O grupo atravessou o
portal. Respiraram aliviados por estarem calabouço do castelo de
Berz. Os três guardas de vigia reconheceram Alyan e Desmond. Após
informar Merin eles foram a casa De Bryne descansar.
Nos próximos dias eles
planejaram como lidar com Safira e a viagem a capital ao mesmo tempo
que atendiam a eventos na cidade. O grupo ficou foram por quarenta e
cinco dias, contando a ida e exploração das ruínas elficas e o
período em nova arcádia.
Desmond foi responsável
por falar com Alda. O paladino caminhou lentamente até o Porto
Trovejante. A taverna estava calma devido ao horário. Alda veio na
direção dele esperando que Tyr entrasse em seguida, ela parou
quando notou as lágrimas no rosto de Desmond. Alguns segundos de
silencio os envolveu, foi rompido com choro e grito de uma mãe
inconsolável.
Joha ajudou Alda e foi
com ela até a igreja onde o caixão estava. Naquela tarde seria o
velório e o enterro. Poucas pessoas compareceram na igreja. Alyan
disse algumas palavras em honra do amigo. O enterro acrescentou uma
urgencia ainda maior para resolver os problemas na floresta sombria,
pois Desmond já carregava um fardo pesado: Um amigo morto, outro
traidor, uma floresta destruída e uma cidade fantasma por causa de
sua escolha. Alda decidiu ir morar com a irmã em Basileia. Joha iria
com ela, além disso Alayn enviaria a ela os lucros da parte de Tyr
do barco.
Alyan conheceu o padre
Giorlamo. Ele está ficando na casa do lorde até terminarem a
construção da igreja, ou seja, em três dias. Desmond ficou
responsável de acompanhar os nobres de Estrosburgo, os templários e
o arcebispo Borgia que viriam para a missa de reinauguração.
Lorde De Bryne
recepcionou o arcebispo durante a sua estadia. Inclusive o clérigo
foi até as suas terras para abençoa-las. Os vassalos estavam
exultantes com tudo o que aconteceu no feudo no último ano. Na
oportunidade, durante o jantar, o arcebispo comentou sobre a
possibilidade de casamento de Alayn com Lady Amélia, filha de Barax
e Esme, futuros conde e condessa de Estrosburgo. Borgia sugeriu
retomar o assunto após a nomeação oficial de Alyan.
Após os visitantes
retornarem a Berz Alyan foi ao porto, negociou com capitão Redbelt
para continuar como capitão do barco, viu novo barco ancorado.
Theon, administrador do feudo, entregou ao lorde os livros, neles
constavam pagamento 6.900 para porto, 3.000 vitrais da igreja, 1.500
manutenção feudo e casa e 1.000 para ferramentas.
***
Lia foi até o manto
sagrado conversar com Sigmax a pedido de Merin. O alfaiate é um elfo
também e deu a ela um poção para ocultar suas características
élficas enquanto ela estiver na cidade. Com a visita do arcebispo e
dos nobres um grupo de templários veio fazer a segurança. Liderados
por Arnold o grupo já dificultava o acesso a perfumaria, assim como
patrulhavam as ruas além do castelo. Quando o grupo partiu para
Oxenfurt, dias depois, Lia retornou a Elden verificar os termos de
uma aliança com Berz.
***
Vekna foi a perfumaria
após receber um bilhete de Cylen. A moça gostou do jeito incomum do
mago, porém ele desapareceu. Os dois conversavam amenidades quando
Cylen contou que um homem, alto ecom cabelos e barba castanhos e
grisalhos, esteve perguntando por alguém parecido com ele. O mago
simplesmente não ouviu mais nada depois disso e disse que precisa
ir. Cylen ficou sem entender a saída abrupta. Quando saiu Vekna foi
visto por dois templários que vigiam a entrada. Até sair para a
capital ele manteve-se no castelo e sempre que possível acompanhado.
No último dia os
visitantes participaram de um banquete no castelo. No estrado
principal estavam Merin, Borgia, Barax, Alayn. Do outro lado os
demais lordes de Berz. Nas duas mesas mis próximas os nobres de
Berz, assim como alguns comerciantes da cidade. Após o segundo prato
servido Merin pediu licença ao presentes, pois seu filho ou filha
iria nascer.
No estrado Alyan, Barax
e Borgia falaram brevemente sobre o casamento. O lorde de Berz ainda
ficava desconfortável em eventos formais. Desmond e Vekna estavam em
uma das mesas. Após o jantar parte dos presentes se retirou e parte
permaneceu no salão conversando e bebendo.
- Saudações, cavalheiros – disse Esme a Desmond e Vekna
- Senhora – saudou o paladino
- Se...nho...ra – respondeu o mago, ele estava nervosa porque recebeu uma nota a pouco dizendo ''te encontrei, assinado A''
Mais tarde Esme falou
com eles em privado. Vekna percebeu que ela possuía algum objeto
mágico. Em suma, ela propos que eles consigam acesso a arcádia pelo
portal. Apenas isso, ninguém precisava morrer. Ela não deu detalhes
dos motivos, nem quem iria para lá. Se aceitassem seriam
recompensados, inclusiva Vekna teria informações sobre o bilhete.
Caso contrário, ela os consideraria inimigos.
- Pensem a respeito, aguardo sua resposta na capital – disse a Lady ao sair da sala.
***
Com a partida dos
visitantes eles e Merin finalizam os planos e foram até a floresta
sombria. Ennar veio com Valquiria quando Desmond abriu o portal.
- Desmond! Acabei de salvar você e já me chamou de novo.
Ela trouxe Aegis,
reliquia de selamento dos elfos do sol, que a corte seliee conseguiu
recuperar no deserto de Nasgash. Por sorte os elfos da noite não
encontraram o bau dentro da torre quando o grupo fugiu para nova
arcádia. O plano era selar a magia na área e depois selar Safira no
baú.
Era início da
primavera quando o grupo saiu de Berz em direção a floresta, o
verde começava a cobrir os campos, planícies e florestas outra vez.
O sol começava a secar o solo e quase não havia mais neve. Merin e
Arthas também foram com eles.
Na ponte, logo após um
dos feudos de Berz, era possível ver que a floresta sombria havia
crescido novamente. Troncos, galhos e raízes negros cobertos com
seiva vermelha. Depois da ponte, dentro da floresta, eles ouviam os
sons dos galhos movendo-se lentamente. Um ar frio gelava as armaduras
e a pele.
Vekna foi apontando a
direção dos focos de magia e Desmond a direção a antiga fonte.
Depois de uma hora eles avistaram um carvalho de dez metros de
altura. Sobre sua copa, sem folha, um brilho vermelho irradiava.
- O carvalho é a fonte de magia da floresta – exclamou Vekna
O grupo ficou em guarda
quando os galhos começaram a se mover rapidamente, assim como as
raízes. Eles defendiam-se dos ataques, porém eles vinham de várias
direções.
- Agora Ennar... - disse Desmond e em seguida foi jogado no chão e atacado com as garras de uma criatura. As pancadas violentas começam a amassar a armadura e o paladino perdia o folego...
Ennar segurou Aegis,
recitou um encantamento e então um círculo de magia formou-se ao
redor dela e expandiu-se. Por onde passou toda magia foi selada. A
criatura desabou imóvel sobre Desmond.
Eles foram em direção
ao carvalho.A grande arvore, ainda emitia um brilho vermelho estava
acima da fonte e no topo dela Safira observava o grupo sentada em um
trono de galhos retorcidos.
- Então rejeitaram minha oferta. Deveria ter marcado todos, mas não faz diferença porque vocês morrerão aqui – disse pausadamente a elfa da noite
Merin, Arthas e Alyan
foram a frente saltando sobre raizes, cortando galhos e desviando de
cipós para começar a escalar o carvalho. Logo Arthas entrou em
combate com Safira, momentos depois Alyan se juntaria a ele. Merin
foi agarrado por um dos galhos e era balançado no ar.
Vekna permanceu perto
de Desmond e Ennar. A fada preparava o ritual de selamento e o
paladino deveria protege-la. O mago, sem magia, recorreu ao arco. Ele
acertou alguns dos ''olhos'' do carvalho, a cada acerto, a aura
vermelha era reduzida.
Safira desferia golpes
rápidos com duas espadas curtas cobertas de espinhos e com formato
estranho. Arthas defendia-se e atacava. O velho paladino, sem poder
usar magia, quase não conseguia acompanhar a velocidade da
arcadiana. Alyan sentia ainda mais a diferença, o guerreiro trocou
poucos golpes com ela.
Desmond e Vekna
impediam os ataques direcionados a Ennar. Nesse momento Valquiria
entrou na batalha, a fada elemental transformou-se em uma fenix de
jogo e partiu em direção ao carvalho. As chamas vermelhas de suas
asas iluminavam a floresta sombria. O carvalho concentrou seus galhos
a sua frente, recobertos com a aura vermelha, para segurar a fada. O
encontro deles gerou uma onda de choque, além de galhos começarem a
queimar.
Merin foi arremessado
para o chão. Ele foi na direção de Desmond que o aparou graças a
uma prece pedindo força para vencer aquela adversidade. Alyan e
Arthas viam de perto a batalha da fenix com o carvalho. Não tinham
tempo de pensar o que aconteceria se a fenix atingisse o carvalho em
cheio.
- Obrigado Desmond. Estou bem, só dolorido – disse Merin. Já ajudá-los, eu fico com Ennar.
Desmond disse para
Vekna ajudá-lo a cortar as raízes do carvalho. Eles já haviam
enfrentado um ent corrompido antes. Aos pés da criatura galhos em
chamas, cinzas e fumaça tornavam o cenário caótico. Momentos
depois o paladino subiu até o local de confronto.
Safira ficou um pouco
mais lenta ao concentrar parte da energia vital, roubada dos
habitantes de Velen, para segurar Valquiria. Arthas e Alyan acertaram
alguns golpes, mas a elfa disparou uma onda de energia que os
arremessou do galho. Arthas foi jogado para trás, Alyan caiu em um
galho a esquerda e Desmond, que havia acabado de chegar, em outro a
direita. Os dois se olharam e riram depois da queda, porém o galho
com o paladino quebrou.
A fenix rompeu a defesa
e atravessou o carvalho. A parte superior foi cortada e chamas se
espalharam pelos galhos. De volta ao combate Safira usou o restante
da energia para se regenerar, ela formou um ''casulo''ao seu redor.
Arthas perfurou o casulo e ficou com a espada e o braço preso. Alayn
golpeavca o casulo, Vekna conseguia acertar uma das flechas também e
Merin jogou sua lança. O casulo foi trincando a cada acerto e Arthas
foi solto.
Safira então canalizou
o restante da energia em uma esfera negra e vermelha que aumentava de
tamanho rapidamente.
- Todos perdemos... - disse a elfa e depois riu
- Protejam-se! – bradou Arthas
A esfera começou a
soltar faiscas que reduziam tudo em seu caminho a pó. De repente o
circulo reduzido e começou a se desfazer. Valquiria, em sua forma de
fada, tocou em Safira colocando sobre ela a runa de selamento.
Embaixo Ennar ativou Aegis. O baú abriu-se e emitiu uma forte luz
azul que tomou a forma de dragão para depois envolver Safira. A elfa
foi transformada em energia e levada para dentro do baú. A floresta transformou-se em pó, indo do centro para as extremidades, ficando apenas um pó negro sobre o solo.
Depois de horas de
batalha o grupo recuperou um pouco das energias e partiu para o feudo
de Alyan onde passaram a noite.
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