#Aventura 36 - Festival da Primavera na Capital do Reino


Em Berz, no dia seguinte, começaram os preparativos para viajar a Oxenfurt. Desmond e Vekna foram designados como guardas de Merin e dos lordes de Berz, além disso cada lorde podia levar um serviçal.



Uma semana depois do retorno a caravana saiu de Berz. Tres carroças para os lordes, uma para suprimentos e uma para os serviçais. A viagem levaria quinze dias, a primeira parada foi em Brondeburgo, onde a caravana deles se juntou a de Berz. Conde Beorn e Conde Merin conversaram sobre a nomeação de Loth como Marques.



Mais dias de viagem e eles pararam em Vegenberg, a segunda maior cidade do reino. Ali eles ficaram hospedados na estalagem Devoto Fiel. Logo perceberam o motivo do nome, pois na ida até lá um homem alto e magro, vestindo trapos e com ferimentos pelo corpo estava sendo executado na guilhotina por heresia.



Vekna notou três fontes de magia na estalagem, fato compartilhado com Desmond. Ali estavam apenas as pessoas de Berz e Brondeburgo. Durante a refeição Alyan fez contatos com lordes de Brondeburgo. 



As caravanas partiram com o nascer do sol. Mais cinco dias de viagem até a capital, atravessando a floresta de Melfort. No caminho Merin aproveitou para explicar os títulos de nobreza e como funciona a administração do reino.

Oxenfurt é uma cidade imponente e a maior parte das construções de pedra. Estrategicamente posicionada com acesso ao oceano Eltheric e ao rio Azurian. A cidade estava decorada com bandeirolas, barracas nas entradas e também pelas principais ruas. 



Durante as festividades no palácio banquetes eram oferecidos nas praças, assim como apresentações artísticas.

As comitivas foram direto ao palácio após serem identificados no portão. Lá Jarbas, o mordomo real, orientou os serviçais. Nobres com título de Duque e acima ficariam no terceiro e quarto andar, os demais no quinto e sexto. A programação oficial consiste em: dia 1 - recepção e banquete, missa de celebração, jantar/livre; dia 2 – nomeação de nobres, reunião com nobres, jantar/apresentações; dia 3 – café da manha no jardim real, leilão, baile de primavera.

Apenas a guarda real e os guardas designados pelos nobres tinham autorização para portar armas dentro do palácio. Além disso, sacar a arma somente em situações especificas e restritas. Depois de acomodados o grupo descansou da viagem para os três dias de evento e ainda planejavam firmar acordos com porto real, com banco Vivaldi e com a guilda Balança de Ouro.

A recepção dos nobres aconteceu em um dos salões do palácio. Todos os nobres estavam reunidos. Cada um com seu local designado de acordo com a importância do título. 


O arauto anunciou:

  • Vossa Majestade Rei Emyr Emreis e a rainha Audrey!


Eles entraram e foram até os assentos atrás do estrado principal em uma parte elevada. Conforme passavam todos faziam um reverencia. Assim que o rei sentou-se todos acompanharam. Os serviçais serviram bebidas.

  • Saudações estimados amigos – disse o rei com uma expressão de satisfação.

Momentos depois o arauto anunciou a entrada do principe Elrik e da princesa Margareth. Ele entrou e foi até o estrada principal, porém não sentou-se e ficou em pé perto da parede. A princesa sentou-se. Os nobres acharam estranho, além disso ele portava uma espada. Novamente o arauto: Principe Elrik!!!



O príncipe passou pelo corredor cumprimentando alguns rostos conhecidos. Quase todos os presentes estavam atônitos. Ele foi e sentou-se no estrado. Então a guarda real trancou todas as portas do salão.

  • Vejo que muitos estão surpresos – disse o rei.

O monarca contou-lhes que o príncipe viajou para as principais cidade do reino se passando por guarda do príncipe. Isso permitiu a ele conhecer realmente a intenção dos nobres, pois Elrik passou muito tempo em outros reinos e quando retornou ele e o rei pensaram nesta jogada.

O silencio era absoluto no salão. Alguns nobres estavam apreensivos e nervosos, outros disfarçavam.

  • Nesta aventura meu filho descobriu muitas coisas interessantes sobre meus amados súditos – continuou o rei – adorando aquela situação.
  • Descobri que muitos são fieis ao reino, outros gananciosos, alguns indiferentes e claro conspiradores e traidores. Aqueles que não notaram nossa estratégia tiveram a chance de saberem a verdade, pois o príncipe sempre compartilhou com alguém a verdade.
  • Antes de continuarmos essa conversa interessante, vamos comer!

Uma das portas foi aberta. O chefe da cozinha veio a frente e apresentou os pratos trazidos pelos serviçais: um pavão assado inteiro com a cauda, assim como seis cisnes; codorna com mel e especiarias, outras carnes assadas, tortas, etc.

O rei e sua família começaram a comer. Os nobres seguiram. A tensão no ar continuava mesmo com o som das harpas e flautas dos bardos.

Desmond notou no salão a presença de Esme e Barax obviamente, mas também reconheceu Delthir, membro da ordem de assassinos. Vekna notou que as fontes de magia eram muitas e com tantas pessoas juntas era difícil distinguir a fonte. O mago ficou incomodado com um nobre que o observava. Mais tarde ele descobriu que era Valerion, lorde de Cintra. O nobre falou com ele brevemente, mas na saída disse que a Ordem de Luft mandava lembranças.

Após a refeição o rei retornou ao seu assento. Na porta ao fundo serviçais entraram com panos e montagem algo no canto. Do outro lado o capitão da guarda real, usando armadura completa, ficou ao lado do rei.

  • É chegada a hora de saberem a verdade – disse o reino andando pelo salão, conforme discursava ele tocada no ombro de algumas pessoas.

De volta ao assento ele disse: Darei uma chance aqueles que confessarem sairão daqui vivos.

Richard, lorde de Rivia confessou e pediu perdão. Apenas ele. Emyr fez um sinal e os guardas levaram os nobres que ele tocou até o centro, forçando-os a ficarem de joelhos.

  • Um duque, um marques, três condes e dez lordes – vejo que a traição pode contaminar até aqueles mais próximos. August, como duque você terá honra de morrer pelas mãos do seu rei.
Assim o rei executou o duque August ali mesmo na frente de todos. Os demais foram levados pelos guardas para serem esquartejados, seus títulos e bens confiscados. O mesmo ocorreu com Richard, porém ele permaneceu vivo.


Aqueles mais próximos já conheciam o temperamento de Emyr. Embora devoto e religioso o rei tinha seus próprios meios de administrar o reino. Para outros foi um choque. Emyr fez isso de propósito, um dia antes de nomeação dos novos nobres.

- Sejam bem-vindos a Oxenfurt – disse o rei e saiu do salão acompanhado por sua família.

Parte 2


Durante a tarde o grupo preparou-se para missa de celebração de ano novo. Neste período os nobres com títulos mais altos reuniram-se com o conselho real e posteriormente com os duques responsáveis por suas regiões.

No final da tarde a comitiva real e da nobreza deixou o castelo em direção a Catedral de Burgos, uma imponente construção na área principal de Oxenfurt.

- É impressionante a vista da cidade, especialmente da catedral – comentou Lorde Jonas.


A reação foi ainda mais surpreendente no interior de Burgos. Os nobres sentaram-se da frente para o fundo conforme seus títulos. Os seus protetores permaneceram em pé, ao lado dos bancos, durante as três horas de missa. Do lado de fora uma multidão saudava o Rei e aguardava a benção do cardeal Giuseppe. 



Entre o povo Desmond reconheceu Delthir. Em outra ocasião eles conversaram e o assassino estava ali para novos contratos. O paladino ficou em alerta. Estado que Vekna já estava após o movimento da Ordem de Luft. Na catedral Alyan descobriu que arcebispo Magno rivalizada com Borgia, pois de acordo com a hierarquia Estroburgo deveria ter um bispo apenas.

Realeza e nobreza participaram da santa ceia. No momento de Alyan, o lorde reuniu toda sua fé e devoção em uma prece sincera, então raios de luz do sol poente refletiram nos vitrais iluminando o nobre de Berz. Fato semelhante aconteceu durante a nomeação dos nobres no dia seguinte.

De volta ao castelo, durante o jantar, a duquesa Ynnefer de Rivia causou comoção no salão. A bela e jovem esposa do Duque Kief, muito enfermo no momento, caminhava lentamente olhando em volta, acenando para alguns nobres. Vekna estava atento e logo notou uma aura mágica poderosa vindo dela, tão forte que ofuscou qualquer outra fonte arcana no local. Ela o fitou por alguns segundos, apenas ele notou.

O jantar mais simples do que da noite anterior ocorreu tranquilamente. Assim que o rei saiu muitos outros nobres também se retiraram. Nesse momento que Desmond e Vekna ouviram algumas fofocas da corte.


Dois jovens barões conversavam sobre Ynnefer.

- Oh. A duquesa é muito bonita.
- Sim, mas logo depois do casamento o duque ficou doente. Alguns dizem que ela fez algo com ele.
- Impossível, uma criatura tão radiante não faria algo assim.

Na mesa do lado uma moça de cabelos castelos riu e comentou com outras ladys:

- Homens são bobos. Todo mundo já ouviu dizer que a duquesa é consorte do rei. E para conseguir título e posses aceitou casar-se com o Duque de Rivia.
- Eu já ouvi isso, mas quem vai dizer algo contra o rei.
- Não tenho certeza disso, pois a condessa de Kaer comentou que a duquesa tem intenção de casar-se com o príncipe quando o duque falecer.
- Chega de falar dessa senhora – exclamou Lady Camila que até então só ouvia a conversa. Venham comigo, tenho uma surpresa para vocês.

O grupo de ladys foi em direção a cozinha do castelo. Mais tarde enquanto comiam na cozinha, o paladino e o mago, viram Camila e Abel vindo da despensa, as duas riam. Os dois foram até o local investigar. Muitas caixas, armários e barris com mantimentos.

Vekna concentrou-se e notou uma porta escondida entre dois barris. Eles acharam dois locais de pressão. A porta se abriu e revelou um longo corredor de pedra, iluminado apenas por duas tochas ao centro.

- Uma passagem secreta, muito comum em castelos – disse Desmond para aliviar a tensão.
- Vamos investigar – respondeu Vekna

Os dois foram até o final onde encontraram outra porta. Do lado externo o mago sentiu magicamente que havia um grande cômodo. Eles decidiram retornar.

Durante a exploração Alyan já estava no seu quarto. Manic deu a ele as orientações para a cerimônia no dia seguinte: fazer uma reverência ao rei, depois se ajoelhar, colocar a mão sobre a bíblia, realizar o juramento, receber a consagração pelo rei, levantar-se e beijar o anel do rei. No jantar o lorde de Berz conversou com outros lordes de Brondeburgo. Também teve contato com Amélia, sua futura esposa, e seus pais – Esme e Barax. Os nobres de Estrosburgo convidaram Alyan para ir à cidade para então formalizarem o casamento.

De manhã os nobres fizeram o desjejum em seus aposentos. Em seguida foram para a sala do trono. O rei usava seu traje formal. Ao seu lado estava o cardeal Giuseppe. Os nobres entraram conforme seu título. Todos estavam desarmados, exceto a guarda real.



Foram nomeados um duque, dois marqueses, cinco condes, dez lordes, vinte barões e cinquenta ladys/sirs. Dentre eles:

- Duque Albert Monbelt de Oxenfurt
- Marques Fersen Loth de Estrosburgo
- Marques Harald Loros de Kaer
- Conde Barax e Condessa Esme de Estrobrugo
- Lordes Jonas Stan e Alyan De Bruyne

Conde Batemberg apresenta Alyan De Bruyne para receber o título de Lorde de Berz. Apresente-se!
Alyan, momentos antes havia feito uma prece para que tudo ocorresse bem e assim foi. Ele causou uma boa impressão em todos, fez toda a cerimônia corretamente e ainda ficou conhecido como abençoado, pois a luz incidiu sobre ele como aconteceu na catedral.

Após a consagração foi servido o banquete. Bardos e acrobatas animavam a celebração. Desmond havia cortado o cabelo e barba no dia anterior, agora o paladino chamava mais atenção de algumas moças e moços da corte. Vekna estava obcecado com Valerion e Yneffer. Ainda no almoço ele foi falar com o lorde que o desprezou e disse que não o conhecia. Fato que o mago achou estranho.

Atenção senhores! As quinze horas os novos nobres irão ter a honra de participar da caçada real com sua majestade no bosque Albion. Para as senhoras a rainha realizará um chá no jardim, além de uma exposição de artes – exclamou Titus, o mordomo do palácio. 

O salão ficou mais barulhento ainda com a animação das pessoas. Merin e Alyan partiram para o bosque, junto com os demais nobres, servos e os cães de caça. Vekna e Desmond permaneceram no castelo, onde teriam que se encontrar com Esme de acordo com um aviso enviado pela condessa.


No bosque a comitiva dividiu-se em três grupos. Alyan estava nervoso, pois o nobre não fazia uso de arcos ou arremesso de lança. Então, quando encontrou a trilha de um javali, ele desceu do cavalo. A presa acuada pelos cães correu na sua direção. O grupo olhava e pensava: ele vai morrer!

O guerreiro usou toda sua experiência de batalha e no momento certo desviou do golpe do javali. Deslizou pelo lado e fez um corte lateral na criatura, em seguida deu o último golpe. O grupo celebrou. De volta aos outros membros da caçada o rei o cumprimentou pelo resultado.

- Excelente lorde Alyan. Aprecio novos nobres que sabem o valor da caçada. Agora vamos continuar afinal eu não posso perder para o lorde Alyan... e riu

Internamente Alyan rezava por ajuda. Ele encontrou a trilha de um servo que no fim foi a presa do rei Emyr. Assim, a estreia do lorde na corte real começou muito bem.

Enquanto Alyan caçada no bosque, alimentava egos e construía sua reputação Desmond e Vekna foram até a despensa do castelo encontrar com Esme. Os dois estavam apreensivos, além disso, a função de protetores exigia deles força física e disposição. Muitas horas em pé e poucas de descanso.
- Senhores – disse Esme ao sair da sombra de umas das estantes. Acredito que temos um negócio a concluir. Então qual a resposta de vocês ao meu projeto?

- Nós aceitamos desde que não seja feito nada contra Berz ou a família Batemberg- respondeu Desmond.
- Sábia decisão e eu garanto os termos do nosso acordo. Agora falemos da parte prática: como o portal é aberto e quando faremos isso?

A conversa continuou com eles respondendo o mínimo possível e não revelando as informações reais e precisas. Por fim, foi acordado dela e seus associados irem a Berz para usarem o portal, possivelmente dentro de trinta a quarenta dias.

- Temos um acordo. É bom que vocês cumpram a sua parte. Prefiro tê-los como aliados do que como inimigos. Dito isso, farei outro convide. Hoje, após o jantar, venham participar de uma festa privada. Então ela mostrou a eles a passagem secreta e como usá-la.

No início da noite o jantar foi servido em outro salão do castelo. Uma banda animava a festa. Dentre eles um bardo, chamado Dandelion, parecia ser conhecido de muitos nobres. Desmond viu Lady Camila pegando algo com ele e escondendo em seu busto. Mais tarde ele descobriu que eram pós com diversas finalidades amplamente usados na corte, embora fossem proibidos.


Como o dia foi cheio de atividades após a refeição a família real saiu do salão, exceto o príncipe Elrik. Ele foi passando pelas mesas e conversando com algumas pessoas que fez amizade quando se passava como guarda do príncipe. O ambiente estava bem informal.

Logo ele veio a mesa do grupo de Berz. Agora Vekna e Desmond estavam sentados. Finalmente podiam comer e beber. Merin havia saído junto com Marques Loth, durante a noite eles notaram que os dois conversaram bastante.

- Saudações! Parabéns pelo título Lorde Alyan e boa sorte – disse o príncipe e depois virou uma caneca de cerveja. Ele acenou e mais canecas foram trazidas. Vamos brindar!

Vekna estava evitando beber por causa do compromisso mais tarde e da perseguição da Ordem de Luft, porém não podia recusar um pedido do príncipe. Desmond tentou ajudar, contudo, Elrik é muito perspicaz. O mago já havia bebido um copo de hidromel um pouco antes e sentia-se zonzo. Os sintomas estavam alterando seus sentidos.

- Vekna isso não é hora para ficar bêbado – repreendeu Desmond.
- Eu fui envenenado, eu sei a diferença entre estar bêbedo – disse Vekna para Alyan quando tentou responder ao paladino.

Titus lançava olhares de repreensão para Elrik, pois só eles permaneciam no salão. 

- Senhores foi bom conversa com vocês. Mas é melhor encerrarmos a noite. Pretendo visita-los novamente e aí poderemos celebrar mais. Boia noite.

Alyan foi para seu quarto. Desmond ajudou Vekna a levantar-se e foram para a despensa. O mago estava um pouco melhor. Após atravessar a passagem secreta eles chegaram a um cômodo grande e lindamente decorado. Velas iluminavam o ambiente, incensários exalavam uma fumaça aromática, servos e servas serviam nus serviam bebidas. Muitos nobres estavam ali. Lady Camila e as amigas, Conde Beorn de Brondeburgo, Lordes de Oxenfurt, Dandelion, entre outros. 


Desmond começou a sentir o efeito dos incensos. Uma moça chegou perto dele e do mago e soprou um pó em seus rostos. Por fim, eles encontraram Esme sentada em um dos sofás no fundo do salão.
- Sentem-se. Vamos celebrar – disse a condessa levando uma taça de vinho.

Os dois tentaram relutar, mas os efeitos foram se intensificando. Aos poucos eles perceberam estarem alegres, leves, desinibidos. E foi nessas condições que a noite prosseguiu. Esme perguntava algo sobre o portal, depois ria, relembrava uma história, fazia uma fofoca. 

E – Esme / V – Vekna / D- Desmond

- Não acredito. Aquele homem tão formal fez isso – D
- Apenas aparências! Olhando pra mim você diria que sou vingativo? - V
- Acho que não, apenas estranho... hauahuahauhuah - D
- Verdade, quem usa máscaras ao meio dia para andar na rua... - V
- Então vocês já foram para Arcádia? – E
- Sim. Fomos, quase não voltamos – V
- Ah, verdade... Ennar... sabe... ah Ennar – D
- Ennar? – E
- Quem? – V

E sem noção de tempo e espaço a conversa continuou. Na manhã seguinte eles acordaram em seu quarto. Os dois ainda estavam úmidos, desnudos e com hematomas doloridos pelo corpo. Apenas lembravam-se de chegarem a festa privada, do cheiro do incenso, da nuvem de pó sobre seu rosto. Depois era tudo um borrão. O que mais aconteceu naquela festa? E depois de lá? Por que estavam naquelas condições? O que teriam dito?

No jardim do palácio foi servido o café da manhã do último dia de celebração. Merin e Alyan conversavam sobre os eventos e se questionavam sobre Desmond e Vekna. Os dois visivelmente abalados e acabados chegaram para cumprir suas funções.


Muitos nobres não compareceram, nem a família real. Um leilão de quadros e tapeçarias, quase todos com tema religioso, era realizado perto da fonte. Quadros de Kieron e Dunhill estavam venda. O primeiro, pintor de Estroburgo que alcançou fama na corte recentemente, era desafeto do segundo, já conhecido como pintor da nobreza.

No período da tarde o grupo foi ao Porto Real (Kamizir), a Guilda Balança de Ouro (Delvin) e ao Banco Vivaldi para tentar fechar parcerias para Berz, principalmente com relação ao porto recém-inaugurado da cidade. Em todos os locais eles fizeram o contato inicial e os representantes ficaram de enviar propostas formais.


 Delvin
 Kazimir

Vivaldi
O evento final era o Baile de Máscaras. Foi realizado no salão principal do castelo, o local mais bonito depois da sala do trono. A maioria das máscaras eram de animais. Apenas o rei, o arquiduque e os duques usavam símbolos diferente. O rei, por exemplo, usava máscara com um sol. Coincidente ou não, Ynnefer usava uma máscara da lua. Após o breve discurso do rei foi serviço o jantar. Durante uma hora, no centro do salão, nobres dançaram.


O grupo de Berz estava pronta para partir na manhã seguinte. A volta seria apenas com a comitiva da cidade, pois a de Brondeburgo ficaria na capital mais alguns dias. As carroças seguiam tranquilamente pela estrada principal, na tarde do terceiro dia, ainda dentro da floresta eles avistaram uma carroça quebrada na margem da estrada.


Alyan, Vekna e Desmond foram investigar. Cestos com alimentos, pedaços de tecidos, caixas quebradas. Então flechas voaram na direção deles. Eles sofreram ferimentos leves, porém o cavalo de Alyan ficou machucado e os Desmond fugiu na confusão.

Galopes vinham de trás da caravana. O pânico se instaurou entre os nobres dentro das carroças. Outros guardas entraram em confronto com três dos cavaleiros. Outros dois foram em direção a Alyan e Desmond respectivamente.

O paladino lançou uma rajada de ar com a espada derrubando um arqueiro que estava na arvore. Neste momento uma nevoa surgiu e os envolveu. Vekna notou a magia imediatamente e localizou o mago que canalizada energia da terra.



Desmond ficou em guarda. Ele apenas alguns metros ao seu redor. O cavaleiro veio correndo, porém com a visibilidade reduzida o cavalo assustou-se e saltou. O paladino só sentia o vento ao seu lado. Na sequencia o cavaleiro caiu sobre a carroça quebrada e o teve o azar do cavalo cair sobre ele também.

Alayn defendeu-se da lança do cavaleiro com o escudo e atacou o cavalo. Depois feriu gravemente o ladrão que ficou no chão sangrando. Enquanto isso Vekna defendia-se com sua areia mágica de lanças de ferro que saiam do chão em sua direção. Merin saiu e subiu na carroça. Ele fez movimentos com sua espada, carregada de eletricidade, dispersando aos poucos a névoa.

Com a situação relativamente controlada os três foram atrás do mago. Eles o acharam logo depois da carroça quebrada, perto do riacho e da pequena ponte. Mais lanças surgiam do chão enquanto iam na direção do inimigo. Eles desviaram ou se defenderam com habilidade. No momento do avanço final o mago criou uma barreira de água circular ao seu redor. Alyan e Desmond tentaram atravessar, porém a força da água os impediu. Vekna colocou ambas as mãos no chão e canalizou sua energia para explodir a terra dentro da barreira.

O inimigo notou e neutralizou o efeito, depois direcionou a água da barreira na direção deles como uma onda. Nesse momento Alyan havia retornado a caravana para chamar Merin. Desmond cravou a espada do chão e usando sua força permaneceu no mesmo local. Vekna ficou atrás dele para não ser jogado.

Encharcados os dois pensavam no que fazer. Desmond avançou e sentiu seu corpo lento. Ele notou que estava ficando mais frio. Antes de ser atacado novamente, o inimigo entrou no chão e fez a terra acima começar a imobilizá-los quando Merin e Alyan chegaram. Então o líder de Berz usou sua arma para causar uma descarga elétrica no solo. Anterion teve que sair, no seu retorno Alyan acertou um golpe em seu torso, antes do corte terminar o mago endureceu sua pele, recebendo apenas metade do dano. Por fim, ele fugiu, entrou no solo e desapareceu.

Alguns mercenários fugiram quando o mago desistiu. Um dos guardas foi morto no confronto com os cavaleiros. Os nobres estavam bem. Antes de partir eles falaram com o mercenário ferido por Alyan. Ele lhes contou que foram contratados por um homem, ele queria um anel e o restante seria nosso, além de receberem um pagamento.

Depois disso a viagem seguiu sem problemas, passaram por Vegenberg e Brondeburgo. No décimo quinto dia chegaram a Berzs, onde os campos já estavam quase completamente semeados. O clima ameno da primavera expulsou de vez os ventos gelados, assim como o verde tomou conta das paisagens outra vez. Desta forma, terminou a viagem que durou trinta e três dias. Agora uns dias de descanso.
 

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