Aventura #42 - O casamento de Alyan - Fim!


A lareira aquecia as geladas paredes de pedras da sala, raios de luz solar, que entravam pela janela de madeira, iluminavam as costas de Lucius. O líder do Graal havia chamado Desmond antes de prosseguir para Itália.

- Desmond, bom dia. Sente-se. Como está? - L
- Bem mestre, ainda refletindo sobre tudo o que aconteceu ontem. – D

            Ali mestre e discípulo continuaram a conversar sem formalidades. Desmond contou a ela sobre sua amada, embora não a história toda. Lucius também revelou que ele interviu na Ordem para que Desmond não fosse executado pela sua falha.

            Na residência De Bryune Alyan pensava em todas as coisas que precisava fazer do casamento e sentia-se frustrado afinal não é o tipo de situação em ele saiba o que fazer. Mais tarde, após indicação de Merin e Sara, o lorde contratou os serviços de Sigmax. O alfaiate mais uma vez mostrou outra faceta. Assim, os convites foram enviados (dentre eles Medivh), e os presentes adquiridos, além é claro das vestimentas.

            Vekna observava atentamente o rosto de Charlote enquanto ela fazia seus olhos mudarem de cor. A bruja havia sugerido aprender a partir de um cadáver, porém o mago achou melhor o método mais tradicional para aprender o caminho de humanos. Ela estava animada com o casamento e com as joias que Vekna havia feito em troca do ensino de magia. O mago também fez uma visita a Cylen na perfumaria. Desta vez, o encontro foi mais parecido com uma batalha. Mesmo com as explicações ela ainda estava irritada com Vekna.

            Naquela tarde Merin os chamou ao castelo. Ele os informou que irá uma semana antes do casamento para Estrosburgo, pois falará com Loth a respeito dos espólios da guerra. Em Berz a construção da filial do Banco Vivaldi foi autorizada, também avançaram a negociação, graças a conquista de Basileia pela Teméria, com a guilda Balança de Ouro para incluir o porto de Berz nas rotas comerciais.

            Por fim, Merin pediu ao grupo para irem a floresta Valfenda verificar o posto avançado que está sendo construído. Com a guerra entre os reinos as fronteiras precisam ser reforçadas. Segundo os relatos dos guardas tem aumentado o número de redanianos querendo entrar na Teméria por esta estrada. Merin disse a Alyan que ele poderia ficar devido ao casamento, mas o guerreiro decidiu ir.


            O grupo partiu no dia seguinte de carroça, exceto Alyan. A estrada da cidade a floresta cruza parte dos campos de trigo e aveia da cidade. Na floresta, quente e úmida, eles logo chegaram ao local do posto avançado. Ali estava sendo construída uma torre de pedra, apenas a fundação por enquanto. Ao lado ficava o acampamento. Para facilitar o controle os trabalhadores finalizam uma cerca de madeira.

            John líder dos guardas os recebeu e informou da situação. Grupos de artistas, vendedores e comerciantes tentaram seguir pela estrada nos últimos dias. Mesmo não passando por ali, é provável que tenham ido por dentro da mata. Contudo, hoje ninguém veio pela estrada. 


            Alyan falou com os construtores e pediu um machado, foi ajudar a cortar arvores enquanto Desmond e Vekna investigavam o local. Charlote entrou na floresta e sumiu de vista por algum tempo, depois ela surgiu por um arbusto dando um pequeno susto em Desmond. A bruja trazia algumas ervas e cogumelos em sua bolsa.

            Naquela noite o grupo comia o jantar ao redor da fogueira. A salada de cogumelos foi o acompanhamento da carne de javali assada. Desmond e Vekna comeram depois dos demais, já basta as alucinações durante as festividades na capital.



            A lua cheia iluminava a floresta naquela noite. Um dos vigias avisou sobre movimento na estrada, apenas um ponto de luz que vinha na direção deles. O grupo foi a frente e ficou observando em guarda.
           
            - Ei, me ajudem!!! – gritou uma moça de cabelos ruivos
            - Por favor!!! – disse em seguida um homem que carregava um alaúde.
            - Parem aí mesmo – falou Desmond e mandou recolher os pertences deles.




            Arya e Barbas eram bardos, formados pela escola de bardos de Redcliff, e viajam para Basileia. Eles foram atacados por um grupo de ladrões. Vekna e Desmond estavam extremamente desconfiados, enquanto Alyan os chamou para comer. Ali eles contaram novamente a história.

            - Senhor seu nariz está sangrando – disse Arya para Alyan.
            - Não se preocupe, é esse clima – falou o lorde e olhou para os companheiros.

            Apesar do receio a noite foi tranquila e nem sinal dos ladrões. Depois do café da manhã os três foram com Barbas até o acampamento deles. Seguiram pela estrada e em certo momento um homem alto saiu de trás de uma arvore com tronco grosso e muito alto.


            - Você tem um bom ouvido – disse olhando para Desmond. Vejo que encontraram o bardo ladrão. Que tal deixa-lo comigo e seguirem seu caminho?

            - Há duas fontes de magia aqui perto – advertiu Vekna.

            A conversa seguiu. Em resumo Arton queria que entregassem Barbas, pois o bardo havia roubado um item mágico importante. O bardo negava de forma veemente mesmo com as insistentes perguntas de Vekna. Com o impasse se formando Alyan foi a frente e desafiou:

            - Eu sou Alyan de Berz! A minha proposta é simples: Cada um segue o seu caminho e vocês continuam vivos. O que diz?

            Arton ponderou por alguns instantes e respondeu: Eu já ouvi histórias a seu respeito. Acho que essa é melhor solução por hora. Então os ladrões voltaram para dentro da mata e o grupo retornou ao acampamento. Na volta Arya cantava uma linda canção, Charlote havia devolvido os instrumentos musicais.

            Mais tarde Desmond contou a Arya sobre o que aconteceu na floresta e ela disse-lhe a verdade: Barbas era do grupo de ladrões, mas eles se apaixonaram na escola de bardos e decidiram viajar pelo mundo. Os fora-da-lei o querem de volta porque Barbas é meio-demônio.



            Esclarecida a situação com os demais, Desmond disse para manda-los de volta, porém Alyan autorizou e os levaria com ele a Berz e depois ao porto. Naquela tarde o grupo mais Charlote partiram de carroça. Na estrada eles encontraram o novo grupo de trabalhadores e guardas.

            Era tarde quando um dos vigias soou o alarme. Uma bola flamejante vinha pela estrada em direção a recém construída cerca de madeira. Desmond mandou os homens recuarem e Vekna tocou o solo fazendo uma parede de terra surgir mais a frente do caminho. Contudo, não foi forte o suficiente para impedir a magia. Na escuridão o mago via auras e sentia magia.
            

            As chamas logo começaram a consumir a madeira. Eles decidiram investir contra os inimigos. Pela estrada, com as marcas de queimadura no solo, eles avançavam devagar. Uma luz surgiu novamente, outra bola de fogo. Os dois desviaram-se e ela destruiu o restante das construções de madeira. A tensão pairava no ar e aos poucos dissipou-se quando Vekna notou as presenças desaparecendo. O restante da noite foi em vigília.

            De manhã Desmond enviou uma mensagem para Merin. Por fim, ele ordenou que todo o grupo retornasse e que Vekna construísse com magia o máximo da torre de pedra. No outro dia o mago fez os preparativos durante a mago e a tarde executou o ritual, deixando a torre quase pronta. Enormes blocos de rocha flutuavam no ar, quebravam-se e recombinavam-se até ganharem forma. Desmond observava impressionado.

            De vola a Berz o grupo cuidou de seus afazeres e então partiram para Estroburgo junto com Merin. Desmond deve investigar Esme e seus contatos. Ele e Vekna são alvos desse grupo independente de quem sejam, pois os dois não cumpriram com o acordo. Em Estrosburgo Merin ficou hospedado no castelo e os demais na estalagem O Leão e o Cordeiro, da família Barax. Lá Charlote mudou a aparência de Desmond e depois de Vekna. A magia durará três dias.



            Desmond foi a catedral orar, na saída viu Alyan saindo também e gritou: Vejam é o homem santo, lorde de Berz! Muitas pessoas que ouviram falar da luz que desceu sobre um nobre na nomeação ficaram maravilhadas e foram até ele. Diante da comoção Alyan foi abordado por lorde Ban. A conversa pareceu estranha, sem saber que diante dele estava o antigo pretendente de Amélia.

De volta a estalagem Vekna conversou com a jovem taberneira. O mago sentia-se galante com seu novo visual. Desmond, com cabelo e barba grilhasados, sentou-se sozinho em uma mesa. Vekna notou o homem grisalho observando as pessoas e achou estranho, resolveu ir até ele e conversar. Sem saber da identidade um do outro, os dois falaram por alguns instantes e conforme a conversa prosseguia um desconfiava mais do outro. Alyan e Charlote, levemente embriagados, riram da situação.

Naquela noite Desmond viu Esme entrar na estalagem e ir ao andar superior, logo depois um homem chegou e também subiu a escadas. O paladino os seguiu, mas só ouviu uma frase "eles ainda não chegaram"... 

[OFF - Resumo do resumo após o hiato de 2 meses e novos personagens a partir de agora]

Assim terminou o primeiro dia desta semana em Estrosburgo. Os restante dos dias passaram rápido e o casamento ocorreu na data marcada, mesmo com o sequestro da noiva no dia anterior. Aliado a isso, a perseguição de Esme a Desmond e o encontro de Vekna com Hermaneus deixaram a cerimônia permeada de tensão.

O último conflito aconteceu em uma cripta no cemitério. Vekna foi capturado e os outros foram ao seu resgate. Merídia, ou melhor Sara, e seus comparsas atacaram o grupo que resistiu bravamente. No dia seguinte partiram para Berz.

Alyan, recém casado, logo teve a notícia de que seria pai. O lorde então decidiu sair cada vez menos da cidade, cuidar da família e de suas terras e do porto. Merin recebeu do rei as terras da região de Velen, no qual a cidade faria um armazem e rota terrestre entre os rios Calurion e Eldamar.

Desmond e Vekna partiram de Berz seis meses após o casamento. A Ordem de Graal os chamou para a sede antes de enviá-los em uma missão em Roma.

Com a partida de seus conhecidos Lia retornou a Elden, mas graças seu espírito inquieto ela juntou-se a uma trupe de bardos com destino ao Reino de Nilfgard.

Após a batalha de Riften e Basileia os reinos estão em guerra, contudo, em pequenas proporções nas regiões de fronteira. O rei redaniano não mostrou disposição em retomar as cidades. Com o tempo um tratado de trégua foi assinado, pois os conflitos estavam prejudicando as rotas comerciais de ambos os reinos.



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