Aventura 8 - Preparativos para Arcádia e para o Festival Anual de Berz



De volta a Berz, 10 dias depois, Merin os chamou para informar das notícias. Antes disso, ele e Desmond foram para Arcádia, pelo portal no castelo, e contataram a fada Ennar. Ela cumprimentou Desmond e disse que ele a chamou muito rápido! Toda alegre ela disse que Leera (fada que a prendeu no templo de Diana) foi a responsável por conjurar os mortos vivos que atacaram Campano porque ela achou que eles moravam lá.


Os membros do Graal pediram ajuda para conseguir aliança com as fadas para Berz. Ennar disse que conseguiria uma audiência com o Rei Oberon e a Rainha Titânia caso eles provassem sua amizade. Para isso, ela viria ao plano terrestre ficar guia para recuperar o colar de Celestia, objeto mágico poderoso capaz de controlar livremente a natureza.


Essa foi a informação dada a Merin aos demais. No dia seguinte eles iriam partir em direção a Estrosburgo e seguiram as orientações de Ennar. A caminho da cidade, eles encontraram dois templários a cavalo indo em direção a Berz. Tyr puxou conversa com eles. Por sorte Medivh ficou na cidade.




Na entrada de Estrosburgo o paladino e o ranger foram até as joalheiras para vender suas moedas de ouro. Sem boas ofertas retornaram e seguiram a estrada na direção de Fortress. Em certo ponto, Ennar apontou o caminho e eles decidiram cruzar um bosque ao invés de permanecer na estrada.


A noite acamparam. No turno de Lyon lobos atacaram. Ele tentou controla-los, mas eram muitos e sua magia não foi suficiente. Ele acordou os demais. Somente três lobos entraram no acampamento e logo foram abatidos.




Do bosque voltaram a estrada e após algumas horas avistaram uma torre de pedra bem próxima a cordilheira. Não havia ninguém na parte externa. O ranger abriu a porta, se afastou e os demais entraram. Lá dentro três homens atiraram flechas que acertaram todos, mas não em pontos vitais. Enquanto eles trocavam os arcos por espadas os heróis atacaram.



No topo da torre nada demais. Um quarto improvisado e balcões em quatro direções. Enquanto isso eles exploraram o térreo, pois havia várias caixas de madeiras e mesas ao redor da escada central. Em algumas caixas havia utensílios, alimentos, armas simples.

No subsolo também não havia mais nenhum bandido, somente um homem em uma cela. Seu nome é Thony, comerciante de joias em Praga. Depois de cuidar dos ferimentos e dar a ele os equipamentos encontrados na torre ele partiu. Antes informou que há mais ladrões que logo voltarão para a torre.


Na parede no fundo da cela Ennar disse que havia magia. Ela concentrou-se e abriu um portal de luz azul. Passando por ele os aventureiros saíram em um salão de cristal em tons de azul. No teto, flutuando no ar, globos de luz amarela. Os feixes de luz percorriam as paredes, mudando as tonalidades.


A fada disse que estavam no plano terrestre, porém essa construção é como aquelas que existem em Arcádia. O salão circular dá acesso a três outras salas. Tanto nas portas quanto no centro há uma fonte de água com o formato de leão.


Depois de contemplarem o local, tentaram abrir as portas. Eles perceberam que as fontes da porta não havia água. Então Lyon pegou um pouco de levou a porta central. Aos poucos a fonte recuou para a lateral, abrindo acesso a um corredor.




                O pequeno corredor a frente deles também era de cristal, após alguns metros eles encontraram outra fonte no centro da pequena sala circular. Dentro da fonte, brilhava uma runa redonda. O chão estava coberto de penas brancas. Ao olhar para o alto não era possível ver o teto, apenas um orbe de luz amarela que refletia nas paredes como se estivessem em movimento. Nas outras salas – com formatos de meia lua e hexágono – encontraram mais duas runas e penas, mas vermelhas em uma e negras na outra. Cada runa tinha o formato para ser colocada na fonte central do salão inicial.


                No momento que as runas foram colocadas eles ouviram um som e sentiram uma vibração no chão. Ao mesmo tempo foram surpreendidos por um grito estridente que os deixou desorientados. Conforme os heróis retornavam a si, perceberam três seres voando. Uma harpia com penas brancas, um Aelo com penas vermelhas e um Ocypete com penas negras. Os seres arcadianos possuíam muitos elementos semelhantes a pássaros, mas o corpo era humanoide.








                Diante da vantagem aérea dos inimigos os aventureiros correram para o corredor da sala em formato meia lua. Pela parte superior a Harpia voou até a sala, lá estavam Tyr e Alyan. O ranger conseguiu acertar uma de suas asas e isso fez com que ela voasse baixo ao alcance da espada do guerreiro, cujo golpe foi mortal.


                Enquanto isso no corredor o druida lutava para recuperar as suas forças do ataque do Ocypete. Voando baixo, na altura da entrada do corredor, o Aelo disparou uma rajada de penas perfurantes que acertaram Lyon e Desmond, pois não tinham para onde desviar. No contra-ataque, Lyon conseguiu prender o pé da criatura lançamento uma raiz de seu cajado e Desmond feriu a criatura.


                Nesse tempo Tyr e Alyain retornaram ao salão principal. O ranger mirou no Ocypete, conseguindo ferir uma das asas, enquanto o guerreiro dava o golpe final no Aelo. Lyon, apoiando-se em seu cajado, teve dificuldades de se concentrar devido aos ferimentos e suas magias falharam. Antes que o Ocypete usasse seu grito outra vez, Alyain acertou um golpe derrubando-o no chão para o ranger mata-lo com um golpe duplo. Após a euforia da batalha, o paladino estendeu suas mãos para curar o druida. Os demais também estavam feridos, mas em melhores condições do que o companheiro. 


                Derrotando os três guardiões o chão abaixo da fonte central moveu-se revelando uma escada. No andar inferior eles encontraram um mural com representações de seres arcadianos adorando o colar de Celestia. Do outro lado, um enigma aguardava para ser solucionado “Quando as quatro runas estiverem alinhadas e presentes em todos os planos você terá o que veio buscar”. 




Depois de algum tempo eles conseguiram solucioná-lo e assim a barreira mágica que protegia o colar desapareceu. Ennar rapidamente pegou o colar de cima do pedestal e disse que voltaria para Arcadia. Os aventureiros, após recolherem os espólios de batalha – penas, garras, dentes, etc – retornaram a torre pelo portal. Não havia passado muito tempo, pelo menos essa era percepção deles ao retornarem. Também não havia ninguém ali nas celas.


                Saíram da torre e seguiram viagem de volta para Berz pela estrada. Um pouco antes de chegarem a Riften, vila na qual iriam passar a noite, encontraram na lateral do caminho uma lança cravada em uma pedra. A lança era adornada com runas vermelhas. Depois de discutirem, o paladino retirou a mesma e a levou consigo.

                No entardecer chegaram a Riften, aldeia dedicada a produção de alimentos, sendo uma das principais produtoras para Estrosburgo. A aldeia é organizada em área residencial, comercial – uma praça com poço de água no centro e ao redor barracas e lojas dos comerciantes – e rural – plantações, pomar e curral. Todas as construções são de madeira, inclusive as ruas centrais. Os tons de cinza imperam por causa do inverno e da cor escura da madeira. Os heróis ficaram na estalagem o Bardo Sonolento. No dia seguinte retornaram a Berz.






                Depois de descansar, eles foram ao castelo falar com Merin. O líder do Arkonorum agradeceu o empenho deles e os informou sobre nossas missões importantes para a cidade. A primeira seria a compra de alimentos em Riften para o Festival de Berz. O líder deu a eles instruções, florins e decreto para negociar com Eron. Também os alertou sobre uma possível conspiração envolvendo o Lorde Ulric para assumir o controle de Berz. Assim, eles iriam junto com o lorde a Brondeburgo para vigiá-lo.


                Com relação as ordens, Merin disse que a OS declarou Alyan traidor, mas por enquanto não tomaram nenhuma outra atitude sobre o assunto. É melhor que o guerreiro evite Estrosburgo. A caçada a Medivh continua, inclusive alguns templários estiveram em Berz recentemente. A OD não fez nenhum movimento após a libertação do dragão. Assim, junto com o inverno, surgem dúvidas quanto ao futuro de Berz e ao futuro de cada um dos aventureiros? Até que ponto vai sua a lealdade? Quais os seus objetivos?

             


                Depois do retorno à Berz os heróis descansaram, visitaram o ferreiro, cuidaram dos seus afazeres. Nesse tempo, Lyon e Medivh conversaram sobre o que poderia ser feito com relação a alma do general que habita o corpo do druida. O mago também ajudou o paladino ao identificar a magia de sangue presente nas runas da lança que ele encontrou na última viagem.


Em uma manhã fria Alyian, Medivh, Desmond e Lyon partiram em direção a Riften em uma pequena carroça coberta com o objetivo de comprar alimentos para o festival. Tyr não acompanhou os demais, ele tinha planos de ir a Basileia supostamente negociar bebidas para o festival de Berz.


A estrada ao sul de Berz estava vazia. Aos poucos a paisagem verde das planícies era coberta por uma fina camada de gelo. Na divisa entre Berz e Estrosburgo eles seguiram pela direita para contornarem a cidade sede da Ordem de Salomão porque tanto o guerreiro quanto o mago estão sendo procurados pelos templários. 


Após o almoço, assim que seguiram a viagem, uma das rodas da carroça quebrou. Rapidamente o druida conjurou uma nova. Seguiram ao sul pela estrada que leva a ponte de pedra sobre o rio Eldamar. Acamparam no final do dia entre a estrada e o bosque da região de Riften.


                Sentados ao redor da fogueira os aventureiros conversavam tranquilamente. O druida tentou conjurou um companheiro animal, mas o frio o distraiu e tudo que restou no círculo mágico foi uma poça de sangue. Durante a madrugada, Desmond avistou um homem na estrada, segurando uma lanterna. Pelo menos foi o que ele pensou, porém quando acordou os demais não havia mais ninguém lá.


                Durante a manhã eles atravessaram o bosque, atravessaram os campos e logo chegaram a Riften. Lá descobriram que a compra de alimentos deve ser feita com o prefeito Eron, assim como a notícia que a esposa dele o abandonou e partiu para Estrosburgo. Na estalagem o Bardo Sonolento, Helga – uma senhora com seios abundantes e totalmente extrovertida – os serviu, além de demonstrar particular interesse em Desmond.



                De lá, eles atravessaram a praça para ir à prefeitura. Olhando os itens a venda e conversando com os vendedores Medivh descobriu que a filha de um dos conselheiros da vila foi raptada. Na prefeitura foram recebidos pelo prefeito e pelo conselheiro Eliegar. No fundo da sala três guardas estavam de prontidão, assim como outros dois na porta de entrada.

                Os cidadãos de Berz sentaram-se de frente para os líderes da vila e informaram o seu desejo de comprar alimentos. O prefeito informou que tinha a venda legumes (cenoura, cebola, batata), grãos, farinha e frutas (maça e figo). Com os 1.000 florins eles compraram 8 sacos de legumes e 7 de farinha que seriam entregues na carroça, a qual eles deixaram no estábulo assim que chegaram na vila.

                O prefeito não aceitou o documento dado por Merin no valor de mil florins que serão pagos no momento da entrega em Berz. Para tentar contornar a situação, depois de sair da prefeitura, eles conversaram com Eliegar para tentar resgatar a filha dele e em troca ele deve convencer o prefeito a lhes dar o crédito. Nessa conversa Lyon sugeriu que o conselheiro seria mais recomendado ao cargo de prefeito.

                Eliegar disse que os bandidos pediram um resgate de dois mil florins que foi pago, mas na troca não devolverem a filha dele. Os criminosos devem estar escondidos em algum lugar no bosque. Assim, no dia seguinte os negociantes amadores partiram para tentar encontrar Lavia, embora nenhum deles tenha perguntado o nome da moça.


                No bosque Lyon tentou encontra-los pelo cheiro. Depois de algumas horas caminhando entre os troncos das arvores cobertos de neve, eles encontraram um antigo tronco e no solo um alçapão. Alyian conseguiu abri-lo e em seguida três flechas foram disparadas. O guerreiro retirou seu capacete e colocou na ponta da espada em cima do alçapão, no mesmo instante mais flechas. A solução foi Lyon conjurar uma planta com odor forte e jogar lá embaixo. Assim que todos desceram Medivh manipulou o ar para retirar o cheiro podre.

                Lá embaixo eles viram um corredor como de uma mina antiga. No fim do corredor, iluminado por tochas, seis homens estavam aguardando, quatro com espadas e dois com arcos. Os arqueiros atiraram em Medivh e Lyon sem sucesso porque o druida girou o javelin rapidamente e defendeu as flechas. Enquanto isso o guerreiro e o paladino iniciaram a batalha com vantagem ao acertarem pontos vitais dos inimigos. Desmond usou pela primeira sua lança, ele notou o aumento da força dos seus golpes e em contrapartida sentiu seu corpo cansado.




               

Os dois homens derrotados com apenas um golpe abalou a confiança dos demais, Medivh aproveitou a oportunidade e lançou tentáculos de água nos arqueiros inutilizando suas armas. O cheiro de sangue impregnou no ambiente úmido e fechado, seguido por mais troca de golpes de espadas. Quando mais um dos homens caiu no homem incapacitados, os arqueiros fugiram pelos corredores laterais, deixando apenas o outro bandido extremamente ferido.

                Desmond o curou para que ele conseguisse falar. Ele contou que havia uma moça em uma sala mais à frente. O paladino prometeu que ele viveria, mas no momento seguinte Lyon se aproximou e enfiou o javelin em seu coração. O silêncio reinou absoluto por alguns momentos até eles perceberem que era o general.

                No fim do corredor lateral encontraram uma porta de madeira. Alyian bradou para abrirem, só recebeu ironicamente um convite para entrar. Lyon, o druida de volta, desfez a porta com sua magia de plantas. Lá dentro, no centro da sala, estava um homem alto vestindo uma armadura completa e ao seu lado outros dois. Atrás deles estava uma moça e ao seu lado os dois arqueiros que fugiram.

                A batalha começou entre o guerreiro de armadura e Alyian, enquanto Desmond foi na direção do outro. Um golpe forte acertou em cheio o escudo de Alyian e o impacto o fez perder o equilíbrio por um momento. O paladino por sua vez, usando a espada, trocou golpes com o seu inimigo. Nesse tempo, Lyon conjurou raízes que entraram por um dos pontos fracos da armadura enquanto o brutamontes gritava de dor. O terceiro homem jogou pegou terra em suas mãos e jogou no chão, no mesmo instante, cada um dos heróis teve suas pernas presas por pequenas garras de terra.

                Sem condições de se moveram a única opção foi continuar a lutar. Medivh lançou uma seta de gelo no mago inimigo que tentou sem sucesso se defender. O impacto da magia o empurrou e rompeu sua concentração liberando os demais da imobilização. O líder dos bandidos recebeu golpes do guerreiro e do paladino, enquanto Lyon finalizou o segundo inimigo com sua arma. Nos momentos finais Alyian enfiou a espada pela boca do homem com armadura.

                No fundo da sala a jovem moça, vestida com trapos, chorava. Ao seu lado os dois arqueiros disseram que se rendiam, mas não saíram do lugar. Agora será que ela é a filha do conselheiro? O que mais há nessa sala? Quem são esses sequestradores?

               




                Alguns minutos após a euforia da batalha os heróis disseram para os homens se afastarem da moça. Eles recusaram e a levaram até a saída da sala para somente depois solta-la enquanto corriam em direção a saída da antiga mina.

                Enquanto Medivh verificava o estado da donzela os demais vasculharam a sala. Desmond recolheu uma espada de duas mãos, enquanto Lyon destrancava um baú criando uma chave de madeira. Encontraram sacos de couro, mais tarde descobririam que havia neles dois mil florins, e cinco taças de prata.

                Em Berz Tyr havia desistido de ir a Basileia. O dia estava calmo na taberna quando um dos caçadores do grupo chegou lá para informa-lo do roubo da carne. O ranger decidiu investigar a situação, passando no armazém e falando com Gregori, o capitão da guarda.

                De volta a Riften os aventureiros levaram Lavia até a casa de Eliegar e só então tiveram certeza de que era ela. O conselheiro agradeceu e como recompensa deu a eles dois mil florins. No dia seguinte, ele cumpriu sua parte e convenceu o prefeito a aceitar o decreto de Merin. Assim, eles negociaram mais mil florins em legumes e frutas para serem pagos após a entrega. Após o almoço eles saíram de Riften com a carroça cheia de suprimentos, exceto Alyan que foi ao lado montado em seu cavalo recém comprado. Eles decidiram fazer a mesma rota da ida para evitar problemas com templários em Estrosburgo. A viagem ocorreu sem problemas, somente o frio foi incomodo. A noite Lyon criou um teto de raízes para protege-los da neve.

                A investigação levou Tyr a casa de Vimax, guarda responsável pelo armazém e que não compareceu ao castelo para dar explicações sobre o roubo. O ranger chegou e tentou derrubar a porta sem sucesso. Vimax abriu a porta com a espada na mão, ele e Tyr não chegaram a um acordo e a conversa terminou com o guarda gritando de dor depois de ser atingido na perna por uma flecha. Sem poder caminhar, Tyr teve que apoiá-lo para leva-lo ao castelo. Lá, ele e Gregori descobriram que Vimax fora instruído a facilitar o roubo, aos poucos, porém ele não revelou quem deu a ordem. Nem mesmo depois de ser submetido a tortura.
                Diante da impossibilidade de recuperar a carne roubada, Tyr reunir os caçadores para tentar repor o que fosse possível até o festival. Na saída de Berz ele encontrou os companheiros chegando de Riften. De volta ao Castelo, Merin agradeceu pelo sucesso na compra de alimentos e mandou pagar o mensageiro de Riften.

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