Aventura 2 - O Ritual da Lua de Sangue



       Um mês depois da batalha a Ordem de Salomão e a Ordem do Dragão fizeram um acordo informal. Assim Estrosburgo retornou ao controle da Ordem de Salomão sem a necessidade de um novo conflito. Ambos os lados perderam muitos homens e considerando seus planos futuros optaram por este caminho. Não se sabe o que a ordem do Dragão recebeu para aceitar tal acordo.

Aos poucos as duas cidades – Estrosburgo e Berz - voltavam ao normal. Nesse período o movimento estava mais intenso. Camponeses, construtores, comerciantes buscavam reconstruir suas vidas. Em Berz, nesse mesmo período, algumas pessoas estavam desaparecendo. Por isso, Merin convocou Desmond para investigar os desaparecimentos, sendo Brand Ulric (filho do Lorde Ulric), Vinnas Turnes (filho do Ferreiro – Trian), Grinda (cozinheira da estalagem).

Desmond foi até a casa do Lord Ulric, após uma conversa tensa conseguiu garantir alguma recompensa caso encontrassem o filho dele. Assim, ele convenceu Alyan e Tyr a participar da busca. Medivh não pode ir porque iria para Estrosburgo ajudar no tratamento de várias pessoas que tiveram contato com a Ordem do Dragão, mas ele forneceu aos companheiros poções de cura.

Então o paladinho, o guerreio e o ranger começaram a investigar os demais desaparecimentos. Descobriram que Vinnas e Brant eram amigos e estavam atrás de um suposto de tesouro. Alyan comprou de um dos vendedores que visitava a cidade um mapa do tesouro e acreditava que era o mesmo adquirido pelos garotos.




No dia seguinte partiram de Berz, saindo pelo sul, em direção a vila de Campano. No caminho havia fluxo maior do que o normal de pessoas. Próximo a cidade os fazendeiros trabalhavam nos campos, replantando trigo, cevada e aveia. A estrada de pedra seguia até Estrosburgo. Na divisa entre as cidades, a o caminho dividia-se. Ali ajudaram a consertar a roda da carroça de casal de comerciantes que também ia para a Campano.

Um pouco antes de chegar na vila, eles avistaram a ponte sobre o rio Eldamar. Nelas estavam três homens, um no centro e os outros dois na outra extremidade. Todos eles vestiam roupas de couro e portavam armas pequenas. Tyr ficou mais distante, enquanto Alyan e Desmond se aproximavam da ponte.

O homem no centro os cumprimentou e cobrou 20 florins para que eles pudessem atravessar a ponte. Diante da recusa eles lutaram. Tyr acertou um deles na garganta. Eles não haviam percebido que o ranger era do mesmo grupo. Um deles tropeçou e caiu enquanto corria para atacar, sendo morto por Alyan. O outro fugiu quando percebeu sua desvantagem.

Chegando em Campano foram direto para a estalagem. A vila é pequena, possui uma rua central onde estão as construções mais importantes (casa do prefeito, capela, estalagem, carpintaria, serralheria). No centro da rua há espaço para algumas barracas de madeira onde vendem suprimentos, ferramentas, artesanato, etc. A economia da vila é baseada na extração de madeira e pedra.

A estalagem estava lotada. Muitos homens e mulheres, usando armaduras e armas, estavam nas mesas e o som das conversas era alto. Conseguiram com Sansa, dona do local, um quarto improvisado. Desmond comprou cerveja e foi em direção a algumas mesas oferecendo bebidas e puxando conversa para tentar descobrir alguma informação. Enquanto isso Tyr e Alyan continuaram na sua mesa comendo e bebendo. Desmond descobriu que nas últimas semanas que a vila era o ponto de parada de muitos aventureiros que vinham explorar a região. Nada sobre os desaparecidos de Berz.

No dia seguinte partiram da vila, em direção noroeste, onde o mapa marcava um X. Chegaram no pântano. No início a água estava na altura dos pés, mas após caminhar duas horas já estava quase na cintura. O movimento era lento e exige muito esforço. A água era turva por causa da terra, as arvores criavam a impressão de um labirinto.

Conforme o nível da água diminuía, eles avistaram uma grande pedra e mais atrás ruínas de pedra. Desmond percebeu uma aura mágica na pedra, mas decidiram seguir em frente. A construção era de pedra, cheia de plantas nas paredes, e saía do nível do pântano. Ali descansaram e comeram.

Do pátio eles viram a entrada. Lá dentro não havia nenhuma luz. Tyr acendeu a tocha e entregou a Desmond. Próximo a porta mataram duas aranhas e seguiram em frente. Na outra sala, também escura e com teias de aranhas no teto, enfrentaram uma aranha gigante.


Desmond foi picado no braço e começou a sentir o efeito do veneno. Tyr e Alyan conseguiram matá-la. Alyan deu a Desmond um dos antídotos fornecidos por Medivh. Na mesma sala descobriram quatro painéis nas paredes representando animais (Lobo azul, Urso amarelo, Raposa vermelha e Serpente verde) e duas estátuas (arqueira e guerreira).

Seguindo em frente, chegaram a uma sala dividida. Ela era iluminada, em tons de vermelho, por pequenos cristais na parede. Do lado externo havia mesas, cadeiras, bancada e armário. Alyan entrou pela porta esquerda, encontrou três camas, um baú e um armário. Nada de útil. A outra porta foi destrancada pelo ranger que depois descobriu uma passagem oculta no mural que estava para parede do fundo. Alyan achou alguns frascos e Desmond encontrou um livro sobre Diana a Deusa da Caça.

Descendo a escada, pela passagem oculta, eles chegaram a outra sala. No centro havia um pilar e flutuando sobre ele um cristal vermelho. Ao lado estavam quatro alavancas de cores diferentes. Alyan traduziu uma mensagem em latin cravada no mural que dizia: O primeiro teme todos, o segundo nenhum, o terceiro como o que encontra, principalmente o primeiro; o quarto tema o segundo apenas se estiver sozinho. Ative na ordem para prosseguir.

Então depois de pensar e associar as cores aos animais da primeira sala eles ativaram as alavancas na ordem correta. O cristal pousou no pedestal, antes Tyr havia tentado pegá-lo apenas para receber uma queimadura na sua mão. Inseriram o cristal na porta no fundo da sala e ela se abriu.

O próximo ambiente era parecido, mas continha três portas. No centro havia um trono e nele estava sentada Ennar. Ela os cumprimentou e propôs um jogo de enigmas.



* Eu sou raramente tocada, mas frequentemente contida. Se você tem a sagacidade, você vai me usar também. Quem sou eu?



* Ninguém viu, mas todos os homens conhecem. Mais leve que o ar, mais afiada do que qualquer espada. Vem do nada e derrota exércitos. Do que eu falo?



* Eu tenho mares sem água, o litoral sem areia, cidades sem pessoas, montanhas sem terras. Quem sou eu?



Os aventureiros, depois de muito pensar, acertaram dois enigmas e seguiram para a última sala sem benção ou maldição de Ennar. Chegando lá, notaram as grandes colunas de pedra dos dois lados, também iluminadas por cristais. No final estava um altar, atrás dele a estátua de Diana e no fundo outra porta. Conforme se aproximaram, eles viram no altar três cristais (azul, amarelo e verde).

Tyr pegou o cristal azul. No momento que ele fez isso a estátua se mexeu e uma voz ecoou pela sala dizendo: Vou caçar vocês!!! Tyr recuou para atacar com o arco, Desmond e Alyan atacaram com lança e espada. Combinando seus ataques conseguiram vencê-la sem muitas dificuldades. Alyan pegou o cristal amarelo e Desmond o verde.

Retornando para Ennar ela revelou ser uma fada da corte Selie que estava presa ali por uma brincadeira de sua amiga Leera (corte Unseelie). Ela pediu ajuda para terminar de quebrar a magia. A estátua era um dos pontos, mas faltavam mais dois.


Antes disso, atrás de cada porta que os cristais abriam estava um anel da deusa da caça. Alyan conseguiu o anel do caçador, Tyr o anel do Predador e Desmond o anel da caça, além de 25 moedas de ouro, prata e bronze, respectivamente. Ennar ofereceu combinar os anéis no Anel da Deusa, mas eles recusaram.

Foram então até a sala com as outras duas estátuas. Ennar conjurou raios poderosos que envolveram as estatuas dando a chance de os heróis atacarem primeiro. Eles decidiram atacar a arqueira primeiro. Com ajuda de Ennar derrotaram as estátuas depois de muito esforço.

Por fim, ela agradeceu e encantou os seus anéis. Caso eles fossem para Arcádia poderiam chama-la. Ela os teleportou até Campano e depois sumiu. Já era noite e cansados eles foram a estalagem que agora estava vazia.


No dia seguinte, no café da manhã, Sansa serve mingau de aveia para eles e pergunta sobre a exploração. Ela informa que além deles outros dois exploradores também passaram a noite lá e foram até o centro comprar suprimentos.

Após comer eles decidem ir até lá. Até o momento não descobriram nada sobre os desaparecidos de Berz. O dia estava ensolarado, descendendo a rua principal eles chegaram nas barracas. Em uma delas um homem correu ao avistá-los. Todos foram atrás dele e Alyan conseguiu alcança-lo em frente a capela. De perto perceberam que era o ladrão da ponte. Seu nome era Tydas. Ele implorou por sua vida e contou que os mapas do tesouro, que passavam por Campano, era ideia do novo conselheiro do prefeito. E o padre Geord não gostava dele.

Deixaram Tydas ir e entraram na capela. Padre Geordos cumprimenta e não demora a reclamar do tal conselheiro. Segundo ele, Kenlac chegou há pouco mais de um mês e Sigbur (prefeito) praticamente me excluiu do conselho. Partiram então para falar com o prefeito. A casa dele ficava bem no centro, atrás do portão estava um guarda bem equipado.

Os heróis de Berz foram recebidos, na sala de jantar, pelo prefeito, o conselheiro e dois guardas. Sigur era um homem de 40 anos com tom sarcástico. Ao seu lado, vestindo uma túnica vermelha com detalhes dourados e segurando um alaúde estava Kenlac.

Eles perguntaram sobre as pessoas de Berz. O prefeito disse que não se recordava porque muita gente passou pela vila. Tyr, sem cerimônias, perguntou se o mapa do tesouro tinha sido ideia deles. Sigbur retrucou e negou tal acusação. No meio da conversa Alyan percebeu que a boca de Kenlac se movimentava.

Saindo de lá retornaram para a estalagem. Em conversa com os outros dois exploradores descobriram que muitos haviam sumido ou morrido no pântano. Também contaram que em Estrosburgo os mercadores e menestréis falavam sobre os mapas do tesouro. Um mensageiro de Berz chegou ao local e entregou a Desmond uma carta de Merin solicitando o retorno a cidade.



Chegando em Berz reportaram a situação a Merin. O Lorde informou que Edoc (ajudante no armazém) havia desaparecido e os guardas relataram ter visto uma pessoa tarde da noite andando pelas ruas, mas não conseguiram prendê-la. 

Na manhã seguinte foram ao armazém investigar. O local era grande, ficava no cruzamento de três ruas. Por dentro parecia menor por causa da enorme quantidade de itens e produtos expostos sem organização. Sadra conversava com o marido Ferd aos gritos. Ela contou aos heróis que o ajudante estava apaixonado por uma mulher ruiva e que havia visto os dois na praça da cidade. Partindo para lá os vendedores das barracas confirmaram ter visto a mulher.


Desmond retornou ao castelo. Nesse tempo Alyan e Tyr ficaram na praça e um pouco depois encontraram a mulher ruiva e a levaram ao castelo. Lá os três tentaram descobrir o que ela sabia. De repente sua expressão facial mudou e uma voz masculina disse: Tolos! Seus esforços são inúteis. Em breve vocês serão destruídos! Em seguida ela caiu no chão sem vida.


Eles encontram um diário junto aos pertences dela. Ele tinha algumas anotações. Falava algo sobre a lua de sangue na clareira da morte. Ao reportar a Merin ele os enviou a seção restrita da biblioteca para ver se encontravam alguma informação. Misa, a bibliotecária, indicou a seção Contos e Locais Sagrados. Depois de um bom tempo encontraram um livro chamado A lua de sangue. O livro dizia:



Há muitos séculos um antigo bruxo, em sua sede de poder, realizou pactos com seres de Infernum. Para invocar criaturas mais poderosas ele desenvolveu um ritual negro que envolvia sacrifícios em diferentes fases da lua. O local conhecido como clareira da morte é uma construção natural em uma caverna com abertura na parte superior que permite a entrada de luz. Supostamente esse local era na caverna Zargush.


                Merin confirmou que uma caverna na região era conhecida por esse nome. Ele mostrou no mapa o local e mandou dois guardas irem junto com eles para investigar o local. A viagem até lá exigia entrar na floresta próxima a cidade e seguir para o norte. A jornada foi tranquila, exceto pelo barranco alto que precisaram escalar.


                No fim do dia chegaram a entrada da caverna. Desmond e os guardas entraram carregando tochas. A construção natural era grande. O teto chegava a 3 metros de altura. Sentiam na pele a umidade, sensação abafada do ar e a movimentação dos morcegos no teto. Lá encontraram cinco lobos. O confronto foi inevitável. Eles partiram para o ataque. Um dos guardas ficou gravemente ferido, os demais ferimentos leves. Quando três lobos haviam sido abatidos, os demais fugiram.
                Após tratar as feridas perceberam três corredores no fim da sala. Foram pela esquerda. Os corretores eram altos, mas estreitos. Chegaram a outra sala. No centro dela avistaram três Kobolds em volta de uma fogueira. Essa sala possui quatro espaços menores. Tyr matou um dos Kobolds com uma flecha, pois eles estavam distraídos. Alyan e Desmond derrotam os outros dois sem problemas. Nos espaços menores encontraram símbolos que representavam as fases da lua.


                De lá havia outro corredor. Foram por ele, mas decidiram voltar porque o chão era muito irregular. Na entrada optaram pelo corredor da esquerda. Esse era menor e chegaram em outra sala, maior que as anteriores. Ela era dividida por colunas, quando uma estalactite e uma estalagmite se encontram no meio do caminho entre o teto e o chão. Do lado esquerdo Desmond e o guarda encontraram um goblin preso. Do outro lado o guerreiro e o ranger revistaram algumas caixas e sacos. Decidiram soltar o globin, em meio a palavras esparsas, o goblin indicou o corredor a esquerda. Aparentemente havia algum tesouro lá.


                A sala no final era menor e no formato circular. O chão estava coberto por cogumelos fluorescentes. No final avistaram um baú de madeira e ao seu lado um esqueleto. Um dos guardas decidiu ir até o baú. No meio do caminho os esporos tóxicos dos cogumelos o matou. Mais tarde eles retornaram a este local e Alyan conseguiu pegar o baú mesmo tendo ficado um pouco desorientado. Nele estava 01 pulseira de prata, 01 medalhão de ouro e 50 florins.


                Voltando a sala dividida foram pelo corredor da direita. A sala seguinte era a maior até agora. No centro dela havia um lago iluminado também por cogumelos. Na parede de pedra do fundo perceberam os símbolos das fases da lua, assim que ativados na ordem correta fez uma porta se abrir no centro da parede. Entraram em outro corredor. Esse iluminado por muitas velas. No final dele chegaram a clareira da morte. A sala era circular e a abertura no teto permitia entrada da luz da lua. 


                No centro estava um homem vestido com uma túnica vermelha e detalhes dourados. Ele estava em pé no meio do pentagrama desenhado no chão, em cada ponta havia um crânio, e no centro vários ossos. Ao lado, imponente, avistaram estátua de gárgula. O homem os cumprimenta por testemunharem o seu sucesso. Nesse momento ergue em volta do altar barreira mágica e a gárgula se mexe.


                Ela voa na direção do deles e no primeiro golpe corta o guarda ao meio. Tyr acertou uma flecha, mas a pele dura a protegeu. Depois de muito esforço, combinando seus ataques, Alyan e Desmond conseguiram derrubá-la. O mago então partiu para ofensiva. Jogou cinzas ao ar e conjurou dez lâminas corrosivas. O ataque foi certeiro e infligiu dano em todos.


Desmond e Alyan foram para o combate corpo a corpo. Os golpes causavam pouco dano porque o mago, por manipular terra e trevas, tinha a pele mais resistente. Ele conjurou uma lança para atacar o guerreiro pela sua sombra e depois os empurrou para longe com magia de terra. Após todos acertarem golpes o mago finalmente foi enfraquecido. Assim que caiu eles o finalizaram.


Respiraram aliviados, nem acreditaram que venceram o mago corrosivo. Na sala além dos ossos, acharam algumas roupas. Alyan as pegou. Junto ao corpo Desmond encontrou o diário do mago, o conteúdo era ilegível para eles. Dentro dele havia uma carta da Ordem do Dragão mandando executar o ritual da lua de sangue.



Depois da batalha na caverna Zargush e reportar a situação para Merin os heróis tiveram uma semana de descanso. Nesse período recuperaram as forças, compraram equipamentos e informaram os parentes das mortes de Brant e Vinnas.

Merin foi a Estrosburgo para participar de uma reunião da Ordem de Salomão e Ordem de Graal. Retornou uma semana depois junto com Medivh. Ele informou que as ordens enviarão reforços para as duas cidades porque a ordem do Dragão está se movimentando na região. Assim ele designou uma nova missão. Levar o livro do mago corrosivo a dois membros da Ordem de graal que estão na cidade de Redcliff. Ele liberou suprimentos para a viagem e deu a cada 200 florins para cobrir outros custos.

Os heróis alugaram uma carroça. Saindo de Berz, pela antiga estrada romana, logo na divisão com a cidade de Brondeburgo. De lá vinha uma carroça fechada, com adornos. Na frente um cavaleiro, usando armadura, conduzia.

O céu estava nublado e mais à frente as nuvens eram negras. A estrada nessa parte passava por elevações e depressões. Após algumas horas avistaram a carroça adornada tombada na estrada. No chão estavam os corpos do condutor, do cavaleiro e mais dois homens. Aproximando-se o condutor ainda estava vivo. Ele disse que foram atacados do nada por um grupo de homens. Em seguida não resistiu e morreu. Alyan olhou dentro do vagão, só viu manchas de sangue e objetos espalhados. Depois ele foi até um dos homens e cortou o emblema (duas adagas cruzadas – fundo amarelo) e guardou. Tyr olhou em volta, não viu nada que indicasse uma emboscada.
Gustav, o dono da carroça, ficou apreensivo. Mesmo assim seguiram viagem. Depois de duas horas, com a chuva caindo forte, pararam no pequeno povoado de Oris. Foram direto para a estalagem. Era pequena e no centro havia fogueira com caldeirão e ao redor bancos de madeiras. Nas paredes laterais ficavam as poucas mesas. Em uma estavam sentados um casal e na outra, dois homens. No balcão o atendente servia cerveja.
Sentaram-se nos bancos para aquecer da chuva e pediram comida e bebida. Depois de um tempo Desmond e Tyr sentiram-se desorientados e com dificuldade de movimento. Nesse momento os dois homens, usavam espadas curtas e armaduras de couro, partiram para cima deles. Alyan foi de encontro na direção deles. Enquanto enfrentava um deles, Medivh se afastou e jogou uma cadeira no outro.
O homem que servia a comida atacou Desmond, conseguindo furá-lo na costela com adaga. Enquanto isso o atendente foi na direção de Tyr também usando uma adaga. Entre acertos e erros, por causa do veneno, o ranger e paladino conseguiram sobreviver. Alyan e Medivh derrotaram os dois primeiros, Tyr imobilizou o atendente com uma flecha na perna. O último fugiu.
Interrogando eles descobriram que eles participam de um teste para entrar na guilda chamada Forsaken. Alyan mostrou o emblema e era o homem o identificou. Acabaram com os sobreviventes e Medivh curou Desmond. Por sorte o veneno só induzia ao sono, não era letal. Gustav foi embora quando a confusão começou e levou os suprimentos que Merin tinha dado. Em um dos quartos Alyan encontrou Beoli o dono da estalagem. O resto da noite foi tranquilo.

No dia seguinte chegaram a Redcliff. A cidade era murada. Do portão principal a rua estendia-se em direção ao castelo e a igreja, passando pelo bairro residencial. Antes desse bairro, há uma escadaria que leva a praça central. De lá outra rua também leva ao castelo, passando por mais algumas casas e o colégio de bardos.


A cidade estava movimentada por causa do Festival Dançando com Dragões. Chegando na hospedaria Desmond recebe uma mensagem. Após comer eles vão até um dos quartos. Lá estão Barthes e Ogmun – membros da ordem de Graal. Eles pedem o livro e precisarão de dois dias para traduzi-lo, Medivh ficou com eles para ajudar. Orientaram a evitar o castelo porque emissários da Ordem do Dragão estavam lá.
Os outros três, à noite, foram até a praça onde estava montado um palco. Bandeirolas decoravam o local. Haviam barracas nas laterais vendendo comida, bebida e instrumentos musicais. Na lateral do palco tinha um espaço reservado as pessoas importantes da cidade.
Enquanto observavam e bebiam o show começou. Primeiro o Lorde Doson deu as boas-vindas a todos. Em seguida Olaf, líder do colégio de bardos, recitou um poema:

O universo é denso. Não se espera uma lição.
O universo é a confusão de um instante, um jogo;
Um fruto que se descasca e se desvanece além daqui...

É necessário intuir, conspirar contra a angústia;
Tramar um sentido para tudo que insiste em se afirmar:

É perigoso afirmar em verso. O ouvido pesa mais que o cérebro.
O cérebro pesa mais que o verso. É perigoso afirmar o universo.


         Primeiro apresentou um grupo de música tocando vários instrumentos. Depois houve a encenação da batalha recente entre Praga e Estrosburgo enaltecendo a vitória da primeira. Por último aconteceu a apresentação de dança. Vários dançarinos fazim sua performance. Do meio do público outros, usando máscaras de dragão, chamavam várias pessoas a subir ao palco.
        Desmond foi convidado e aceitou. Quando estavam todos no palco um dos bailarinos conjurou chamas que envolveu todos eles. As chamas brilhavam e chocaram-se no centro. Após isso todos os convidados tinham desaparecido. A plateia vibrou e aplaudiu. Olaf informou que eles iriam participar de uma parte restrita do festival.
         Alyan e Tyr ficaram surpresos. Voltaram a hospedagem e junto com Medivh decidiram investigar o colégio de bardos. Depois de um ataque furtivo feito por Tyr conseguiram entrar no colégio. O corredor central levava para as escadas, foram direto para o porão. Lá havia a cozinha e mais ao fundo mesas. No final do ambiente estava uma mulher e dois homens.
            Mari, a maga, disse para eles saírem. Diante da recusa ela conjurou uma bola de fogo na direção deles. Medivh, usando água do cantil, criou uma barreira de água. Mesmo assim ainda sofreram um pouco de dano. Os outros dois eram um guerreiro que veio para frente e o outro um arqueiro. Tyr e o arqueiro travaram a luta à distância. No fim Tyr conseguiu ser mais rápido e venceu. Alyan e o guerreiro trocaram alguns golpes, mas Mari usou um feitiço de controle e comandou Alyan a acertar Tyr. Ambos foram direção de Tyr. Ele conseguiu esquiar. Medivh atacou a maga com uma seta de gelo causando danos. 
         Nesse tempo Alyan conseguiu resistir e atacou o guerreiro que não percebeu a perda de controle sobre o inimigo. Mari então abriu um portão na parede do fundo da sala e passou por ele. Sem pensar duas vezes eles a seguiram.
         Entraram em uma sala iluminada por velas. Os ambientes eram divididos por cortinas, poltronas, mesas. No ar predominava o aroma doce de incensos. Era o mesmo local onde Desmond estava. Momentos antes ele ficou observando o local. Viu serviçais em trajes ousados servindo vinho aos convidados. Em um dos ambientes encontrou um homem morto, no outro uma mão entre velas. As outras pessoas ali pareciam não notar nada disso.
             Os quatro investigaram a sala. Assim que atacaram as pessoas e objetos eles desapareciam. O mago lançou um feitiço para suprimir o incenso do ar. Assim, aos poucos eles perceberam que estavam em uma sala mal iluminada por tochas e com o chão coberto de cinzas e ossos. De lá havia uma porta para outro ambiente menor e na outra extremidade, um portal.
            Após lutar com seis esqueletos foram pelo portal. Eles saíram na parte elevada de uma construção. A poucos passos do portal havia uma escadaria. Na parte de baixo quatro grandes pilares de pedra quase tocavam o teto. As paredes eram de grandes blocos de pedra, mas o teto parecia uma construção natural como uma caverna.
            No centro dos pilares avistaram dois homens, usando túneis vermelhas, logo atrás de um altar. Tyr atirou uma flecha que atravessou um deles e perfurou a parede logo atrás dele. Assim que percebeu os visitantes ele conjurou uma barreira ao redor do local e da pilha de sacríficos levantou-se um golem de carne.
           Ele caminhava lentamente em direção a escada. O ambiente foi inundado pelo cheiro podre dos restos em seu corpo. Tyr atirou mais flechas e Medivh congelou a escada. Alyan provoca o monstro batendo em seu escudo e Desmond recuou para perto do portal.
           O golem destruiu um dos pilares de pedra e arremessou sobre eles um bloco acertando os três em cheio deixando-os feridos e desorientados. Em seguida, Desmond correu e pulou sobre o golem, desferindo um golpe no ombro com sua espada. Recuperado, Alayn sentou no escudo e escorregou pela escada.
     Assim, o guerreiro e paladino lutaram corpo a corpo enquanto o ranger eo mago atacavam a distância. Depois de muito esforço o monstro cedeu. Nesse tempo os dois magos terminaram o ritual. Um deles disse que não teria tempo para brinca com os heróis e em seguida ambos sumiram. Em cima do altar surgiu uma fenda emanando uma aura vermelha.
      No chão, ao lado da coluna, Alyan e Desmond verificaram o corpo de Mari, a maga que fugira deles no colégio de bardos, e encontraram um medalhão. Depois de investigar Medivh usou o objeto para abrir o portal na parede do fundo da sala. De volta ao colégio, assim que subiram as escadas, Olaf e quatro guardas da cidade deram ordem de prisão para eles.
        Depois de ameaças e conversas, os guardas iriam escolta-los para fora da cidade. Tyr pagou 100 florins para que eles pudessem parar na estalagem para pegar seus equipamentos e falar com os membros da Ordem de Graal.
           Barthes e Ogmun entregaram um livro com o ritual decodificado. Após sair da cidade cruzaram na estrada com um grupo de cavaleiros. Eles usavam roupas de couro e com símbolo das adagas cruzadas em destaque. Mais adiante conversaram com o capitão da guarda de Brondeburgo, Lucan, sobre algum evento inesperado na estrada. Os aventureiros disseram que não. Eles esqueceram do ataque a carroça na viagem de ida.

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