com um troll certa vez. Do lado direito eles puderam avistaram o que restou da floresta do conflito entre a fada e a elfa. O lugar gerava calafrios.






Na base da colina eles começaram a se organizar. Tyr foi a cavalo até o topo. Lá ele avistou dois serpes. Um idêntico aquele que eles enfrentaram no passado e outro com um cifre na cabeça. Não demorou muito para as criaturas notarem sua presença. O ranger havia disparado uma flecha contra o primeiro. 




De volta ao cavalo e indo em direção a base do grupo o cavalo assustou-se e derrubou Tyr quando o primeiro serpe deu um rasante. Ainda no chão, o segundo, o pegou pelos ombros elevando-o do chão, para soltá-lo logo em seguida. Ele caiu de dois metros e não teve ferimentos graves com a queda, porém ficou dolorido.




Na base vinte arqueiros estavam escondidos entre rochas e pequenas arvores. Ao centro um campo aberto, pequeno, entre a base e o topo da colina. O restante, dez soldados, acompanhavam Alyan e Desmond. O plano era derrubar as criaturas com flechas e finalizá-las no solo.




Na prática as coisas foram um pouco mais complicadas. O céu estava nublado e no horizonte nuvens carregadas eram vistas. O vento soprava relativamente forte na colina. Muitas flechas acertavam o serpe, mas somente aqueles precisas em locais mais frágeis eram capazes de causar algum dano.






Tyr reuniu-se com os arqueiros nas rochas. Alyan e Desmond estavam a postos contra a investida área do serpe. A primeira foi uma rajada de chamas, na segunda, após ser ferido, ele usou as asas para derrubar ou arremessar o grupo levando a luta para o chão. Enquanto isso, o outro serpe voava em círculos sobre os arqueiros e vez ou outra fazia rasantes lançando chamas.




Alyan foi empurrado para trás no impacto, seu braço doía ao carregar o pesado escudo e também ao absorver o impacto. No contra-ataque ele usava sua lâmina contra a cabeça do serpe. Desmond por sua vez focou seus ataques pela lateral, tentando evitar a asa. Contudo, o problema era a cauda. O serpe a usou com um golpe poderoso deixando um amassado na armadura do paladino. A dor em seu peito não era nada se comparada aquela que seria causada caso o veneno penetrasse seu corpo.




Os soldados que conseguiram lutar puseram-se em pé e partiram para o ataque. Entre movimentos rápidos do serpe, golpes de espadas, tentativas de esquiva e empurrões a vitória para certa. Por fim, a criatura cedeu e caiu, mas antes deu um grito estridente que fez o outro serpe responder.




De repente aquele som potente transformou-se em uma onda de choque, causando dores em todos ao redor. Ainda levemente desorientados o grupo viu o serpe voando para o topo da colina. Agora os que estavam em condições de lutar eram dez arqueiros e cinco soldados.




Deixaram ali os feridos e subiram a colina. A trilha íngreme agora era muito mais difícil de subir devido ao cansaço. Além disso, o chão estava úmido da fina chuva que caia sobre eles.





No topo da colina, cercado por elevações na parte de trás, eles fizeram formação meia lua. No centro estava o serpe que fugira voando. Contudo, sobre uma rocha imponente, quase no centro, o serpe real, muito maior do que os outros, observava a movimentação dos grupo. A adrenalina corria por suas veias. Agora a luta iria até o fim. Quem irá sobreviver é outra questão.






Desmond comandou que cinco arqueiros ficassem na parte elevada do topo. Os demais permaneceram próximos, assim como os soldados com o paladino e Alyan a frente. Tyr e Veigar ficaram mais atrás para atacar a distância. A fina garoa que caia enquanto subiam a colina agora era uma chuva mais forte, relâmpagos e trovões ressoavam nas nuvens.


Com a movimentação o serpe real alçou voo na direção do grupo, o outro, por sua vez, manteve-se no chão, mas começou a correr rapidamente. A água da chuva formava uma lama ao chegar ao solo, assim como atrapalhava a visão do grupo
.

Alyan correu em direção ao serpe colocando seu escudo a frente. Desmond comandou aos soldados fazer uma parede de escudos, o grupo estava receoso afinal metade da guarnição já havia perecido e apenas um dos monstros foi derrotado.


O impacto da criatura e o guerreiro foi intenso. A pancada combinando força e velocidade teria destruído o escudo se no último instante Alyan não tivesse movido o corpo para lateral. Aproveitando a oportunidade ele tentou contra-atacar, porém o serpe, ainda em movimento, usou a cauda para acertá-lo. O guerreiro ficou com o braço dolorido e deixou o escudo cair.


Enquanto isso o serpe real deu um rasante sobre o grupo lançado raios, deixando alguns soldados paralisados. Ne sequência o outro serpe avançou sobre eles após derrubar Alyan. Tyr tentou acertá-los para dificultar a investida, porém com a chuva ele tinha mais dificuldade de mirar alvos em movimentos. Esse não foi o problema, o ranger acabou escorregando e caindo de costas ficando deitando na lama. Veigar sofria da mesma dificuldade visual.


Os arqueiros posicionados no alto chamaram atenção do serpe real. No chão Desmond usou a lança, num movimento perfurante rápido, que atravessou a boca da criatura. Ele viu de perto os grandes e afiados dentes, assim como a fúria de dor nos olhos da criatura. Os soldados então finalizaram a criatura atordoada pelo ferimento com vários golpes.


Alyan levanta-se quando o serpe real iniciou outra investimento sobre o grupo. Desta vez, eles foram surpreendidos por um relâmpago que marcou o céu segundos antes de acertar o monstro que caiu rapidamente a poucos metros do local onde o grupo estava. Os mais religiosos agradeceram a Deus por esse milagre, outros respiraram aliviados por saírem dali com vida.


A chuva diminuiu de intensidade quando o grupo começou a se preparar para descer a colina após coletar dentes e escamas dos serpes. Tyr estava mais mau humorado do que de costume, tanto que ele se ofereceu para ir a Berz pedir uma carroça para carregar os feriados, na verdade ele só queria ir embora logo.


Enquanto o ranger partiu a cavalo, os demais voltaram ao primeiro campo de batalha para enterrar os mortos e ajudar os feridos. Poucos momentos depois Tyr retornou dizem que viu uma criatura conjurando raízes da floresta sobre a estrada. 



De volta ao local, havia somente raízes secas, arvores com galhos retorcidos, chão coberto de folhas e musgo. No fim Veigar atravessou o local, foi a Berz e retornou com a carroça. A caçador esperou o grupo antes da ponte sobre o rio Eldamar, local onde lutaram com o troll certa vez.