Aventura 25 - O retorno à Berz



O grupo descansava ao lado da parede de cristal. Antes que pudessem decidir o próximo passo, o familiar de Veigar começou a latir ao perceber um brilho nas paredes da caverna. A medida que as ondas de luz ficavam mais intensas, lanças de cristal desciam do teto e subiam do solo fechando totalmente o espaço. A cada onda uma nova parede de lanças empurra os aventureiros em direção a saída.

Alyan, Desmond e Veigar usavam suas armas, focando suas forças contra a parede de cristal que selava o caminho à frente. Nos últimos segundos antes das lanças fecharem completamente a sala, uma abertura foi feita permitindo a passagem de uma pessoa por vez. Desmond ajudou Tyr, Alyan e Veigar foram os primeiros. Todos conseguiram passar.

O corredor seguinte conduzia até uma porta de pedra com entalhes de cristal vermelho. Acima delas uma mensagem exigia pagamento de sangue para prosseguir. Um a um eles pagaram e logo caminhavam sobre passarelas até o centro de um grande salão repleto de riquezas. Há um metro da passarela era possível ver inúmeras moedas de ouro e prata, assim como gemas preciosas e joias.


O caminho seguia em frente e também havia passarelas a esquerda e a direita. No centro dessa bifurcação, sobre um pedestal, estava um cálice que brilhava em tons de dourado. Eles então ponderaram se seria esse o cálice no qual estaria a água sagrada que vieram buscar.

Assim, Desmond e Veigar foram investigar a esquerda e Alyan e Tyr a direita. Os primeiros encontraram um baú de madeira e ferro formando símbolos desconhecidos por ele. Abaixo do pedestal, no chão, estava entalhado o desenho da lua crescente. Do outro lado, de modo semelhante, um baú entalhado com caveiras, mas o desenho do sol no chão. Por fim, Desmond e Tyr abriram os baús, respectivamente. Mais tarde o paladino descobriu que foi amaldiçoado, a cada manhã ele perde um dos cinco sentidos. O ranger teve mais sorte, e recebeu uma benção na qual ele consegue perceber com facilidade ilusões, assim ele viu que o baú de caveiras era na verdade um baú de ouro cravejado de joias.



De volta ao centro um deles pegou o cálice. Nesse momento eles ouviram sons de moedas jogadas umas contra as outras. O mar de ouro então movia-se e aos poucos começa a subir. O grupo correu em direção a saída já com moedas chegando na plataforma. Alyan e Desmond demoraram mais que os outros e tiveram que usar todas as suas forças para não serem sufocados. Saíram de lá levando apenas os baús, pois o cálice transformou-se em luz assim que foi tocado por Tyr.




O próximo corredor era longo e com alguns feixes de luz vindos de fora. Veigar comandou seu homúnculo a investigar a área a frente. Algum tempo se passou e a criatura não retornou, preocupado ele foi investigar. Conforme caminhavam o chão ficava úmido até chegarem a um pequeno rio. Nas suas laterais cresciam plantas fosforescentes.


Foi nesta área que Veigar sentiu a presença do homúnculo vindo ao alto. Ao olhar nesta direção ele viu uma aranha de cristal descer pela teia para atacar o grupo. O caçador não alertou os demais, então foram atacados por teias imediatamente. As teias eram finas e frágeis, porém assim que entravam em contato solidificavam em cristal. Isso imobilizou as mãos de Tyr, assim como deixou o escudo de Alyan extremamente pesado.



Merin e Desmond subiram em uma das laterais para lutar enquanto os demais continuam na água, pois ali estava na altura dos joelhos. Veigar aproveitou para salvar seu homúnculo disparando uma flecha para quebrar os cristais que prendiam o homúnculo. 

Enquanto isso a luta prosseguia. Um golpe forte de Alyan deixou a aranha desorientada, assim os demais conseguiram acertá-la sem o risco de contra-ataque. Os paladinos focaram os ataques em uma das patas, enquanto Tyr também atacava de frente. Por fim, a aranha começou a recuar, subindo pela teia, sendo derrubada por outra flecha do ranger. Os pedaços de cristal da criatura caíram na água.

Seguindo pelo rio, com o nível da água diminuindo gradativamente, eles chegaram a uma câmara na qual uma cachoeira descia de uma abertura no teto. As rochas de cristal dividiam espaço com as ruínas do templo de luz. A água fluía da cachoeira em direção a entrada, pequenos círculos de luz laranja flutuavam no ar.


Nas ruínas Veigar, Alyan, Tyr e Lyon viram murais representando uma batalha violenta em duas fadas. O restante do grupo investigava as rochas. A paz que o local emanava foi dissipada quando eles ouviram o rugido, instintivamente eles esconderam-se. Um dragão desceu do alto da cachoeira e pousou nas rochas mais à frente.


O dragão disse “até quando vocês ficarão escondidos?”. Assim, um a um eles foram até a frente. Alguns sentiram suas forças desaparecerem e queriam apenas correr dali para um local seguro. A tensão pairava no ar e só foi quebrada quando Lyn começou a rir.

O dragão era Parthunax, o mesmo dragão que eles encontraram na câmara da ilusão. Ele é o guardião da fonte sagrada e explicou a eles sobre o ritual para ativá-la. Para tanto, um deles deveria ceder parte da sua energia vital. Tyr não esperou o grupo chegar a um consenso e se voluntariou.

O ranger ficou posicionado sobre um círculo mágico formado pela água. Aos poucos o dragão recitava um encantamento “Diiv Ennok Fent. Dun Dur Dovah. Hofhah Kol Lok”. Tyr não sentiu dor, porém sentia-se fraco e parte do seu sangue foi usado para ativar a fonte. Após uma hora, com o ritual completo, Merin, Alyan e Desmond pegaram um frasco de água cada um. Em seguida, Lyn os teleportou de voltou a Arcádia.

No dia seguinte Lyn os levou a corte Selie. Desta vez, o Rei Oberon estava presente. Eles notaram que muitos membros ali agora tinham outra atitude com relação a eles. Oberon desceu do trono e foi falar com eles, foi o rei que comentou sobre a benção e a maldição adquiridas na sala do tesouro.


Merin então entregou a Rainha Titânia o frasco com água sagrada e com isso a aliança entre o Reino Norte e Berz foi firmada. Ela entregou a Merin e a Desmond um anel que permite a eles irem a Arcádia pelo portal de Berz, assim como para se comunicarem. O anel de Desmond permite a ele convocar Ennar para o plano terrestre ou ir a Arcádia uma vez ao mês.

De volta a Berz o grupo encontrou a cidade três meses após a ida a Arcádia. Os eventos a seguir aconteceram durante esse tempo. Antes desse retorno, durante a manhã, Tyr chegou a mesa para comer e estava fedendo. Depois ele descobriu que ao ceder parte da sua energia vital ele recebeu uma marca de morte, sendo metade do dia vivo e a outra metade morto.

Merin agradeceu a todos pela ajuda na missão. A Tyr deu um cavalo e florins como recompensa. Nos próximos dias eles contou a Alyan e Desmond sobre tudo o que acontecera nos últimos meses conforme Arthas tinha lhe informado.

O pedido de Merin para eliminar os serpes na colina foi respondido, porém a corte real solicitou que ele lidere o ataque, sendo dez homens de Berz, dez de Estrosburgo e dez de Brondeburgo. Essa exigência pareceu suspeita considerando a tentativa de assassinato recente. Por hora, ele decidiu procrastinar essa tarefa.

Na cidade comentava-se sobre o ataque de um dragão ao vilarejo de Eron. Aparentemente três sobreviventes chegaram a Velen, embora as pessoas não tenham dado muito crédito a história. Em Velen a situação também está complicada depois que a floresta foi amaldiçoada, dificultando a caça e a coleta essências para a sobrevivência da vila. O magistrado Uther escreveu aos lideres das cidades maiores, assim como Alina comentou com Veigar sobre isso. O magistrado pediu a ela para ir até lá ajudar no que for possível.

O confronto entre Azidhal e Safira contra a Ordem de Jade na região tornou a estrada que liga Berz a Velen perigosa. Diversas criaturas espreitam de ambos os lados da estrada. Eles ainda não sabiam, mas foi essa batalha que despertou o dragão na montanha. Após o retorno Lyon teve dias difíceis, pois seu mestre o visitava no Sonhar. Em breve o druida deveria demonstrar sua lealdade.

Na guilda Brothers In Arms o grupo encontrou várias cartas e cobranças. Uma delas do armazém referente aos mantimentos. Alyan recebeu uma mensagem do arcebispo pedindo ajuda na reconstrução da igreja de Berz, pois ele já escolheu o novo padre. Além disso, o clérigo lembrou ao lorde do pagamento do dízimo. A construção da igreja estava na metade.

Alyan visitou seu feudo nos dias seguintes acompanhado de Desmond. Theon manteve tudo sob controle e já era início da colheita e um dos moinhos já estava pronto para uso. O administrador contou a ele sobre a cobrança de pedágio na ponte que liga Berz e Campano, imediatamente eles lembraram do troll, porém agora ele estava em outro local.

Outra carta veio de Durin. O anão os convidou para irem a Novigraad buscar a parte deles referente a reabertura da arena. Por último, Desmond teve resposta de Thony, o pai de Roy. O joalheiro pediu que encontrem o filho, afinal ele era responsabilidade guilda.

Na cidade Arthas, usando seus contatos, conseguiu um novo alfaiate, físico e reabriu o bordel. Este último disfarçado de Loja de Perfumes e no bairro nobre de Berz. O veterano da Ordem Graal decidiu ficar em Berz por mais algum tempo.

Tyr recebeu a visita de sua mãe. Ela deu uma bronca no ranger por ficar fora tanto tempo. Também disse que Vernon pagou a ela o dinheiro da venda das cervejas, contudo ela gastou uma parte subornando um dos guardas que havia apreendido a última entrega. Em outro momento, o ranger foi a joalheria visitar o companheiro de guilda. Vernon o informou sobre a morte Dabur em Brondeburgo e agora a guilda pretende investir em Berz. Sendo assim, Tyr deveria procurar futuros associados na cidade.

Certa noite, na guilda, Alyan abriu a porta e viu uma mulher ruiva. Após confirmar o local, ela virou-se e chamou um homem musculoso e sorridente por cabeça de vento. Ao lado dele um outro com semblante sério e na rua, gritando sobre a Senhora da Luz, estava o último. O grupo de visitantes veio entregar uma carta de Medivh. Eles conheceram o mago durante a busca por um artefato mágico e agora estavam viajando pela Teméria. Depois de saírem da guilda, os demais leram a carta. A mensagem informava detalhes do plano de vingança e o mago não pediu ajuda para que eles não fossem cúmplices. Também pediu que o visitem se forem a Praga.

Assim, quinze dias após o retorno de arcádia, eles estavam considerando partir em uma missão para remover as maldições. Merin disse a eles que a ilha de Skellige é conhecida por lidar com mortos-vivos, além disso Medivh está na Escola Arcana de Praga e talvez possa ajudá-los.



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