Aventura #41 - O fim da guerra


Alyan recuperava-se no hospital improvisado. Entre uma prece e outra ele recebeu a visita de Desmond e Vekna. Os companheiros levaram suas armas e equipamentos depois de uma breve conversa. Era o terceiro dia após a última batalha e não havia sinal de novos inimigos. O mago, apesar de preocupado com uma possível contaminação de licantropia, ele estava usando sua magia para reparar os equipamentos. A armadura de Desmond foi reparada sem dificuldades, agora o escudo de Alyan acabou quebrando-se em várias partes.

Loth e Barax selecionavam a tropa que permaneceria na cidade caso a situação permanecesse assim. No último confronto Berz perdeu trinta homens. O exército estava ansioso por notícias, principalmente da vitória e do retorno as suas cidades. Lia aproveitou a oportunidade e retornou para Elden, a cidade élfica não era muito distante de Riften. Para ela, essa guerra fazia cada vez menos sentido.

Finalmente chegou o sétimo dia após o ataque do lobisomen. Vekna foi preso a correntes na sala no subsolo que antes era usada como cofre. Desmond permaneceu a noite toda vigiando a porta. O mago falhou em resistir ao sono. Naquela noite o Sonhar parecia vívivo. Ele fugia de um lobo gigante, corria mesmo sabendo que seria alcançado. 



A criatura saltou sobre ele e com suas garras abriu suas costas. Com mordidas poderosas ele comia a carne, ossos e sangue com Vekna ainda vivo. Em um flash o lobo era Vekna. Durante o pesadelo seu corpo físico sentia os efeitos. Desmond ouvia os sons das correntes, gritos de dor. Depois silêncio e então um baque violente contra a porta. O paladino manteve-se em frente a porta em oração. 

De manhã ele encontrou na sala e viu Vekna sem as correntes. Do lado de dentro uma bola de metal estava perto da porta. Sem saber ao certo o que aconteceu na noite seguinte fizeram o mesmo, mas desta vez tiveram certeza que Vekna não estava contaminado. Alguns dias depois foi a Alyan que passou pelo mesmo, já recuperado o guerreiro conseguiu ficar acordado. Com o nascer do sol pode respirar aliviado também.

Com a vitória assegurada parte do exército marchou de volta para a Teméria. De Berz cinquenta homens permaneceram divididos entre Riften e o forte Amol. Mais alguns dias de marcha e estavam em Estrosburgo, onde passaram a noite. Barax disse que eles poderiam permanecer em sua estalagem, localizada próxima a residência do Conde. 

Desmond e Vekna só instalaram os homens na estalagem, depois foram a catedral. Ambos estavam com receio, pois não cumpriram o acordo com Esme e com a mulher misteriosa que apagou a memória deles. A paranoia de Vekna quase o fez usar magia dentro da igreja, correndo o risco de ser notado pelos clérigos ou templários. Com medo de serem alvo fácil eles decidiram ir ao bordel para passar a noite, assim era improvável que os inimigos os encontrassem. Durante a noite Alyan foi jantar na residência dos Barax a convite de Amélia. A noite estava exultante em vê-lo vivo e bem. 

Na manhã seguinte o exército marchou para Berz e três dias depois finalmente, depois que quase dois meses, estavam em casa.

            Alyan foi ao seu feudo para verificar como estavam as coisas, especialmente o porto. Lá ele teve uma conversa com capitão Redbelt. 



- Lorde Alyan! Aceita uma cerveja? – disse o capitão de forma descontraída.

            Alyan acenou. Ali ele descobriu que Basileia havia sido capturada pelo exército da Teméria, comandado pela condessa Yneffer. Segundo ele, ela fez alianças com as guildas para levar os exércitos em navios de carga, assim o ataque começou de dentro para fora. As guildas poderão manter suas operações mesmo com a cidade trocando de mestre. Redbelt disse também que isso pode ajudar com as negociações, afinal é em Basileia que eles compram e vendem produtos. 

Nos próximos dias Theon organizou um jantar para os chefes das famílias a pedido do lorde. Alyan concedeu o direito aos filhos daqueles que pereceram na guerra de continuarem nas terras sem pagar o devido imposto. Com a cobrança do casamento foi diferente, cada família teve que contribuir. O lorde recebeu uma carta de Barax, o conde viria a Berz em alguns dias para eles acertarem os detalhes do casamento.

            No castelo da cidade Merin informou Desmond e Vekna da visita de Lucius. O grão mestre da Ordem de Graal está indo a Itália e aproveitará para visita-los e claro aplicar a punição devido a eles terem entregado informações sobre arcádia, ainda que estivessem sobre efeitos de drogas.

            Desmond ainda pensava no que dizer ao seu mestre quando um dos serviçais do castelo disse a ele que havia uma moça o procurando no portão principal. Ele foi até lá e a acompanhou a residência de Alyan. No caminho ele notou que era Charlote. A antiga, ou atual, paixão do paladino disse que cansou da Skellige e resolveu passar um tempo com ele. 
 


- Gostei da sua casa, mas agora temos outro assunto para resolver – disse puxando-o pela mão em direção ao quarto. Não se preocupe, a maldição não era verdade, pelo menos a parte da morte – continuou a dizer com um sorriso de satisfação.

            Tudo foi tão rápido que Vekna entendeu só depois a situação. Gilda, escandalizada, saiu correndo.

- Meu Deus! Lorde Alyan vai achar que sou uma mulher da vida, que não cuidei da casa...

            Com todos reunidos, no final do dia, Charlote ficou animada com a notícia do casamento de Alyan. Desmond, por outro lado, ficou receoso com a visita de Barax. Se Esme viesse ele e Vekna ficariam no castelo.

 Barax


 Esme

            Barax e Esme chegaram a residência De Bruyne de manhã e todos acabaram se encontrando. Charlote começou a conversar com Esme sobre o casamento e não demorou muito as duas estavam indo a loja de Sigmax para ver vestidos. Mais tarde, o paladino teve que ir até lá negociar com o alfaiate. Ele estava inquieto com a iminente chegada de Lucius, agora Charlote estava junto com Esme, a mensageira daqueles que desejam ir para nova arcádia. É uma combinação de pessoas que pode gerar problemas. Vekna olhou desconfiado para o conde e a condessa, mas não notou nada de mágico no conde, somente na condessa. Contudo, devia ser algum objeto considerando o nível da energia mágica. 

Alyan e Barax permaneceram na mansão para conversarem. Eles acertaram o casamento para trinta dias, além disso Alyan deveria escolher o presente do padre, neste caso, do arcebispo Borgia. Graças ao relacionamento dele com Alyan e ao pedido de Barax ele aceitou realizar o casamento, sendo assim, a cerimônia será em Estrosburgo. Quanto ao dote os documentos estão sendo preparados e serão assinados dias antes da cerimônia. Os convidados mais importantes poderão ficar na estalagem da família da noiva. 

A visita de Barax durou apenas um dia e na manhã seguinte eles partiram para Estrosburgo. Antes que pudesse respirar aliviado o paladino e o mago foram chamados a sala de Merin. Lucius estava de costas olhando pela janela, o grão mestre usava sua armadura completa, exceto o capacete. Os dois fizeram uma reverência.



- Senhores é bom vê-los outra vez. Merin me contou dos seus feitos da recente batalha – iniciou o discurso em tom solene. Contudo, o motivo da minha visita também envolve corrigir falhas. Sentem-se.

Então eles e Merin ficaram ouvindo Lucius. O grão-mestre sabia dos acontecimentos envolvendo Berz, desde antigos até os mais recentes.

- O conselho deliberou sobre a falha de vocês e eu vim aqui aplicar a punição. Pelo crime de revelar informações secretas da ordem vocês deverão duelar até a morte! Caso recusem há duas opções: os dois são executados ou Merin é executado, ao assumir a responsabilidade pelas suas ações. A escolha é vocês.

O mundo pareceu girar para Desmond e Vekna. O paladino relembrou-se da traição da fada, a morta da floresta e da vila de Velen. Vekna tentou se explicar, mas Lucius ignorou sua justificativa. Eles não sabiam o que fazer, não havia como sair daquela situação. Quando perceberam já estavam no pátio. Lucius, Merin e agora Arthas acompanharam os dois. Um círculo foi desenhado no chão. As regras eram simples: não podia sair da marca e somente um poderia estar vivo ao final.

            Vekna recusou-se a atacar, Desmond aceitou seu destino e sinalizava para o amigo “me ataque, você não precisa morrer pelas minhas falhas”. Relutante Vekna o arremessou para fora do círculo e depois o impediu de ser jogado contra a parede, pois ele estava controlando a armadura. Desmond saiu do círculo, então a vitória é de Vekna. Lucius deu a ela sua espada e comandou: execute o perdedor!!!

            O mago não conseguiu matar Desmond. Ele preferiu sofrer as consequências do que ser assassino de um amigo. Foi então que Lucius disse que eles passaram no teste. Isso não impediu o grão mestre de fazê-los duelar no dia seguinte, mas sem ser uma batalha mortal. A batalha foi intensa, no início eles recorreram a Deus e a magia, respectivamente, para ajuda-los. Desmond usava sua espada que tinha os golpes aparados pela areia mágica de Vekna, depois o mago controlou uma espada. O duelo prosseguiu por mais tempo, agora o cansaço e esforço eram aparentes, assim como alguns ferimentos. Nenhum deles cedia e num golpe trocado ambos acabaram caindo. Lucius encerrou a luta.

            De volta a rotina o grupo prepara-se para ir ao casamento de Alyan.

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