Em
uma manhã fria, num dos dias mais rigorosos do inverno, Merin
recebeu em sua sala um homem alto e esguio. Ele havia chego no dia
anterior após ter entrado discretamente na cidade. As labaredas
estalavam as lascas de madeira na lareira. A luz das chamas e das
velas refletiam na máscara que Vekna usava mesmo estando a sós com
Merin.
-
Vekna não há necessidade de ficar tão alerta aqui no castelo –
disse o paladino - e ao mesmo tempo pensava em como a ordem Graal
tinha talento em recrutar membros excêntricos.
-
Agradeço pela hospitalidade Merin, porém eu prefiro estar vigilante
– respondeu Vekna – indo em direção a janela para olhar o pátio
do castelo.
Nesse
momento Desmond bateu na porta e em seguida entrou, ele atendia ao
chamado de Merin. O paladino viu Vekna, porém não perguntou de
imediato sobre ele. Merin fez rapidamente as apresentações e então
deu a eles uma tarefa que pode ajudar a resolver a situação com
Safira e a Floresta Sombria.
Segundo
Merin, o reino do Norte, em Arcádia, havia negado enviar fadas para
ajudá-los, pois no momento eles estão em conflito com o reino do
Sul. No entanto, a rainha Titânia informou que recentemente uma
relíquia elfica foi despertada no plano terrestre e, isso fez com
que outra relíquia ressoasse sua energia mágica. Sendo assim, ela
disse a Merin para ir até a cidade de Elden e pedir ajuda aos elfos
da floresta para localizar o artefato.
Vekna,
já ciente da situação, queria partir o quanto antes. O mago
evitava fica muito tempo no mesmo local, mesmo tendo chego na cidade
no dia anterior. Ele quase nunca retirava a máscara e ainda
emprestou uma delas para Desmond. Os dois despertavam o olhar dos
moradores de Berz enquanto caminhavam a perfumaria para encontrar com
Arthas.
Durante
toda a manhã Alyan permaneceu na sua casa para analisar os livros de
registro do feudo, contratar trabalhadores, falar com fornecedores,
entre outros assuntos. Um pouco antes do almoço decidiu ir verificar
os trabalhos de reconstrução da igreja. Toda a estrutura de pedra
estava refeita, assim como as partes de madeira. No momento os
construtores terminavam o telhado. Leon, um homem baixinho e careca,
acompanhou o lorde pelo local enquanto explicava o que havia sido
feito.
-
Lorde Alyan, estamos quase terminando. Depois do telhado vai faltar
instalar os vitrais, a parte mais trabalhosa e cara da construção –
disse o pequeno engenheiro.
-
Está ficando muito bonita a igreja Leon. Quanto ao custos não se
preocupe eu particularmente estou empenhado para que tudo fique
impecável – disse com um sorriso amarelo ao lembrar do quanto ele
teve que contribuir, sem falar no dízimo pago.
Saindo
da igreja ele recebeu uma carta de um dos mensageiros da cidade. Na
carta o arcebispo Borgia pediu a ele para receber o padre Giorlamo
dentro de quinze dias, pois o mesmo chegará na cidade antes do
término da igreja. De volta a casa, durante o almoço Alyan só
pensava na época que era um simples guerreiro e sua preocupação
era sair para fazer algo, ganhar algum dinheiro e beber na taverna
com os amigos, bons tempos…
A
perfumaria, Rosa de Ouro, funciona como fachada para um dos bordeis
da cidade. Ele foi aberto na época que Arthas ficou no comando da
cidade, mesmo período em que Merin e os aventureiros passaram em
Arcádia (um mês lá foi o equivalente a três meses na terra).
Cylen, uma mulher de cabelos longos e confiante, administra o local.
Cylen
Desmond
e Vekna foram atendidos por ela. O mago ficou admirado com a beleza
da moça, especialmente pelo decote ousado do vestido em tons de
vermelho que ela usava. Ao citar o nome de Arthas e insistir ela
pediu que eles a acompanhassem. Ao fundo da loja um corredor levava
até uma escadaria estreita.
-
Desçam as escadas e seguiam o corredor até a seção de perfumes
especiais – disse sorrindo maliciosamente.
No
final do corredor, ao lado da porta de madeira e ferro reforçado,
estava um homem alto. A barba escondia parte do seu rosto, em
contraste, as magas curtas da camisa deixava os músculos dos seus
braços a mostra.
Brand
os cumprimentou e disse para pagar, assim poderiam entrar. Desmond
recusou-se e quis forçar a entrada, os ânimos ficaram alterados. A
briga foi evitada graças a lábia de Vekna, porém somente ele
conseguiu entrar de início, só depois dele falar com Arthas foi que
Desmond pode entrar também.
O
bordel era composto de várias salas amplas dividas por cortinas de
veludo, cetim e seda. Sofás e poltronas ficavam dispostos de modo a
formar pequenos ambientes. Nas laterais havia mesas de madeiras com
adornos onde os serviçais, desnudos da cintura pra cima, deixavam
bebidas e frutas. Apesar do frio ali o clima era ameno. O aroma do ar
era uma mistura de incenso, bebida e sexo.
Em
outra sala com a mesma ambientação estava Arthas. Ele havia
reservado aquele espaço e todos ali estavam vestidos ainda. Vekna se
apresentou com um nome falso, em seguida, Desmond o chamou pelo nome
verdadeiro.
-
Gostei de você – disse apontando para Vekna – você parece
estranho, isso é bom. Não gosto de pessoas normais – em seguida
riu.
-
Quanto ao seu pedido Desmond eu talvez aceite em ir com vocês, faz
tempo desde a última vez que socializei com elfos. Porém não
prometo nada. Agora chega de trabalho, é hora da diversão. Se
quiserem vocês podem ficar.
O
paladino agradeceu e disse que não poderia. Vekna ficou, pois ele
queria obter informações com as prostitutas sobre a cidade e
especificante sobre Valerion, mago do ar da ordem de Luft, o qual é seu
desafeto. Essa ordem é dedicada a caminho do ar, usando rituais para comunicação e locomoção, é uma ordem muito unida e tem rivalidade com magos da terra, especialmente da ordem Petros.
Do
bordel Desmond foi a taverna porco trovejante. Ele encontrou Tyr e
seus capangas conversando em uma das mesas. O ranger com seu mau
humor habitual estava resistente, mas aceitou ir afinal sua vida está
em risco. Mais tarde, naquele dia, Desmond informou Alyan da missão
e assim eles acertaram para partir no dia seguinte.
A noite Vekna saiu para encontrar Cylen na taverna "O cálice dançante". A jovem aceitou o convite do mago durante sua visita a perfumaria. Eles passaram a noite conversando e provando as bebidas exclusivas da taverna, a maioria deles fornecida pelos contrabandos vindos de Basileia sob o comando de Tyr. Ele a acompanhou até em casa no final da noite e arriscou um beijo. Cylen correspondeu e depois entrou.
***
Depois
de comerem o desjejum, colocarem os equipamentos e pegarem os
suprimentos o grupo reuni-se no portão da cidade. O céu estava
nublado e ventava um pouco.
-
Vamos partir, já esperamos o suficiente por Arthas. Ele não virá –
disse Desmond. Devemos seguir em direção ao sul de Estrosburgo até
o Bosque Elden.
Os
tons de branco e cinza do inverno cobriam a paisagem. Na estrada
poucos viajantes e comerciantes. Eles seguiam em silêncio a maior
parte do tempo após as apresentações desconfortáveis do início
da viagem. Não era melhor época para viajar a pé, menos ainda para
acampar.
No
quarto dia de viagem eles chegaram próximo a Estrosburgo e optaram
por dar a volta ao invés de entrar na cidade. No dia seguinte, no
final da tarde, pararam em Maribor um pequeno vilarejo próximo a
divisa dos reinos.
-
Finalmente uma refeição e uma noite de sono decentes – exclamou
Alyan
A
estalagem possuía uma fogueira no centro com alguns bancos e
cadeiras, enquanto as mesas ficavam próximas as janelas, Naquela
noite um bardo tocava um alaude e cantava algumas canções
conhecidas na região. O quarto era pequeno e simples apenas com
esteiras no chão, uma mesa e duas cadeiras.
Durante
o jantar - carne de javali assada e guisado de legumes – o grupo
recuperou o ânimo. Alayn e Tyr bebiam uma cerveja atrás da outra. O
ranger logo estava bem bêbado e a ressaca no dia seguinte seria na
mesma proporção. Vekna foi até outra mesa onde trẽs homens
conversavam sobre Velen. O mago disse que era um contador de
histórias e queria saber mais. Ognar, o mais falatrão dos três,
contou-lhe que Estrosburgo estavam comentando que Velen agora é
conhecida como cidade fantasma. As pessoas desaparecerem sem deixar
sinais. Fora isso ele contou da sua luta com um monstro na floresta,
fato negado por seus companheiros. Vekna agradeceu e disse que
contaria o feito dele em sua história.
Na
manhã seguinte eles sairam do vilarejo atravessando as pradarias
cobertas de neve em direção do bosque de Elden. Ainda no período
matutino eles chegaram ao bosque. Antigos carvalhos sem folhas
destacavam-se no branco da neve. Após uma hora de caminhada, num
piscar de olhos, eles estavam em um bosque cheia de vida e cores.
Rilie, uma fauna, os aguardava. Eles só puderem entrar ali porque
estavam sendo aguardados.
Rilie
os guiava por uma trilha entre as arvores. O clima era ameno. Logo
eles avistaram a grande arvore de Elden, local onde está instalada a
cidade élfica de mesmo nome. A parte principal da cidade fica
mesclada no interior da arvore enquanto as casas e lojas estão no
solo entre as raízes gigantes. Os elfos da floresta são conhecidos
por serem unidos a natureza, assim é comum para esse povo moldar o
crescimento das plantas de modo a fazerem parte de suas construções.
O
grupo foi levado ao topo da arvore, ou seja, depois de subirem muitos
degraus da escadaria central. A sala do trono fazia parte da copa,
com grandes janelas criadas naturalmente na planta. Visgos e outras
plantas menores cresciam pelas paredes, algumas com pequenas flores
coloridas. Muitos elfos circulavam por ali. A maioria deles possuía
pele bronze com leves tons de verde e cabelos castanhos, suas roupas,
em geral, são de couro e peles. Simples e mesmo assim lindas.
Elariel
os saudou. Ela é a druida regente desta cidade. Terminadas as
formalidades eles tinham autorização para circular por Elden, assim
como ficar por alguns dias se quisessem. Sobre a missão eles
deveriam procurar Melien na biblioteca.
Meliel
é um dos poucos elfos da floresta de Elden dedicado aos estudos
arcanos e a biblioteca era sua paixão. A biblioteca parecia um
organismo vivo. Cipós e raízes formavam espaços para fixar os
livros e pergaminhos, mas estes erma móveis, ficavam em movimento.
Do outro lado das estantes vivas ficava o espaço de leitura com as
mesas e cadeiras. O bibliotecário dava ordens aos seus ajudantes.
-
Meliel? - indagou Desmond
-
Sim. Já falo com você – respondeu enquanto bradava outra ordem a
um ajudante.
-
Então viemos por causa da relíquia élfica…
-
Sim, estou ciente – disse o elfo interrompendo o paladino – tenho
alguns livros que podem ajudar. Ele fez uns gestos com aos mãos
fazendo as prateleiras se moverem.
Antes
que pudesse reagir Desmond estava com seis livros nas mãos.
-
Vocês sabem ler élfico? Pela sua expressão acho que não… mê dê
aqui esses três livros então… vou resumir para vocês.
Em
suma, ele contou sobre as trẽs relíquias dos elfos do sol: solar
ignea – uma estrela de rubi capaz de conceder controle absoluto do
fogo; aegis – capaz de selar qualquer coisa e ogna infinitum –
possui poder de controle do tempo. As duas últimas não se sabe o
que são e nem se realmente existem.
Os
outros livros havia versão em latim e germânico. Vekna leu “O
mistério desvendado – a verdade sobre os elfos” por Adrien
Novak, um viajante que viveu por anos com um clã de elfos lunares. O
livro contava brevemente a origem élfica, embora existam ao menos
três teorias acerca do assunto. O assunto principal era as raças
élficas, suas aparẽncias, costumes, etc. Dentre elas as principais
são elfos do sol (pelo bronze, cabelos loiros ou prata; grandes
magos e criadores de artefatos mágicos, desprezam outras raças);
elfos da lua (pele clara, cabelos prata, usavam magia para coisas
simples, nômades, bardos, tolerantes com não-elfos); elfos da
floresta (pele bronze, cabelo castanho, sociáveis com outras raças,
embora evitem se misturar, excelentes caçadores, pouco interesse
pela magia) e elfos da noite (pelo escura, cabelos brancos, grandes
magos, são desconfiados com relação a não-elfos, excelentes
arquitetos e artesãos). O livro apenas cita os elfos selvagens sem
trazer informações sobre os mesmos.
Desmond
leu Elfos do Sol, a Estrela Alva – um dos poucos materiais
conhecidos sobre os nobres e arrogantes elfos solares. O documento
detalhava mais sua cultura, costumes, política, entre outros
assuntos. O terceiro livro intitulado “Peregrinos Eternos” -
Findan Locke relatava clãs élficos que deixaram arcádia para viver
na terra, especificamente um grupo de elfos do sol. Eles fundaram
duas cidades, Mistral e Soren. Ambas não existem mais, foram
reduzidas a ruínas durante o conflitos com elfos da noite, humanos e
anões há muitos séculos. Nas ruínas de Soren, próxima ao deserto
de Nasgash, foi o local onde a relíquia élfica começou a emanar
energia.
O
grupo passou a tarde na biblioteca, depois de conseguir as
informações eles decidiram passar a noite ali. Vekna e Desmond
aproveitaram para ver as lojas enquanto Alyan e Tyr bebiam na
taverna. O mago conseguiu fazer uma troca com um dos vendedores: um
colar de âmbar criado magicamente por um corselete de couro
adornado.
Depois
do jantar, levemente agridoce, eles foram dormir. Partiram logo após
o café, saindo ao sul do bosque. No limite de Elden eles voltaram
para o bosque gelado e o verde sumira. Dali o grupo seguiu em direção
a estrada, passando pelo vilarejo de Carsten.
As
casas de madeira foram construídas ao redor da estrada. Não havia
ninguém na rua. Desmond ouviu sons vindos do que parecia ser a
taverna. O grupo ficou em alerta. De lá saíram três homens de
estatura média e usando roupas simples. Eles cobraram pedágio de
300 florins por pessoa para passarem por ali. Desmond e Alyan
recusaram colocando a mão no cabo da espada em tom intimidador.
Vekna disse que pagaria, o que diminuiu a eficácia da ameaça dos
companheiros. Então Zothar saiu da taberna.
-
Vejo que temos um grupo corajoso aqui – disse enquanto caminhava em
direção a eles e levantava uma das mãos. Ao seu sinal seis
arqueiros apareceram nos telhados das casas próximas.
O
grupo partiu para o ataque. Desmond usou sua magia de vento,
acelerando sua movimentação para chegar mais rápido próximo aos
bandidos. Alyan seguia logo atrás e Vekna começou a preparar um
ritual. Tyr mirava em um dos arqueiros. Flechas começaram a voar na
direção deles, a maioria foi defendida pelas armaduras e escudos.
Vekna defendeu-se com a porção de areia encantada que carrega
consigo. A investida continuava e isso deixou os ladrões temerosos.
Quando notou a situação Zothar gritou: recuar!!! Antes que pudessem
correr o mago conjurou vários braços de terra que os prendeu,
inclusive os arqueiros, e em seguida os reuniu no meio da rua. Era o
fim para Zothar, mas os demais foram liberados. Investigando a
taverna Vekna achou 500 florins escondidos abaixo de um barril.
No
dia seguinte eles chegaram no início do deserto. O caminho até as
ruínas quase não existia mais, tinha sido engolido pela
cordilheira. Se a guindo o mapa dado por Meliel eles pegaram a trilha
para a parte elevada até a ponte de madeira entre as duas torres de
pedra. Não havia ninguém no local. Para alcançar as ruínas eles
tinha que atravessar a ponte. Alyan foi o primeiro a cruzar a ponte
de madeira estreita e sem equilíbrio. Quando chegou ao centro ele
viu no horizonte uma tempestade de areia se aproximando.
Desmond
pediu pra usar uma corda com medida de segurança, fato ignorado pelo
guerreiro, mas feito pelos demais. O paladino foi o segundo a
atravessar, com um pouco mais de dificuldade porque o vento estava
mais forte e fazia o balanço aumentar. Em terceiro foi Tyr e por fim
Vekna.
Na
metade da travessia a tempestade os alcançou, uma rajada de vento
fez a ponte quase virar e o mago ficou pendurado, segurando na corda
apenas com uma mão.
Ele
tentou usar sua areia encantada para levantá-lo, porém a pressão
da situação dificultou sua concentração e ao invés disso ele
cortou a corda da ponte com a areia. A lateral cedeu em direção a
parede rochas. Por uns segundos ele ficou sem ar devido a pancada.
Desmond gritava e puxada a corda na qual Vekna estava preso. Alyan
foi ajudar e acabou fazendo o paladino soltar um pouco. Pobre Vekna.
A pancada em pleno ar quase o fez perder a consciente. Por fim, o
puxaram. E ali permaneceram por algumas horas. Desmond fez uma prece
pelo novo companheiro. Tyr apenas assistiu a tudo.
No
outro dia havia areia por todo o lado. O céu nublado às vezes
releva seu tom de azul. Recuperado, na medida do possível, Vekna
encantou as botoas do grupo para andar sobre a areia. Eles passaram
por uma estátua gigante, seguindo as antigas ruínas, em direção a
cordilheira. Após algumas horas o grupo chegou em uma abertura na
montanha e encrustada nela vestígios de construções.
A
areia deu lugar a rocha. O caminho central conduzia a uma grande
porta de pedra. O chão possuia algumas marcas já desgastadas. Nas
laterais havia grandes desfiladeiros, nos quais não dava pra ver o
fundo. Antes de alcançarem a porta, Vekna criou uma ponte de terra
para que conseguissem atravessar.
A
porta de pedra trabalhada em formatos circulares, com entalhes
delicados e runas em relevo estava fechada. Vekna reconheceu a runa,
havia visto no livro sobre os elfos do sol, que traduzida significa
“sacrifício”. Algo devia ser oferecido para abri-la. Ele tocou
na porta e sentiu sua energia mágica ser drenada. Desmond também
tocou, mas com ele era sua força vital. Alyan tentou tirá-lo e em
um movimento errado acabou tocando também. Por fim, Tyr fez o mesmo.
Eles dividiram o preço.
A
porta abriu-se relevando um corredor amplo com placas de pedras no
chão, nas paredes e no teto, iluminado por cristais azuis. O grupo
aguardou até recompor as energias antes de explorar o local. Assim
eles seguiram pelo corredor até um portal, dali o corredor
dividia-se em várias direções.
Parte 2
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHrqqPtGBzxVuH4iMuEtwMgYmvR-k5yeyCw5JPgp2fvGViS9fU-pMm1MHaJsv090QdVV6qok82UvV32Rs5ejARh0sMBj48vfke_1e0uS6K7FHHUGNSbUm1YqrjpR1iQLMFYCyo9fpueT8/s200/Runa+%25C3%25A9fica+4.jpg)
Antes
de iniciarem a exploração das ruínas o grupo foi surpreendido por alguém os chamando, ela veio da porta principal, seguindo pelo corredor em direção a eles. Instintivamente eles se prepararam para
atacar.
-
Ei, ei… finalmente eu alcancei vocês – disse Lia, uma elfa da
floresta.
-
Quem é você? Por que está nos seguindo? - indagou Desmond – e em
seguida, pediu para pegar as armas delas.
-
Calma. Ninguém vai me deixar desarmada. Eu posso explicar.
Lia
contou-lhes que de tempos em tempos ela sai em viagens para conhecer
novos locais e pessoas, compartilhando saberes sobre a vida e o
mundo, especialmente apregoando a harmonia com a natureza. Desmond,
Alyan e Tyr ainda não estavam a vontade com a situação. Vekna,
apesar de compartilhar da desconfiança dos demais, considerou a
possível utilidade da misteriosa elfa uma vez que estavam explorando
uma ruína elfica.
Lia
foi a frente junto com Vekna. Algumas pegadas, marcadas na poeira que
cobria o chão de pedra, conduziam até o corredor central. Dali era
possível seguir em frente, a direita e a esquerda. A direita o
corredor terminava em um precipício de onde ouvia-se e via-se
cachoeiras. Vekna identificou magia indo pela esquerda, porém
decidiram explorar o caminho central primeiro.
No
meio do corredor um monumento de pedra com uma runa entalhada. Ao
lado duas piras, uma acesa e outra apagada. Em a esse local estava o
portal para uma sala. Vekna traduziu a runa como a força dos quatro
elementos.
Depois de analisarem a situação eles acenderam a segunda
pira, com isso as runas no interior da sala, idênticas a primeira
runa, brilharam em vermelho. Usando fogo sobre elas eles destrancaram
os baus de pedra que estavam entre as colunas de pedra da pequena
sala. Em uma bau estava um colar adornado e no outro moedas de ouro.
Ao longo da exploração o grupo ainda encontrará diversos itens
élficos, todos remetendo a arvore da vida.
Seguindo
pela ruínas eles chegaram a uma parte alagada. O grupo decidiu
voltar e explorar o corredor a esquerda, somente Lia seguiu em
frente. A água chegava a um metro e meio, a elfa via perfeitamente o
ambiente mesmo estando totalmente escuro. Ela foi em direção a sala
de onde a corrente de água vinha, encontrou o ponto de entrada em
uma das paredes. Foi então que ela ouviu e sentiu movimentos na
água. Em seguida, foi atacada por mephits da água. O primeiro ela
derrubou com uma flecha, mas quando recuava para a escada, para sair
da água, foi atacada por mais quatro criaturas. Um deles mordeu seu
ombro. Ferida ela decidiu voltar para o grupo.
Enquanto
isso os aventureiros chegaram a outra sala. Esta possuía três
monumentos, cada um com uma runa diferente, além de duas alavancas
no chão. Sobre as runas eles descobriram o sentido de duas delas,
segredo e verdade. Explorando o local também encontraram uma
fechadura na qual cabe uma estrela de sete pontas.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHrqqPtGBzxVuH4iMuEtwMgYmvR-k5yeyCw5JPgp2fvGViS9fU-pMm1MHaJsv090QdVV6qok82UvV32Rs5ejARh0sMBj48vfke_1e0uS6K7FHHUGNSbUm1YqrjpR1iQLMFYCyo9fpueT8/s200/Runa+%25C3%25A9fica+4.jpg)
A
terceira runa, tocada por Vekna, o deixou fraco, mas desativou o
primeiro par de estátuas no corredor principal da ruína. Agora as
estátuas de guerreiros elfos tinham os braços cruzados sobre o
peito ao invés de empunhando uma espada como antes. Foi neste local
que eles viram um anão caído no chão antes descobrirem sobre a
desativação das estátuas. Depois de analisar o corpo eles notaram
que era armadilha mágica e funciona apenas contra seres vivos,
também encontraram algumas coroas com o cadáver.
O
grupo investigou outras duas salas menores. Ambas totalmente escuras,
na primeira Desmond foi em frente segurando a lanterna. Um pouco antes
do centro da sala ele viu o chão desmoronando, rochas caindo e
poeira subindo.
-
Voltem! Rápido!
Lia
deu um salto para trás e graças a seu movimento ágil todos
conseguiram sair antes que o chão cedesse completamente. Depois do
susto Desmond usou a lança para iluminar a outra sala. Ali havia
dois baus de pedra sem encantamentos desta vez com uma adaga adornada
e moedas de prata.
De
volta a sala com as três runas eles puxaram as alavancas. A primeira
gerou um ruído de pedras movendo-se em outra parte da ruína,
enquanto a segunda abriu uma porta com acesso a outro corredor.
A
construção seguia o mesmo padrão, placas de pedra, cristais,
monumentos e estátuas. Contudo, neste ambiente, urnas e criptas
preenchiam as salas. Aqui o grupo dividiu-se para investigar.
Desmond
encontrou um anel adornado no fundo de uma das urnas. Vekna e Lia
encontraram dois túmulos de pedra selados por uma runa mágica. Para
desativá-las eles precisariam acessar os monumentos na sala final
que estava guardada por um elemental de fogo.
Os
dois retornaram a outra câmara onde o grupo observava um bau de
marfim com cantos arredondados. Lia aproximou-se com cuidado
procurando inscrições e sem querer abriu a tampa. Do bau uma nevoa
vermelha começou a se espalhar e a encher o ambiente, aos poucos a
nevoa ganhou forma humanoide até que finalmente um elfo negro surgiu
diante deles.
-
Finalmente livre – disse o elfo enquanto olhava para cada um deles.
-
Saudações! Nós… - tentou dizer Vekna apenas para ficar prostrado
no chão quando Zael fez um movimento com a mão
-
Não fale comigo, verme! – exclamou em élfico e visivelmente
irritado.
Como
recompensa pela sua liberdade ele disse a Lia que a chave de sete
pontas estava em um dos túmulos e depois abriu um portal e
desapareceu. Nem tiveram tempo da tensão desaparecer, pois a batalha
com o elemental logo teve início.
Alyan
e Tyr foram a frente assim que Vekna derrubou a grade ferro. Na
primeira investida o ranger e o guerreiro acabaram se atrapalhando
devido ao pouco espaço do corredor até chegar no elemental. Isso
foi suficiente para receberem um golpe de cima para baixo da
criatura, além do impacto fez chamas se espalharem pelo chão e
pelas paredes. Os dois se protegeram como puderam evitando
queimaduras mais graves.
Vekna
conjurou uma lança de pedra e a disparou contra o elemental no
momento que ele conjurava um chicote de labaredas. A lança foi se
desfazendo até chegar no inimigo, estava difícil de se concentrar
quando chamas vinham na sua direção. Lia acertou uma flecha e na
sequência desviou do chicote que vinha em linha reta pelo corredor.
Vekna defendeu-se com sua areia encantada.
Alayn
e Tyr concentraram seus ataques na parte inferior do elemental. A
cada golpe recebido as chamas perdiam a intensidade, assim como ele
reduzia de tamanho. Mais alguns golpes e queimaduras conduziram a
vitória do grupo. Desmond chegou no fim da luta afinal revirar urnas
funerárias é trabalhoso. Também pegaram o baú no qual Zael estava preso.
Com os túmulos abertos Vekna encontrou a chave em formato de estrela de sete pontas. No outro túmulo Lia encontrou uma espada elfica, além dessa ela ficou também com o amuleto.
Com os túmulos abertos Vekna encontrou a chave em formato de estrela de sete pontas. No outro túmulo Lia encontrou uma espada elfica, além dessa ela ficou também com o amuleto.
Usando
a chave eles encontraram uma passagem secreta por dentro da montanha
até sala central, aquela acessível pelo corredor das estátuas
encantadas. Ali um esqueleto empalado por duas lanças segurava um
machado. A arma emitia uma luz verde que iluminava todo o ambiente.
Vekna
pegou o machado. Em seguida soltou, pois era muito pesado. Ao cair no
chão a arma quebrou as placas de pedra. Os pedregulhos e poeira
começaram então a se aglomerar ao redor no chão sendo imbuídos
pelo brilho verde até formar um elemental de terra de quatro metros
de altura bem no centro da sala.
Lia
e Tyr ficaram próximos a uma das colunas de pedra para atacarem de
longe com os arcos. Vekna também manteve distância enquanto Desmond
e Alyan partiram para o ataque. O elemental movendo seus grandes
braços de rocha tentou esmagar o paladino num único golpe, mas
Desmond foi mais rápido e fez um rolamento para lateral. Alyan
aproveitou a oportunidade e ficou quase embaixo da criatura
desferindo golpes com sua espada mágica.
Os
arqueiros miravam no machado no centro do elemental. Lia acertou uma
flecha na arma o que fez a energia verde diminuir, na sequência Tyr
estava prestes a disparar quando o elemental lançou uma rocha em
sua direção. Ele desviou para um lado e Lia para outro, porém a
rocha destruiu a coluna deixando o ranger sob os destroços.
Alyan
sentia os braços doloridos, assim como seu corpo devido as pancadas
defendidas com o escudo. Desmond também movia-se com dificuldade
após ser lançado contra uma das paredes.
Quando
Alyan acertou um golpe no machado o elemental ergueu os braços e
destruiu o teto da sala, Grandes blocos de pedra e poeira começaram
a cair sobre eles, começando no centro e indo até as extremidades.
Vekna foi o primeiro a notar a situação e concentrando-se movia os
maiores blocos de pedra que iriam acertar seus companheiros.
A
batalha continuou por mais de uma hora antes de finalmente
conseguirem vencer quando Desmond, num golpe de sorte, arremessou a
lança com força suficiente para retirar o machado do centro do
elemental. Isto fez as pedras que formavam seu corpo caírem. Alyan
usou seu escudo para não ser golpeado pelas rochas.
O
guerreiro pegou o machado, agora não estava mais pesado. Contudo,
após três movimentos feitos com a arma, Alyan notou que o peso
aumentava gradativamente. Ele parou e guardou o machado na
mochila. Desmond foi até Tyr e fez uma prece. O ranger chegou a
desmaiar, porém recobrou a consciência uma pouco antes da batalha
terminar.
O
cansaço da viagem e das batalhas cobrou seu preço. O grupo retornou
até uma das salas na entrada da ruína onde cuidaram das feridas,
comeram e descansaram antes de decidir o que fazer em seguida: ir
embora ou continuar explorando. Afinal Meliel só disse que há três
relíquias dos elfos do sol e seus efeitos, embora suas formas sejam
desconhecidas. Será a espada, o machado, o amuleto, o anel ou a
adaga a relíquia que eles procuram?
***
Parte 3
O que os espera em Arcádia?
Quem eram aqueles elfos? Qual a importância dessas relíquias? Esse poder será
suficiente para derrotar Safira? E a maldição de Tyr, o fim do ranger está próximo?
Parte 4 continua na Aventura#34 - Guerra em Nova Arcádia
***
Parte 3
Após uma noite de sono
intermitente o grupo decidiu investigar as salas inundadas da ruína. Lia notou
que o nível da água estava um pouco menor. Vekna concentrou-se e tocou no chão,
a compreensão do mago sobre a terra o permitiu sentir as paredes, teto e piso
nas partes inexploradas.
Quando o grupo começou a entrar na
primeira sala a esquerda, com a água a meio metro, eles ouviram uma voz
feminina vindo do corredor logo a frente. Desta vez outra elfa surgiu, chamada
Aela. Receosos eles ouviram a história de como ela veio com um grupo de anões,
há três dias, explorar as ruínas e acabou abandonada por eles. Ela seguiu com
eles até conseguir sair dali devido as criaturas na água.
Lia e Aela foram a frente. O grupo
seguiu para uma das salas, ali Lia mergulhou e encontrou dois baus de pedra.
Enquanto ela abria o primeiro o grupo foi atacado por mephits. Eles vinham
rapidamente saltando e entrada na água. Vekna criou uma estaca de pedra, saindo
do chão, que empalou uma das criaturas. O sangue escorregou deixando a água
turva. Tyr e Alyan lidavam com vários mephits. Era difícil acertá-los devido a
sua velocidade na água. Desmond também lutava om alguns, quando parte deles foi
abatido, os mephits sobreviventes dispararam balas de água nas costas do
paladino.
Lia retornou a superfície durante
a luta. Nos baus ela encontrou moedas élficas e um pergaminho selado
magicamente. Vekna achou melhor não abri-lo de imediato. Seguindo para próxima
sala, também inundada, eles encontraram mais um monumento com runa élfica. Esta
significava agilidade e Lia a ativou. Nos baus havia um broche com entalhes
semelhantes as outras peças encontradas.
Depois de investigarem Desmond
colocou um pouco de água em uma fonte seca que havia no local, seguindo a mesma
lógica usada na sala com as piras de fogo. Então no centro do salão a maior
parte da água se aglomerou e formou um elemental da água.
Tyr, Vekna e Alyan estavam
próximos ao elemental, enquanto os demais ficaram na plataforma com a fonte.
Desmond foi em direção a criatura. Com o nível da água mais baixo a dificuldade
de locomoção era menor.
Flechas de Lia voavam na direção
do elemental, assim como os golpes dos guerreiros mais próximos atravessavam o
corpo d’água. Aela tocava o alaúde e a harmonia concedia a eles um espirito de
luta.
No contra-ataque, o elemental
criou uma onda, partindo do centro para fora, de dois metros de altura. A queda
da onda teve um impacto violento sobre o grupo, tendo arremessado contra a
parede aqueles que estavam na plataforma.
Agora Aela mudou a canção para
fortalecer os corpos e sarar as feridas dos companheiros. Vekna lançou uma
magia para remover um bloco de pedra do teto e deixá-lo cair sobre o elemental.
Enquanto o mago fazia esse ritual, Alyan e Desmond ataquem, defendiam e
esquivavam no combate corpo a corpo. A água deixava as armaduras geladas, às
vezes atrapalha a visão. No último momento eles se afastaram quando o mago
gritou, então, em seguida o elemental foi esmagado pela rocha, fazendo a água
voltar ao nível anterior.
Eles saíram das ruínas no início
da tarde levando os diversos itens élficos e também o baú do qual surgiu o elfo
da noite. Da entrada das ruínas até a ponte sobre o desfiladeiro eles não
encontraram ninguém, apenas areia, lagartos e serpentes. No final da tarde montaram
acampamento em uma das torres, no dia seguinte iriam seguir a trilha em busca
de algum caminho para descer já que atravessar estava fora de cogitação.
A pequena fogueira aquecia e
iluminada as paredes rochosas da torre. Ali eles comeram as porções finais dos
suprimentos ou pelo menos o que restou de passarem dois dias nas ruínas tão
cheia de umidade.
- Eu serei o primeiro a ficar de vigia
– disse Desmond – enquanto Lia e Aela dirigiam-se para o topo da torre para
meditar. Aela deixou com o paladino os itens élficos, exceto o amuleto.
No alto da torre era possível ver
o céu estrelado. Em certo momento Aela iniciou uma conversa sobre como e por
que ela estava com esse grupo de humanos e sobre o destino das relíquias élficas.
O grupo pretende retornar a Elden para saber mais sobre os objetos.
Durante o turno do ranger Aela
saiu da torre e voltou apenas horas depois, porém ele não se lembrou disso.
Após o desjejum o grupo seguiu a trilha. Do lado esquerdo erguia-se altas
paredes de rochas e do esquerdo, a poucos metros, estava a borda do desfiladeiro.
Depois de uma hora de caminhada,
antes de chegarem a uma pequena ponte de madeira, eles foram abordados por um
elfo alto, com pele escura e cabelos prata. Ele foi direto ao ponto e pediu que
entregassem a relíquia, apontando para o machado quando Vekna perguntou qual
era.
O elfo sacou a espada diante da
negativa. Ele tocou com a ponta dela no chão, formando um circulo negro por um
raio de três metros. Alayn, Desmond e Lia (usando todas as relíquias) estavam
na linha de frente, seguido por Vekna e Tyr e por último Aela.
Vekna conjurou uma estaca de
pedra, saindo do chão em direção ao elfo. A estaca foi destruída por tentáculos
de sombra que saíram do círculo. Na sequência ele foi atacado por Tyr, sendo controlado
por Aela, a magia de proteção de Vekna segurava os golpes de Tyr, porém dificultava
que ele realizasse seus rituais.
Lia concentrou-se, sentiu a força
das linhas de energia Ley percorrendo cada item e seu corpo. Então ela sacou a
espada e o machado, num movimento de x, lançou uma rajada de energia verde em
direção ao elfo. Alyan por pouco não foi atingido. O disparo rompeu o circulo
de sombra e foi dividido em duas partes ao ser defendida com a espada pelo
guerreiro misterioso.
A sua espada estava envolta em
sombras, assim como seu corpo. Então ele revidou, disparando uma esfera negra
na direção de Lia. Ela defendeu com o machado, redirecionando a esfera para as
rochas que foram imediatamente pulverizadas, fazendo chover pó no campo de batalha.
Considerando a situação Desmond
foi atrás de Aela e Alyan decidiu parar Tyr enquanto Lia lidava com o inimigo. A
batalha seguia e tomou grandes proporções. O nível de magia e dos golpes não
era comum. Lia sentia-se forte e ao mesmo tempo sabia que ao final tal poder
cobraria o preço.
Fandal desfez o círculo do chão e
saltou no ar quando Lia disparou novamente. Na sequência ela saltou e eles
trocaram golpes com a espada, dando a chance de ela acertá-lo com o machado. O
corte não foi profundo, porém ele caiu rapidamente no chão, o impacto foi tão
forte que causou rachaduras. As sombras sobre o seu corpo reuniram-se formando
um espectro negro com a mesma aparência do elfo. O espectro prepara-se para
receber o golpe de Lia que vinha “caindo” pelo ar.
Alyan imobilizou Tyr. O ranger
estava confuso e fora de combate por algum tempo. Desmond chegou em Aela, a
elfa usou uma bomba de fumaça e tentou ataca-lo no ponto cego. Os sentidos
aguçados do paladino previram o ataque, mas no último momento ela o perfurou
com uma adaga envenenada. Vekna, agora livre, lançou outra magia. Ele criou uma
estaca de pedra que perfurou Fandal, um grito de dor e raiva ecoou no campo de
batalha.
Lia destruiu a estaca com um
golpe, contudo ela acertou a sombra. O elfo trocou de lugar com o espectro.
Agora as espadas soltaram faíscas e rajadas de energia negra e verde que destruíram
tudo ao redor. Com a outra mão o elfo segurava o machado, impedindo Lia de usá-lo.
O choque das energias era violento, o chão vibrava e poeira subia.
Desmond revistou o corpo de Aela,
ele encontrou brincos élficos. Sentindo o efeito do veneno paralisar seu corpo,
ele foi com dificuldade tentar leva-los a Lia. Alyan o ajudou, Tyr e Vekna vinham
logo em seguida.
O choque das energias empurrou Lia
de volta para o ar, com isso ele desceu mais uma vez usando as duas armas, com
um meteoro verde incandescente, cortando no ar rajadas de energia escura lançadas
pelo elfo.
O chão cedeu e ambos caíram entre
as rochas. A cratera criada tinha cinco metros de profundidade. Quando a poeira
baixou o grupo estava na lateral. Lia ao centro olhava ao redor procurando o
inimigo. Ela estava ofegante, as relíquias brilhavam um pouco menos. Desmond
jogou para ela os brincos que caíram entre as rochas, ela os procurava quando
Fandal apareceu na outra extremidade da cratera. O elfo estava machucado e
sangrando.
Lia achou e colocou os brincos
antes de partir para o ataque final. Antes disso, Elok, outro elfo da noite,
apareceu ao lado de Fandal.
- Ora me fazendo vir para o campo
de batalha – que vergonha Fandal. Bom, me entreguem a relíquia e encerramos
esse assunto por aqui, que tal?
- Nem pensar – bradou Lia – agora vamos
até o fim.
- Que criança imprudente... - disse
o elfo, para em seguida apareceu atrás de Lia, pegar os brincos, e voltar para
o mesmo local – mostre algum respeito! O elfo tele portou-se num piscar de olhos.
Desmond usou o restante de suas
forças e abriu o portal para arcádia usando o anel arcadiano dado a ele pare
corte Seliee. Os demais chamaram Lia. Ela chegou a tempo de entrar no portal
com o grupo.
Assim, eles foram para arcádia.
Deixaram para trás os inimigos e o baú.
Continua...
Parte 4 continua na Aventura#34 - Guerra em Nova Arcádia
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