Aventura 9 - O Festival de Berz e a Rebelião de Ulric


       Durante os próximos dias todos estavam empenhados na organização do festival. O círculo de confiança de Merin ficou encarregado da segurança (Alyan), dos nobres (Desmond), das atividades esportivas (Tyr) e das apresentações artísticas (Lyon). Estandartes de Berz foram colocados ao redor da rua central pela qual passaria o desfile de abertura.






Além disso, bandeirolas e barracas foram instaladas em quase todas as ruas. Cozinheira preparavam os pratos do banquete – tanto nobre quanto do povo, ferreiro e carpinteiro separavam materiais para as competições e as lojas esperavam vender seus estoques. Um dia antes do festival a cidade já estava cheia de visitantes. Do lado externo foi instalado o campo de justas, assim como artistas e comerciantes ambulantes.



                No primeiro dia do Festival os nobres e clérigos de Berz e da região - Lorde Loth (Salomão), ArcebipoGardeli (Salomão), Rickon (Salamão), Thomas (templários), Hamma (Jade), Beorn (Alma Negra), Leorio (Maon), Beoric (Dragão) e Olaf (Bardos) – participaram do desfile de abertura até o castelo. Na praça houve uma pausa e Merin fez um breve discurso de abertura. No castelo Desmond acompanhou os lordes.


A tarde teve início as competições e apresentações. A primeira atividade foram as justas, realizados nos campos em frente ao portão principal, nas quais competiram Merin e Loth e alguns dos demais nobres. Da mesma forma, toda atividade foi aberta com a participação da nobreza, seguida da população. No quartel disputas de arco, luta livre, no ferreiro lançamento de facas, na taberna queda de braço.








                Na praça central de Berz, assim como nas ruas, trupes de teatro, dança e música realizam suas performances. Uma delas encenou a batalha durante o cerco imposto a Berz pela Ordem do Dragão. Em algum momento durante a manhã Medivh pediu ajuda a Lyon para neutralizar o Arcebispo. O druida aceitou colocar a poção que o mago preparou na bebida do clérigo. Medivh disse que faria efeito somente após três dias e deveria ser colocado todo o conteúdo.


                Assim, no almoço realizado no castelo, antes do início das competições, Lyon conseguiu ajuda de um dos serventes e colocou a poção em uma garrafa de vinho, servidos depois ao Arcebispo, ao prefeito de Maon e os líder do Colégio dos Bardos.


                Durante a competição de arco e flecha Desmond ouviu parte de uma conversa entre Lorde Ulric, Lorde Loth e Lorde Beorn. Mais tarde o paladino relatou a Merin a situação e tudo indica que o nobre pretende usurpar o poder, assim como desconfia-se dele no caso do roubo das carnes ainda que não tenham nenhuma prova.


                À noite foi servido o banquete para os nobres no castelo e para a população na praça. No salão principal do castelo a mesa central estavam todos os lordes, clérigos e autoridades, na segunda mesa os nobres, na terceira os distintos cidadãos de Berz, inclusive Medivh.


                Os serviçais traziam vinho, cerveja e leite de amêndoas acompanhado de pão e patê de como entrada. Em seguida, carnes de caça assadas com cebolas e vinho, tortas de carne de porco e pavão assado com molho de figos e mel. As conversas tomavam conta do ambiente, embora houvesse um clima de tensão entre Merin e Ulric, Thomas e Medivh, Loth e Alyan.


                Durante o jantar Leorio passou mal e vomitou em cima do seu prato deixando os demais convidados temerosos. O prefeito saiu do salão para o seu quarto, enquanto Desmond ia atrás dele Olaf desmaiou e caiu no chão. Depois disso, o jantar foi cancelado e todos os convidados foram para seus aposentos. Desmond e Alyan estavam ajudando a organizar a situação, enquanto Merin pediu calma. O líder dos templários passou lentamente pela outra mesa encarando Medivh e Lyon, enquanto Tyr continuava comendo e ignorando a confusão.

                Na manhã seguinte os ânimos estavam mais calmos, porém Leorio e Olaf estavam doentes assim como o Arcebispo. Merin teve uma reunião fechada com os nobres. Próximo ao horário do almoço a notícia da morte do Arcebispo levou Merin a cancelar o festival. Durante esse período Lyo encontrou a casa de Medivh com a porta aberta e com tudo fora do lugar. Mais tarde ele reconheceu um símbolo em um dos livros da estante, o qual abriu uma passagem para o subsolo. Lá estava Medivh, o druida desceu para o esconderijo.

Merin deu ordens a Desmond para acompanhar os lordes enquanto se preparavam para ir embora, assim como determinou a prisão domiciliar do lorde Ulric. O paladino e os demais deveriam “prendê-lo” sob o pretexto de proteção, pois essa situação seria o momento de ideal para agir tanto para ele quanto para Ulric.Enquantoos convidados importantes se preparavam para partir Desmond, Tyr e Alyan foram para a casa do lorde. O capitão da guarda comandava a retirada dos artistas, comerciantes e visitantes.

Assim, o festival terminou de uma maneira inesperada. O envenenamento foi atribuído a Ulric, assim como o roubo das carnes. Os templários, secretamente, acreditam que foi Medivh. Qual será o papel de Brondeburgo e Estrosburgo na conspiração de Ulric? O futuro de Berz – e dos heróis – é incerto.




No segundo dia de festival, agora cancelado, aos poucos os visitantes deixavam Berz exceto por aqueles que bebiam na taverna ou se divertiam no bordel. Alyan, Desmond e Tyr chegaram a casa do lorde Ulric ao lado da biblioteca. O paladino entrou e conversou com o nobre sobre sua ``prisão domiciliar`` que surpreendentemente aceitou sem objeções, apesar de possuir diversos guardas sob o seu comando.

                Saindo de lá e deixando Tyr e mais dez guardas de Berz o paladino e o guerreiro retornaram ao castelo. Enquanto isso na biblioteca mística, na loja Dedos Verdes, Medivh e Lyon conversaram sobre a ida dos templários ao local para prendê-lo. O mago pediu ajuda ao druida mais uma vez para visitar o padre Francisco na igreja da cidade assim que a noite caísse sobre eles. Medivh tinha suspeitas do envolvimento do padre com Ulric, além de ser seu desafeto.

                Durante a tarde os lordes e nobres começaram a deixar a cidade. Assim como o transporte do corpo do arcebispo foi levado para os ritos funerários em Estrosbrugo. Muitos dos cidadãos mais devotos de Berz acompanharam, aos prantos, o cortejo fúnebre. No castelo ficaram apenas Olaf, líder dos bardos, e Leorio, prefeito de Maon ainda debilitados com o efeito da poção de Medivh.



                Após as despedidas, Desmond foi até a prefeitura, acompanhado por um escriba, para verificar os registros autorizados por Ulric na tentativa de encontrar evidencias de roubo ou traição. Mais tarde naquele dia eles encontraram registros adulterados, os quais foram levados ao conhecimento de Merin.

                No início da noite o ar parecia denso e o silencio era absoluto. Nesse momento grupos de mercenários entraram pelo portão principal e seguiram pela rua central em direção a praça e a rua lateral da taverna, passando pela igreja até chegar ao castelo. No armazém outro grupo estava escondido e dividiu-se em direção a praça e ao castelo, passando pela Dedos Verdes que foi incendiada. Esse grupo eventualmente entrou em confronto com o grupo que vigiava a casa de Ulric.

                Antes disso, Medivh e Lyon tinha ido à igreja. Lá eles viram um templário guardando a porta principal. Lyon usou seu chicote para prendê-lo pela garganta enquanto Medivh acertava vários golpes com sua adaga. Nesse momento, Tyr e Alyan estavam na frente da taverna e viram um grupo de homens subindo a rua lateral. Desmond, após reunir dez guardas do castelo, estava saindo pelo portão quando encontrou o grupo de 15 mercenários. Até esse momento poucos confrontos tinham acontecido porque alguns guardas da cidade foram comprados por Ulric.

                Desse encontro e das labaredas que subiam pela torre da Dedos Verdes logo o alarme soou. Somente os guardas e mercenários permaneceram nas ruas e o portão do castelo foi fechado. Lá dentro ficaram Merin, Nathan, vice capitão, alguns guardas e os serviçais. No momento do alarme Medivh e Lyon decidiram retornar a torre, fato que evitou o encontro com guarda na parte de trás da igreja. Tyr e Alyan passaram pela igreja. De lá Tyr subiu no telhado, pois conseguia ver parte do confronto na frente do castelo. Alyan decidiu retornar e ir à casa de Ulric. 

Na linha de frente Desmond disparava comandos aos outros guardas e assim uma parede de escudos foi criada. Infelizmente não durou muito porque guardas da muralha foram mortos e em seus lugares traidores começaram a atirar flechas.



O confronto ficou desorientado. Flechas vinham de todos os lugares, espadas e escudos se encontravam, sangue pingava sobre as pedras e o calor da batalha descia sobre eles.

De volta a torre Medivh desenhou runas em volta do poço e durante algum tempo controlou a água para apagar o fogo. Lyon aguardou com ele e após evitar a destruição total da construção os magos foram em direção ao castelo. 

No caminho até lá encontraram Alyan liderava o grupo de guardas contra os mercenários e os guardas de Ulric em frente à casa do lorde. Lyon conjurou corvos para atacar os inimigos enquanto Medivh congelou o chão dificultando a movimentação, magia que afetou alguns dosaliados também.


                Do telhado da igreja Tyr disparava flechas. Primeiro nos arqueiros em cima da muralha e depois nos mercenários. Ora atingia fatalmente, ora apenas incapacitava um braço ou perna. Desmond e Gregori enfrentaram ao mesmo tempo três inimigos. O paladino conseguiu acertar um deles com sua lança amaldiçoada, mas o preço pago em troca de poder fez com queele não teve sucesso em seus próximos golpes.

De volta à casa de Ulric, Alyan executou os inimigos atacados pelos magos. Em seguida, pediu a Lyon para quebrar as janelas e jogar lanternas para incendiar a casa. Momentos depois as chamas surgiram e mais tarde Ulric saiu de lá e foi feito refém por Alyan.



Nesse período, Medivh chegou a frente do castelo e conjurou chão de gelo novamente. A fina camada de gelo descia sobre as pedras e foi interrompida por uma barreira de chamas. Entre os inimigos havia um mago.




Tyr rapidamente tentou eliminá-los, porém, a flecha saiu da sua trajetória. O mago percebeu e iniciou um novo ritual. Lyon e Alyan, levando Ulric, chegaram até o local. Nesse momento Tyr desceu do telhado da igreja e foi em direção a praça para surpreender os inimigos pelas costas. Nathan apareceu na muralha segurando uma adaga no pescoço de Merin.

                Muitas coisas aconteceram nos minutos seguintes, embora tenham parecido ocorrer durante uma eternidade. Primeiro Lyon criou raízes na lateral da muralha, o mago lançou uma bolha de fogo na direção grupo e mesmo com a barreira de água conjurada por Medivh parte das chamas conseguiu atingi-los. Desmond escalou as raízes e subiu na muralha. Alyan e Nathan ameaçaram eliminar seus reféns.




Tyr então decidiu acertar Nathan com uma flecha. O ranger concentrou-se e disparou. A flecha passou perto do alvo e mesmo tendo errado a surpresa foi suficiente para Merin reagir e jogar o traidor da muralha. O impacto do corpo dele no chão marcou a derrota da conspiração de Ulric. Merin ordenou a morte dos demais mercenários e que Alyan levasse Ulric para a prisão do castelo.

                Os mercenários restantes bateram em retirada, descendo a rua em direção a praça. Tyr manteve sua posição e atirou neles. Assim que passaram pelo ranger trocaram golpes rápidos e continuaram seu caminho. No fim apenas o mago e mais quatro deles saíram com vida de Berz.

                Medivh retornou a sua loja para averiguar os estragos. A casa de Ulric continuava a queimar. No castelo Alyan deixou três homens de confiança vigiando a cela de Ulric e foi encontrar-se com Merin junto com os demais. O líder de Berz agradeceu aos heróis por seus esforços e prometeu recompensá-los depois, além de mandar prender o irmão de Ulric e a dona do armazém por suspeita de conspiração.

                A batalha durou a noite e se estendeu pela madrugada. Na manhã o sol dissipou a escuridão revelando os corpos e o sangue espalhados pelas ruas e pelo castelo.



Na manhã seguinte a batalha os moradores de Berz saíram as ruas com cautela. Muitos deles assustados com os corpos espalhados pelas ruas, outros indiferentes depois de terem presenciando inúmeras batalhas. Enquanto o restante dos guardas carregava os corpos dos mercenários e soldados, Merin chamou os heróis para conversar.

Nesta reunião o líder de Berz agradeceu a cada um deles pelo esforço e coragem. Como recompensa ele perguntou o que cada um deles queria receber. Com exceção de Medivh, os demais pediram o terreno da antiga casa do lorde Ulric e a construção de uma base, além de terras que fossem confiscadas após o julgamento. Merin concedeu apenas parcialmente o pedido, excluída as terras. Para Lyon garantiu acesso aos livros da cidade e para Medivh os recursos para reconstrução das partes danificadas da sua torre. Além disso, nomeou Alyan como vice-capitão da guarda.

No decorrer do dia cada um deles foi cuidar das suas obrigações ou interesses pessoais. Tyr recebeu uma mensagem de Misa, a dona do bordel. Quando chegou lá à noite ela entregou uma carta da Forsaken pedindo que ele fosse a Brondeburgo e impedisse que um acordo seja firmado entre a cidade e Berz. O ranger aproveitou a visita para conhecer as novas aquisições do estabelecimento.

Durante o dia Alyan deu ordens aos guardas, pois no momento ele é na verdade o capitão porque Gregori está em recuperação. Mais tarde, ele foi consultar construtores para fazer a planta inicial da base e quanto isso custaria. Medivh fez o mesmo, apesar dele e Lyon considerarem usar magia na construção.

O vento gelado incomodava os cidadãos de Berz durante a semana seguinte. A cidade havia retomado seu ritmo cotidiano que só foi alterado pelo julgamento do lorde Ulric. Nesse mesmo tempo Tyr partiu antecipadamente para Brondeburgo, os demais iriam apenas após o julgamento como escolta do lorde Stan, o qual iria negociar o acordo entre as cidades.

O julgamento de Ulric aconteceu no pátio do castelo. Como juízes Merin, padre Francisco e Lorde Stan. O réu foi trazido e colocado em uma cadeira ao centro. Nas laterais nobres e pessoas importantes assistiam de perto, enquanto guardas seguravam a população no portão de entrada, apenas alguns dos plebeus puderam acompanhar.

Merin abriu o julgamento apontando os crimes dos quais o lorde é acusado: traição, roubo, fraude e conspiração. Alternadamente acusação e defesa apresentaram suas considerações, convocaram testemunhas e analisaram as evidências. Após um dia longe de discussões, o lorde foi acusado de roubo e fraude, mas não de traição e conspiração por falta de evidências. Assim, ele foi condenado a prisão. O padre Francisco sugeriu exilio e destituição de títulos e bens, contudo Stan e Merin não aceitaram. Quanto ao irmão do lorde, Robb, e os donos do armazém foram soltos.
               

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