De volta Berz Alyan e Veigar
foram para guilda descansar e comer. Desmond e Tyr decidiram ir ao castelo
informar Merin da situação, mesmo estando com as roupas e armaduras molhadas e
cobertas de sangue e lama. Os dois aguardavam na antessala quando um homem alto
e de semblante sério deixou a sala e nem sequer os olhou. Em seguida Merin, com
uma expressão irritada, perguntou se o assunto não podia esperar.
- É urgente! – exclamou Desmond.
- A missão foi concluída, porém a
floresta próxima a Velen esta morta, mesmo assim criaturas sombrias agora habitam
o local – continuou o paladino.
Tyr fez o melhor que pode para
descrever a criatura que ele viu. Por fim, Merin disse que mandaria batedores
investigarem a região e por hora Berz não se envolveria a menos que afetasse a
cidade diretamente.
Nos próximos dias os membros da
Brothers In Arms cuidaram de seus assuntos privados e aproveitaram para recuperar
as forças da luta contra os serpes.
Alyan e Desmond participaram da
reunião do Arkonorum de Berz, liderado por Merin. Além deles, estava presente o
lorde Hildegard. O assento do clérigo estava vazio. Naquela reunião Merin os
informou que o padre Giorlamo em breve viria para Berz, aproveitando para
cobrar celeridade na reconstrução da igreja destruída por Avalon e Medivh. A
pressa é devido a pressão do arcebispo Borgia.
Outro assunto tratado foram o
aumento de impostos, pois a cidade está arrecadando e gastando no limite. No
momento é preciso investir em treinamento de exército, assim como produção de
itens de melhor qualidade. O Porto, a ser construído, seria uma das medidas
para contribuir na solução deste problema. Merin concluiu a reunião informando
que no final do inverno eles teriam outra reunião um pouco antes de irem ao Festival
Anual do Rei na capital do império. Neste evento Jonas e Alyan recebiram oficialmente o títulos de lordes, também Desmond deveria ir para participar de um encontro com membros da ordem de Graal. Tyr e Veigar foram convidados como reforço para a escolta.
Veigar aproveitou sem tempo livre
para ler sobre animais, ele gostaria de informações de animais exóticos ou até
mesmo criaturas de outros planos, porém em Berz esse tipo de conhecimento era
escasso. O caçador encontrou apenas um livro sobre um monstro do mar que usa
seus tentáculos para destruir navios e um catálogo de mamíferos da região.
Em outro momento, ele encontrou-se
com Alina. A maga da Ordem de Salomão lhe disse que passou alguns dias em Velen
após o pedido de ajuda enviado por Uther aos líderes de Berz, Brondeburgo e Estrosbrugo.
Ela disse que Lyon estava na cidade oferecendo ajuda para revitalizar a
floresta e veio perguntar se ele era de confiança. Também sugeriu que ele, e
talvez os companheiros da guilda, fossem a Velen para ajudar. Havia
possibilidade de uma recompensa. Mais tarde, Veigar falou desde assunto na
guilda e o grupo optou por esperar alguns dias até alguns compromissos
terminarem para então decidir se irão ou não.
Era uma tarde comum na taverna
Porco Trovejante quando dois homens entraram olhando o local. Um deles sorridente
e o outro taciturno. O primeiro chegou na mesa na qual Tyr bebia uma cerveja e
disse:
- Você é o Tyr? Acredito que
esteja nos esperando – disse enquanto puxava uma cadeira.
- Depende – respondeu o ranger mostrando
sua moeda da Forsaken.
Bjor
Após a conversa inicial eles,
Bjor e Bane, disseram que estavam ali para ajuda-lo com os contrabandos da
guilda. O capitão do barco Redbelt chegou algum tempo depois trazendo uma caneca
na mão e pedindo bebida assim que entrou. O homem alto e levemente embriagado
foi até a mesa. Entre um gole e outro ele comentava sobre a cidade e suas
façanhas. Tyr ficou desconfortável com a situação, afinal como um bêbado iria
navegar o barco da guilda.
Capitão
Mais tarde ele levou o capitão
até a Brothers In Arms, deixando-o lá para ir ao barco durante a manhã. Na
volta a taberna ele conversou com Bjor, assim como arrumou alojamento para
eles. Na guilda, Desmond e Veigar ficaram ouvindo as histórias do capitão, o
paladino ficou particularmente interessado quando Redbelt contou que estivera
em Nillfigard e tinha certo conhecimento sobre os canhões.
Alyan saiu um pouco antes dessa
conversa para ir a casa do Merin para participar de um jantar com todos os
lordes da cidade. Embora morasse no castelo, Merin tem uma casa na região
central da cidade na qual sua esposa Lisa estava morando desde que descobriu a
gravidez. Ela estava com a barriga grande e logo o futuro herdeiro (a)
nasceria.
Do hall ela o conduziu até a sala
de jantar. A lareira iluminava e aquecia o ambiente. A mesa já estava posta e
as taças reluziam com a luz das velas. Lorde Hildergard e Bertold já estavam
sentados. Momentos depois lorde Stan (o filho Jonas, pois o pai morreu no
ataque a igreja) chegou atrasado. O jovem lorde ainda estava se adaptando a
repentina responsabilidade.
Stan Bertold
Lisa Hildegard
Alyan sentia algo parecido. Mesmo
tendo crescido em Berz e próximo a família Batemberg somente agora ele estava
convivendo com outros nobres da cidade. Havia uma tensão no ar mesmo com o
discurso de agradecimento feito por Merin assim que o primeiro prato foi
servido.
Em certo ponto Jonas falou sobre
o pai e exaltou-se afinal o assassino ainda estava impune. Lisa que o acalmou,
enquanto isso o assunto do porto foi trazido à tona:
- Lorde De Brayne como está o projeto
do porto? – indagou o lorde Bertold.
- Muito bem. Eu e meu sócio Tyr
já estávamos acertando tudo – respondeu confiante o novo lorde. A construção do
porto custaria a eles 15 mil florins.
- Ora, Merin, acho Lorde De Brayne
precisa de algumas lições da nobreza. O correto seria oferecer a oportunidade
investimento para nós primeiro e não para o filho da taberneira – disse em tom debochado.
Aquele evento social parecia não
ter fim. Alyan agradeceu quando finalmente pode ir embora. Na saída lorde
Hildegard disse que tinha interesse no porto e se houvesse oportunidade ele
pediu para ser o primeiro a saber.
No dia seguinte o capitão acordou
assustado sem saber onde estava. Desmond acordou bem cedo e foi até a floresta
sombria. No meio da ponte ele usou seu anel para abrir o portal para Arcádia,
depois de uma hora de ritual Ennar surgiu.
- Oi... – bocejou a pequena fada
com asas roxas.
- Ennar preciso... – o paladino
foi interrompido. A fada conjurou um pequeno bastão e ficava batendo na cabeça
dele.
Então ambos entraram na floresta,
na parte que estava cobrindo a estrada. A sensação de serem observados era
constante e ao mesmo tempo que a floresta tinha aspecto de morte também pulsava
vida. Ennar disse que precisaria ir ao lago para saber se há como salvar a
floresta. Enquanto conversavam sobre isso, uma criatura feita de galhos e
feixes de luz azul claro surgiu, os galhos secos se moviam e se contorciam quando
ele passava.
Desmond correu em direção a
ponte, Ennar voava ao seu lado. Um dos galhos prendeu-se na perna do paladino,
era forte o suficiente para tirá-lo do chão. Em um movimento rápido ele viu-se
no alto e então no chão. A dor da pancada percorria todo o seu corpo. Quando já
estava sendo levantado para outro golpe Ennar cortou os galhos lançou pequenas
laminas de luz.
Então do outro lado da ponte a
criatura os deixou em paz. Por fim, Ennar falou com o espírito do rio e
descobriu que ele era o motivo da floresta ainda não ter expandido para esse
lado da margem.
Desmond, mais do que qualquer
outro, sentiu o desejo de resolver aquela situação, pois ele foi o principal responsável.
No confronto entre a fada e a elfa ele aprendeu a duras penas que os seres
arcadianos podem ser cruéis e mesquinhos assim como os humanos.
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